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Cafeicultores do Cerrado Mineiro são premiados

Quatro produtores de café de Monte Carmelo, Patos de Minas e Patrocínio, em Minas Gerais, foram destaque no 7º Prêmio Fazenda Sustentável, promovido pela revista Globo Rural, por suas práticas ambientais, sociais e econômicas.

Quatro produtores de café da Região do Cerrado Mineiro (RCM), chegaram até a última fase do 7º Prêmio Fazenda Sustentável, promovido pela revista Globo Rural, com patrocínio da Cargill e apoio metodológico da Fundação ECO+ e Rabobank. No sétimo ano de realização, o Fazenda Sustentável analisou 44 propriedades rurais em suas atividades ambientais, sociais e econômicas.

A cerimônia de premiação ocorreu na última sexta-feira (21), em São Paulo, e reuniu aproximadamente 150 convidados, incluindo produtores rurais, líderes do setor agropecuário e representantes de diversas cadeias do agronegócio.

Créditos: Thiago Rodrigues

Na categoria de Pequena Propriedade, a Fazenda Santa Bárbara, localizada em Monte Carmelo (MG), e pertencente aos cafeicultores Juliana Rezende Mello e Rafael Ramos Tomas, conquistou o segundo lugar.

“A equipe da Fazenda Santa Bárbara é a alma de tudo o que está acontecendo aqui. Esse prêmio abre espaço para que a gente possa compartilhar as práticas sustentáveis e mostrar que é possível”, disse Juliana Rezende Mello.

Em terceiro lugar, na mesma categoria, ficou a Fazenda São Paulo, localizada em Patrocínio (MG), propriedade dos produtores João Batista Montanari, Marcelo Montanari e Roger Montanari.

“O prêmio de sustentabilidade contribui para a divulgação das práticas de Agricultura Regenerativa que é a nova forma de produzir, usar a biodiversidade a favor da produção, reduzir a dependência de insumos químicos, criar água e sequestrar carbono. Essa prática é o futuro da agricultura sustentável e a região do Cerrado Mineiro é o cenário desta transformação”, destacou Roger Montanari, gerente administrativo do Grupo Montanari.

Na categoria de Média Propriedade, a Fazenda Reserva Heitor, situada em Patos de Minas (MG) e de propriedade de Marcus Heitor de Queiroz e Mariana Heitor, conquistou a segunda posição.

“A fazenda é uma empresa familiar. Eu sou a terceira geração no agronegócio. Quero agradecer a equipe maravilhosa que tenho na fazenda. E a todos vocês que estiveram envolvidos com este prêmio. Estou muito feliz e orgulhosa”, disse Mariana Heitor, gestora da fazenda.

A Fazenda Três Meninas, de Monte Carmelo, pertencente aos produtores Marcelo Cocco Urtado e Ana Paula Curiacos Urtado, também se destacou, alcançando a posição de finalista na categoria de Pequena Propriedade.

“Estamos muito felizes pelo reconhecimento do nosso trabalho como finalistas desse Prêmio. Isso mostra uma consistência no nosso trabalho e reconhecimento por tudo que nós temos feito que beneficia não só a fazenda com as boas práticas ambientais de carbono, sociais e de governança, mas também impacta a sociedade. Então ficar entre as fazendas mais sustentáveis do Brasil nos enche de orgulho e ficamos muito contentes de saber que essa melhoria  impacta também a comunidade. A gente leva o nome da Região do Cerrado Mineiro, que estava em peso na cerimônia de premiação”, avalia Ana Paula.

“O número de colocados nesta importante premiação, quatro entre 15 propriedades finalistas em nível nacional, demonstra que o Cerrado Mineiro por meio de suas propriedades lideradas pelos seus produtores é hoje uma referência nacional nas práticas ESG e de agricultura regenerativa”, conclui o diretor executivo da Federação dos Cafeicultores do Cerrado, Juliano Tarabal.

Processo de avaliação

Créditos: Thiago Rodrigues

As inscrições para o 7º Prêmio Fazenda Sustentável tiveram início em agosto do ano passado. Mais de 50 propriedades foram inscritas e 44 delas foram consideradas aptas ao concurso.

O processo de avaliação do Prêmio Fazenda Sustentável ocorreu em três etapas. Na primeira fase, foram coletadas informações essenciais sobre sustentabilidade, como o registro no CAR (Cadastro Ambiental Rural), a situação trabalhista dos funcionários e o uso de técnicas de manejo de baixo impacto ambiental. Na segunda etapa, os classificados passaram por uma seleção mais detalhada, abordando aspectos como a quantidade exata de insumos utilizados em cada cultivo e o volume de ração oferecido aos animais. Além disso, questões sociais, como o perfil dos colaboradores e a inclusão, foram consideradas. Posteriormente, as fazendas selecionadas foram submetidas a visitas técnicas para verificar a veracidade das informações fornecidas. Por fim, uma comissão julgadora composta por especialistas em agronegócio sustentável e que não tem qualquer ligação com os organizadores, analisou os relatórios das visitas técnicas para indicar os grandes vencedores.

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