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Cafeicultura brasileira deseja mais sustentabilidade

Cecafé trabalha para evidenciar leis existentes e o salto em qualidade e sustentabilidade, que proporcionaram evolução social e ambiental dos cafés do Brasil

Promover uma reflexão sobre as tendências regulatórias globais, seu impacto no fluxo do comércio de café e como as associações mundiais estão atuando nesta agenda. Esse é o objetivo do painel “Associações Globais do Café”, no dia 26 de maio, dentro da programação do 9º Coffee Dinner & Summit, realizado pelo Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé).
 
Segundo Marcos Matos, diretor-geral da entidade, um dos painelistas no evento, que conta com patrocínio do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), é necessário, frente às novas regulações dos principais mercados consumidores dos cafés do Brasil, proporcionar o debate das entidades globais do setor e, como maior produtor e exportador, externar o respeito aos critérios ESG da cafeicultura nacional.


“A sustentabilidade é intrínseca à atividade cafeeira brasileira e um pilar de atuação do Cecafé desde sua fundação, tendo sido fortalecido recentemente. Assim, encabeçamos os debates sobre as tendências regulatórias, que têm a União Europeia mais adiantada na implantação, seguida pelos Estados Unidos. Por isso traremos representantes de grandes indústrias e associações da Europa e norte-americanos, com os quais possuímos fortes laços, para debater como podemos trabalhar juntos, além de contarmos com a participação da Organização Internacional do Café (OIC), que tem papel fundamental na conexão de países produtores e exportadores”, comenta.
 
O diretor do Cecafé revela que a intenção dessas discussões é trazer atualizações dos trâmites a respeito dessas regulações no cenário internacional e, ao mesmo tempo, apresentar a evolução da cafeicultura brasileira, que já tem potencial para atender a todas as novas demandas legais que emergem.
 
“Temos intensificado nossa atuação para evidenciar a sustentabilidade e o respeito aos critérios da governança socioambiental da atividade cafeeira no Brasil, mostrando os trabalhos realizados no país, a legislação existente e o salto em qualidade e sustentabilidade, que proporcionaram significativa evolução social e ambiental dos nossos cafés nas últimas décadas”, anota.
 
Ele completa que, no Brasil, onde há café, há preservação e respeito ao meio ambiente, condições dignas de vida aos produtores e trabalhadores e que avanços no segmento são sempre bem-vindos, desde que observados os argumentos de todos os envolvidos, da produção à exportação.
 
“Somos favoráveis que o mundo demande produtos com essa responsabilidade sustentável e, por isso, trabalhamos para que essas novas regras sejam fortalecedoras do processo de sustentabilidade, de mais progresso no campo e não resultem em exclusão social ou perdas”, conclui.
 
William “Bill” Murray, presidente e CEO da National Coffee Association (NCA), dos Estados Unidos, que também será painelista no evento, reforça a importância de se dar o devido destaque aos cafeicultores mundiais. “Todos os elos dependem da cadeia de abastecimento global do café. É mais importante do que nunca trabalharmos juntos para que as novas regulações emergentes garantam um futuro crescente e sustentável para o segmento”, destaca.
 
O secretário-geral da Swiss Coffee Trade Association (SCTA), Michael Von Luehrte, acrescenta que, para lidar com a crescente pressão legislativa, as associações cafeeiras globais concordaram em coordenar a coleta de mensagens, dados e fatos para que se possa ajudar a educar o público e os legisladores sobre as complexidades, problemas e esforços existentes para melhorar os meios de subsistência dos produtores.
 
“Sem produção, não há comércio ou consumo, por isso todos nós, setor privado, sociedade civil, academia e governos, temos que trabalhar juntos, de forma colaborativa, para impulsionar a melhoria contínua, tendo atenção especial sobre mudanças climáticas e segurança alimentar”, conclui.
 
Além de Matos, Murray e Von Luehrte, o painel “Associações Globais do Café”, do 9º Coffee Dinner & Summit, contará com as contribuições de Eileen Gordon, Secretária Executiva da European Coffee Federation (ECF); Cyrille Janet, vice-presidente da SCTA, Hannelore Beerlandt, consultora da Comissão Europeia em matéria de produtos de base globais, em especial, café; e de Vanusia Nogueira, diretora executiva da OIC.
 

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