As altas temperaturas, associadas com fraca incidência de chuvas, podem afetar sensivelmente o desenvolvimento das plantas, contribuindo para sérias modificações na sua fisiologia e metabolismo. Como resultado, teremos, sem tratamentos adequados, danos irreparáveis nas lavouras, impactando todo o ciclo produtivo, do plantio à colheita.
Recentemente, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou um levantamento sobre condições hídricas para o cultivo de milho e soja em alguns locais do centro-sul do Brasil. Trata-se de um cenário preocupante, uma vez que um estudo da revista científica Nature destacou que as altas temperaturas podem prejudicar em até 40% a produtividade. O mesmo documento prevê que, em 2030, 51% das áreas do MT, GO, MA, TO, PI e BA não terão condições climáticas consideradas ideais para o cultivo de sequeiro.
Mas, como minimizar os efeitos desse cenário? A resposta está na atuação preventiva. Nesse sentido, o bioinsumo AURAS®, tecnologia da Embrapa em parceria com a NOOA Ciência e Tecnologia Agrícola, se destaca. Trata-se de uma solução inovadora, que tem como base a rizobactéria Bacillus aryabhattai CMAA 1363. Essa bactéria foi isolada na caatinga brasileira, ambiente extremo. Para sobreviver nesse ambiente, as plantas desenvolveram, ao longo de centenas de anos de evolução, relações com esse micro-organismo que lhes conferiu a capacidade de tolerar os estresses abióticos, como longos períodos de estiagem e altas temperaturas. AURAS® traz para as lavouras esses genes de tolerância extremamente importantes para a proteção dos cultivos.
Glauco Bahia, Diretor de Desenvolvimento de Produtos da empresa brasileira NOOA, observa que o AURAS® estimula a produção de um sistema radicular mais ativo, com maior volume de radicelas, e profundo, proporcionando maior absorção de água. “O aumento de temperatura na planta acima de 30 °C já traz efeitos negativos na fotossíntese, o que afeta diretamente a produtividade. Com o AURAS®, o aproveitamento da água e sua absorção são maximizados, possibilitando a planta um melhor controle da temperatura foliar e, consequentemente, uma redução do estresse térmico, em comparação com as lavouras que não utilizam a solução da NOOA”, pontua Bahia.
O Diretor de Desenvolvimento de Produtos da NOOA acrescenta que o AURAS® propicia a produção de substâncias que reduzem o acúmulo de estresse nas células. “Com o estresse térmico ocorre a produção de compostos tóxicos resultantes do metabolismo oxidativo da planta. Se acumulados, esses compostos interferem em diversos processos, como, por exemplo, na atividade da fotossíntese da planta que, consequentemente, impacta a produtividade da lavoura. Com a aplicação do AURAS®, temos maior produção dessas substâncias protetoras, os compostos antioxidantes”, explica.