30 C
Uberlândia
terça-feira, março 25, 2025
- Publicidade -spot_img
InícioArtigosGrãosCafeicultor pode usar inseticida contra broca

Cafeicultor pode usar inseticida contra broca

Cafeicultor pode usar inseticida para broca - Crédito Jose Braz Matiello
Cafeicultor pode usar inseticida para broca – Crédito Jose Braz Matiello

Os cafeicultores de Minas Gerais poderão dar continuidade ao uso do princípio ativo ciantraniliprole, inseticida que auxilia no combate à broca-do-café (Hypothenemushampei). A permissão foi concedida pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que prorrogou por mais um ano a portaria que autoriza a importação, em caráter emergencial e temporária, à DuPont para comercialização de produto.

A liberação do produto ocorre em um período importante para evitar novas perdas na cafeicultura, já que a safra foi prejudicada pela estiagem registrada em novembro e início de 2015.

A autorização trouxe alívio aos produtores, que após a proibição do Endossulfan ficaram sem opções para o combate à praga. Em 2014, o uso do produto também foi autorizado por portaria, cuja validade venceu em 13 de março de 2015. Agora, o desafio dos representantes do setor é fazer com que a medida se torne definitiva e que mais empresas possam comercializar o produto.

De acordo com o diretor da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg) e presidente das comissões de Cafeicultura da entidade e da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Breno Mesquita, a prorrogação da portaria, que permite o uso do ciantraniliprole, é fundamental para evitar mais perdas na cafeicultura.

“Os cafeicultores do Estado, principal produtor de café, não podem ficar sem opções para o combate da broca-do-café, que se não controlada corretamente pode ser responsável por grandes perdas na colheita e na qualidade do grão. A prorrogação por mais um ano atende à demanda do setor”, avalia.

Ainda segundo Mesquita, o processo para que o princípio ativo possa ser registrado e comercializado no país é burocrático, o que complica a situação dos cafeicultores. “A burocracia e a necessidade de passar por avaliações em vários órgãos, como na Anvisa, por exemplo, dificulta todo trâmite. Nosso desejo é que a situação seja resolvida e que outras empresas, além da DuPont, possam disponibilizar o produto no as empresas e para que o produtor tenha mais opções, podendo escolher aquele que lho ofereça melhor custo-benefício”, explica.

Safra

“As chuvas observadas em março paralisaram as perdas que estavam ocorrendo em função da escassez de água. Mas, mesmo assim, teremos problemas com a estiagem, o que já foi prejudicado não será recuperado. Não sabemos em qual escala, mas a safra de 2016 também terá problemas, isso porque a seca fez com que o crescimento do cafezal ficasse abaixo do esperado para o período”, oberva Mesquita.

De acordo com o levantamento da Fundação Procafé, Minas irá colher na safra 2015 entre 21,5 e 22,9 milhões de sacas de 60 quilos, volume que varia entre uma queda de 5% e um aumento de apenas 1,35%. No Estado, a maior queda na produção foi verificada nas regiões do Jequitinhonha e Norte, onde a produção ficará ate 35,06% menor. No Sul de Minas e Oeste, a expectativa é de uma redução de até 9,29%, com volume mínimo de 9,8 milhões de sacas.

“Se estivéssemos em um ano de produção normal, sem interferências climáticas, os preços pagos pelo café estariam em patamares remunerativos. Porém, desde o ano passado estamos enfrentando perdas na produtividade, fazendo com que os custos fiquem mais altos e os preços insuficientes para cobrir os mesmos e garantir uma margem de lucro. Além disso, no caso do produtor que utiliza insumos importados, a desvalorização do real frente ao dólar, comprometeu ainda mais a renda devido aos custos mais elevados. Entretanto, para os que exportam a produção, a situação é um pouco mais favorável”, analisa Mesquita.

Essa matéria você encontra na edição de maio da revista Campo & Negócios Grãos. Adquira a sua!

 

ARTIGOS RELACIONADOS

Combinação de microrganismos pode aumentar a produtividade do feijão

A microbiologia do solo vem ganhando destaque entre as tecnologias no campo. Nos últimos anos, produtos à base de microrganismos e sistemas de manejo que visam incrementar a biologia do solo têm resultado em qualidade produtiva surpreendente. Embora a pesquisa agrícola já conheça o potencial dos agentes biológicos, o campo está descobrindo e aprovando esta ferramenta.

Manejo da irrigação do algodoeiro

João Henrique Zonta José Renato Cortez Bezerra José Rodrigues Pereira Valdinei Sofiatti Engenheiros agrônomos, D.Sc e pesquisadores da Embrapa Algodão As principais vantagens da adoção da irrigação para o...

Tecnologia em maquinários avança no setor florestal

A mecanização florestal pode ser definida como a utilização de máquinas em substituição ao trabalho humano ou de animais. Além de proporcionar a redução do custo de produção, a mecanização das operações de corte, extração e carregamento possibilita a redução da mão de obra no campo, aumento do rendimento, redução dos acidentes de trabalho, melhores condições ergonômicas para os trabalhadores e possibilidade de execução das operações durante 24 horas por dia.

Café de qualidade é influenciado pela colheita

José Braz Matiello Engenheiro agrônomo do MAPA/Procafé jb.matiello@yahoo.com.br   Tecnologias de colheita seletiva de condução separada no terreiro e implantação de terreiros suspensos para o melhoramento dos lotes...

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
Falha na pontuação do usuário captcha. Por favor, entre em contato conosco!