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Bioestimulantes e indutores de resistência no manejo de estresses em plantas

Felipe M. de Quadros

Mestrando em Ciências/Recursos Genéticos Vegetais – Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

Mateus B. de Freitas

Doutor em Ciências/Recursos Genéticos Vegetais ” UFSC

Marciel J. Stadnik

Doutor em Fitopatologia e professor ” UFSC

stadnik@cca.ufsc.br

 Fotos Shutterstock
Fotos Shutterstock

A busca por novas tecnologias visando expressar o potencial produtivo das plantas na sua magnitude continua sendo um dos principais objetivos na agricultura moderna, porém, cada vez mais influenciada pelas preocupações com o meio ambiente.  Neste cenário, a utilização de produtos denominados “bioestimulantes“ e “indutores de resistência“ vem ganhando espaço no mercado de insumos agrícolas.

Esses produtos podem melhorar o crescimento e o sistema de defesa das plantas contra estresses abióticos e bióticos, sendo considerados estratégicos na busca por uma agricultura sustentável.

Os bioestimulantes e indutores de resistência são capazes de aumentar a produtividade e tornar as plantas mais resistentes a doenças e pragas, reduzindo o custo de produção.

Projeções indicam que o mercado de bioestimulantes atingirá 2,9 bilhões de dólares até o ano de 2021, crescendo anualmente cerca de 10% entre 2016 e 2021. Em termos de área de aplicação, o mercado de bioestimulantes deve alcançar 25 milhões de hectares em 2021.

A União Europeia é responsável por quase metade da participação no mercado mundial dos bioestimulantes, seguida pela América do Norte, região da Ásia e Pacífico e América Latina.

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O que são eles

Diversos são os conceitos dados para bioestimulantes e indutores de resistência, muitas vezes confundidos até com fertilizantes e fungicidas, respectivamente. Em geral, bioestimulantes são substâncias ou microrganismos que atuam no metabolismo vegetal melhorando a eficiência nutricional e a tolerância a estresses, independente do seu conteúdo nutricional.

Assim como os bioestimulantes, os indutores de resistência também são substâncias ou microrganismos que atuam no metabolismo vegetal, porém, estes são capazes de estimular os mecanismos de defesa da planta contra patógenos, reduzindo os sintomas da doença e levando, consequentemente, a uma redução no uso de agrotóxicos.

Pesquisas atuaistentam encontrarnovas moléculas que atuam sinergicamente como bioestimulantes e indutores de resistência. Estas tendem a reduzir a mão de obra a campo, bem como os custos de aplicação, pois estas moléculas podem melhorar o desempenho produtivo da cultura, bem como a tolerância ou resistência a pragas e moléstias ao mesmo tempo.

Em geral, bioestimulantes e indutores de resistência podem ser formulados a partir deaminoácidos, fosfitos e substâncias húmicas (ácidos húmicos e fúlvicos) e provindas de extratos vegetais ou algas.

Além disso, diversos microrganismostambém possuem o efeito bioestimulante e/ou indutor de resistência. Estes podem ter ação simbiótica, como micorrizas e bactérias, ou serem aplicados na parte aérea da planta, como Trichoderma e Bacillus.

Vantagens da sua utilização

Bioestimulantes e indutores de resistência não são moléculas seletivas. Eles atuam sobre o metabolismo na planta, possuindo assim efeito sobre uma ampla gama de estresses abióticos (deficiência nutricional e hídrica, altas ou baixas temperaturas, etc.) e bióticos (doenças e pragas).

Estes produtos utilizam os recursos do próprio ambiente para melhorar o desenvolvimento e o sistema de defesa da planta, reduzindo assim a dependência por insumos externos.

Além de afetar amplamente a fisiologia da planta, uma única molécula pode ter efeito promissor em várias culturas, desde hortaliças, leguminosas e gramíneas até frutíferas, garantindo bons resultados no cultivo dessas espécies.

Adicionalmente, estes produtos ou microrganismos não oferecem grandes danos ao meio ambiente, como aqueles geralmente observados na utilização de agrotóxicos e fertilizantes químicos. Desta forma, estas moléculas promovem um efeito sustentável sem agredir os recursos ambientais.

Eventos técnico-científicos

Os indutores de resistência tornam as plantas mais resistentes a doenças e pragas
Os indutores de resistência tornam as plantas mais resistentes a doenças e pragas

Atualmente, tem sido crescente a interação entre a comunidade técnico-científica e os membros da indústria no desenvolvimento de produtos com ação bioestimulante e indutora de resistência.

Isto ocorre, principalmente, por intermédio de eventos científicos, em que cada parte apresenta seu escopo de pesquisa. Essa interação fortalece o desenvolvimento tecnológico acerca desta área no âmbito regional e nacional.

Essa matéria completa você encontra na edição de setembro de 2018 da Revista Campo & Negócios Grãos. Adquira o seu exemplar para leitura completa.

 

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