O mercado está exigindo cada vez mais produtos agrícolas certificados, tanto o nacional quanto o internacional. Para a exportação dos produtos agrícolas, vários países já exigem informações sobre a origem e todo processo produtivo, desde a semeadura até a colheita e pós-colheita, visando tanto a sustentabilidade socioambiental como a qualidade intrínseca do produto
Alisson André Vicente Campos – alissonavcampos@yahoo.com.br
Marina Scalioni Vilela – marinasv3p@gmail.com
Engenheiros agrônomos e doutorandos em Fitotecnia/Agronomia – ESAL-UFLA
Otávio José de Figueiredo – Engenheiro agrônomo e mestrando em Fitotecnia/Agronomia – ESAL-UFLA – otaviofigueiredo460@gmail.com
O café se destaca entre os principais produtos comercializados no mundo, sendo o Brasil o maior produtor, exportador e segundo maior consumidor da bebida. Por muitos anos a comercialização por meio de commodities dominou o mercado de cafés.
Entretanto, com o passar dos anos houve a expansão do foco da cadeia produtiva cafeeira, na qual as preocupações estão além da quantidade do café produzido, englobando, portanto, a produção com sustentabilidade, rastreabilidade e qualidade.
O consumidor quer saber como seu alimento foi produzido, possivelmente sendo o segmento agrícola nacional mais evoluído quanto à certificação. Dessa forma, surgiram as certificações com o objetivo de garantir que o produto comercializado esteja de acordo com diretrizes de âmbito social, ambiental e econômico, ou seja, em conformidade com requisitos do mercado nacional e internacional.
Com isso, passou a existir a garantia para o mercado consumidor de que o café certificado se trata de um produto diferenciado, produzido com responsabilidade e rastreabilidade de toda a cadeia produtiva, desde o plantio até a colheita e pós-colheita do grão.
As categorias de certificação
As categorias de certificação do café são constituídas de diversos atributos, permitindo que os cafeicultores atendam as demandas atuais do mercado. Os consumidores apresentam diferentes perfis, demonstrando maior consciência quanto ao produto final, exigindo cafés certificados, principalmente o orgânico e o fair trade, atributos que denotam maior qualidade dos cafés especiais e preocupações com os aspectos ambientais e sociais durante o processo da produção.
As certificações permitem que o produto seja identificado e tenha esse atributo assegurado ao consumidor, principalmente pela dificuldade em distinguir atributos da qualidade ou mesmo um rastreamento da forma de produção, que são possíveis aos selos nas embalagens.
Confira as categorias de cafés:
- Café gourmet: relacionado a grãos de café arábica de alta qualidade, diferenciado e ausente de defeitos, atribuído principalmente à Organização Internacional do Café.
- Café de origem certificada: relaciona-se às regiões de origem dos plantios, pelas características ambientais que influenciam na qualidade do produto, indicados pelo monitoramento da produção e rotulagem.
- Café orgânico: cultivado com fertilizantes orgânicos e o manejo fitossanitário realizado por meio do controle biológico. Este selo é emitido após realização de auditorias por agências certificadoras credenciadas.
- Café fair trade: é aquele consumido em países desenvolvidos por consumidores preocupados com as condições sociais e ambientais sob as quais o café é cultivado.
Como é realizado o processo
O processo para se aplicar a certificação envolve as diretrizes da certificadora, iniciando pelo preenchimento de aplicação à certificação, realizando um plano de investimento em sustentabilidade, fornecido pela certificadora.
Após concordar com os termos e condições de licenciamento o produtor adéqua a propriedade rural conforme as diretrizes e normas estabelecidas. A fazenda é, então, auditada e caso atenda as conformidades quanto aos quesitos de sustentabilidade, recebe autorização para utilização do selo de certificação.
O processo de auditoria é realizado com frequência para acompanhar o desempenho econômico, social e ambiental, e caso alguma não conformidade seja identificada, a propriedade tem um prazo para que possa regularizar a ocorrência.
Vantagens da certificação
Os selos de sustentabilidade são uma demanda atual do mercado que traz vantagens para os empreendimentos, assim como para o consumidor. As empresas que têm interesse na obtenção do selo são submetidas a avaliação rigorosa pelas organizações certificadoras, que avalia a gestão ambiental das empresas, levando em conta o uso dos recursos naturais, proteção de florestas e biodiversidades.
