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De setembro a fevereiro é o período de maior produção de mudas de eucaliptos e, com isso, deve-se intensificar o monitoramento de ocorrência e o tratamento preventivo desta praga
Nos meses de estiagem não é só a falta de água que pode prejudicar o plantio do eucalipto. De abril a outubro, período de menor precipitação de chuvas, há também a maior incidência dos ataques da vespa-da-galha, praga que danifica plantações da árvore.
O inseto ataca as folhas e deposita ovos, o que determina a formação de galhas (tumores) nas nervuras centrais, caules e ramos finos. Esses danos podem comprometer o crescimento de mudas e árvores, assim como a produtividade de clones suscetíveis ” plantas de eucalipto menos resistentes a esta praga ou mais atrativas à praga.
No início da primavera até o mês de fevereiro vem o período em que os viveiros normalmente produzem o maior número de mudas para vender, aproveitando a volta do tempo chuvoso. Então, nesses meses é fundamental que o produtor faça o controle preventivo das suas mudas de eucalipto.
Quem é ela
De acordo com o Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais, a vespa-da-galha (Leptocybe invasa) é uma praga exótica, originária da Austrália. O adulto é uma minúscula vespa de coloração marrom escuro brilhante e mede 1,2 mm de comprimento.
João Galon, gerente de contas-chave da unidade de Saúde Ambiental da Bayer CropScience, explica que o inseto ataca as plantas de eucalipto desde o viveiro de mudas até a floresta adulta. “Quando presente na fase de viveiro o dano pode chegar a 100% das mudas, sendo necessário o descarte e incineração do material. Se não houver o manejo e tratamento químico pode ocorrer a disseminação de mudas contaminadas para outras regiões“, conta Galon.
Além disso, o especialista esclarece que, em campo, os danos ainda são visuais, como formação de tumores causando deformação no caule das folhas, e nos ramos finos causam desfolha e secamento de ponteiro.
Infestação
Atualmente, a praga é encontrada nos plantios comerciais nos Estados da Bahia, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Sul, São Paulo e Tocantins; sendo que as maiores ocorrências são constatadas no Maranhão, Minas Gerais, Paraná, São Paulo e Tocantins.
Solução para os viveiros
Para apoiar o produtor de eucalipto no manejo de suas plantações, a Bayer CropScience desenvolveu o produto Evidence 700 WG. De acordo com Galon, a solução deve ser utilizada em viveiro florestal.
Além do tratamento químico, as ações principais são o monitoramento e prevenção, realizado com armadilha adesiva. Em florestas adultas o monitoramento deve ser realizado o ano todo, principalmente nos meses com temperaturas mais elevadas. Em viveiro, recomenda-se um levantamento minucioso das mudas e instalação das armadilhas adesivas, com avaliação semanal o ano inteiro.