A descarbonização é pauta mundial e tratados globais como o Acordo de Paris e a campanha Race to Zero e Race to Resilience, promovida pela ONU (Organização das Nações Unidas), que visam à diminuição de emissões de gases de efeito estufa, como metano e CO2, ganham cada vez mais engajamento. A redução de emissões será, inclusive, um dos principais temas da 26ª Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP-26), que será realizada entre outubro e novembro.
Assim, em um cenário de urgência por alternativas que refreiem emissões de gases de efeito estufa, a transição energética, ou seja a passagem de uma matriz energética focada nos combustíveis fósseis para uma com baixa ou zero emissão de carbono, baseada em fontes renováveis, é um dos maiores focos globais.
Nesta jornada pela adoção de outras matrizes energéticas, o biocombustível é uma das alternativas viáveis para diversos setores da economia. Produzido a partir de biomassa, como cana-de-açúcar e óleos vegetais, ou resíduos orgânicos, residenciais e industriais, o biocombustível é substituto para os combustíveis fósseis, como o gás natural, a gasolina e o diesel.
O Brasil é um dos países mais adiantados quando o assunto é biocombustível e referência mundial em produção de etanol e biodiesel, oriundos de biomassa. O primeiro é feito por meio da fermentação da sacarose de vegetais agrícolas como a cana-de-açúcar. Já o biodiesel é produzido a partir de óleos vegetais (como soja e girassol).
Ambos são fontes renováveis e sua queima produz menos gases e partículas que os combustíveis fósseis, além disso suas plantações consomem CO2 em toda a fase de vida, gerando um ciclo neutro do carbono. Sendo assim, o impacto ambiental é minimizado. Aliás, todo diesel de origem fóssil, produzido no país, recebe a adição obrigatória de 13% de biodiesel, que serve como fonte de mitigação das emissões automáticas.
Outra opção benéfica ao meio ambiente é o biogás, biocombustível obtido pela fermentação anaeróbica de matéria orgânica, ou seja, resíduos residenciais ou industriais. Com a purificação do biogás, obtém-se o biometano que pode ser utilizado para fins veiculares, instalações residenciais, industriais e comerciais. A queima do biometano como combustível, embora gere CO2, é mais benéfica que sua direta emissão à atmosfera, já que o potencial de aquecimento do metano é quase 70 vezes maior que o do CO2.
Assim, tanto os biocombustíveis oriundos de fontes agrícolas quanto os obtidos da decomposição de matéria orgânica, colaboram para redução do aquecimento global.
Tecnologia Air Products para biocombustíveis
Alinhada com o objetivo mundial de descarbonização a Air Products estabeleceu a meta “1/3 até 2030” para reduzir as próprias emissões e vem estimulando seus clientes a reduzir os impactos ambientais por meio de aplicações de novas tecnologias voltadas a eficiência energética, captura, sequestro e conversão de gases de efeito estufa.
Uma das apostas da empresa é na purificação do biogás para produção de biometano. O Sistema de Membranas de Purificação retira os contaminantes do biogás para obtenção desse biocombustível, que pode ser utilizado para geração de energia térmica, elétrica ou como combustível veicular, tornando assim os processos de seus clientes mais econômicos e sustentáveis.
“Sabemos que a transição energética é fundamental. Passar das energias fósseis para as energias limpas é um passo importante para a humanidade, para que a vida no planeta seja mais sustentável. A Air Products, multinacional presente em 50 países, está cada dia mais empenhada em atingir essa meta em escala global por meio de suas soluções”, destaca Marcus Silva, Gerente Geral Brasil e Argentina.