O consumidor pode contar com a garantia das informações do selo impresso na embalagem, podendo rastrear o produto adquirido, assim como toda a idoneidade por trás da certificação, assegurando um produto com origem socioambiental.
Selos
A Rainforest Alliance é um dos mais importantes selos da cadeia agropecuária, e visa as questões de sustentabilidade, como: gestão ambiental, conservação de ecossistemas, proteção da vida silvestre, conservação dos recursos hídricos, tratamento justo e boas condições de trabalho, relações com a comunidade, manejo integrado do cultivo e conservação do solo.
A certificação, apesar dos custos a ela associados, possibilita aos pequenos cafeicultores agregar valor aos seus cafés, principalmente no segmento dos orgânicos e fair trade.
Desafios
As fazendas que iniciam o processo de certificação sempre encontram empecilhos, principalmente em relação às exigências estruturais necessárias para a transição. Na maioria das vezes, estas propriedades não estão aptas para aderirem a um modelo sustentável, conservacionista e seguro para a administração da propriedade, manejo cultural e armazenamento de insumos, maquinários e seus resíduos de manutenção.
Dessa forma, para a adequação e conformidade com as exigências das principais certificadoras, os proprietários precisam investir em instalações adequadas para o armazenamento de agrotóxicos, fertilizantes, combustíveis e lubrificantes, com áreas adjacentes especializadas para preparo de caldas de pulverização, abastecimento e manutenção de maquinários, capazes de impedir a contaminação do solo com estes produtos.
Tendo em vista o foco sustentável das certificadoras, o padrão de manejo da fazenda também é muito alterado, principalmente no que diz respeito à utilização de agrotóxicos e outros produtos agrícolas.
Dessa maneira, para o controle de plantas daninhas, pragas e doenças na cultura do café, os agricultores devem adaptar o seu manejo com práticas culturais e mecânicas, para que a utilização de químicos seja reduzida.
As mudanças relacionadas com o manejo das lavouras, colheita e processamento podem ser inovadoras para os produtores rurais e colaboradores das fazendas, o que acaba tornando imprescindível a capacitação técnica da mão de obra, processo este que é demorado.
Conforme política das certificadoras, deve ser contínuo, estando sempre de acordo com as melhorias e evolução da fazenda.
Auditorias
A legislação das auditorias realizadas nas fazendas é regulamentada de acordo com cada certificadora. Em sua maioria, são realizadas por auditores especializados castrados junto aos órgãos fiscalizadores ou entidades certificadoras.
Dependendo das certificadoras, as auditorias são individuais, com visitas programadas ou surpresa nas propriedades, como ocorre com as certificações regulamentadas por órgão de fiscalização, como o Instituto Minério de Agropecuária (IMA).
Neste tipo de certificação, os produtores têm o apoio técnico de empresas especializadas de extensão, como a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (EMATER). Nos casos das certificadoras que auditam as fazendas por meio das entidades certificadoras, geralmente as auditorias são realizadas em grupos fechados com proprietários da região.
As auditorias são realizadas de forma programada, com as visitas às propriedades definidas por meio de sorteio ou simples escolha aleatória entre os participantes dos grupos. Estes grupos, em sua maioria, são assessorados por técnicos especializados cadastrados junto às certificadoras.
Café – Agregado de valor é mais um atrativo da certificação
Talis Melo Claudino – Engenheiro agrônomo e mestre em Agronomia – UNESP/FCA de Botucatu – t.claudino@unesp.br
Tarciso Melo Claudino – Técnico Agrícola e graduando em Engenharia Mecânica Empresarial – Universidade Federal do Rio Grande (FURG/RS)
Assim como em produtos de outras culturas, o café é mais um que, quando certificado, tem maior valor agregado e demanda de um nicho específico de consumidores, que apostam na qualidade do produto, e se asseguram da procedência e de estar corroborando com todas as leis ambientais e trabalhistas de todo o sistema de produção.
Além disso, o produtor tem ganhos de mais de 10%, quando possui uma produção certificada dentro do seu método de produção. Em simples palavras, se o produtor produz café orgânico, se seu produto possui certificação, ele valerá 10% acima do café orgânico de outro produtor que não possui a certificação, mesmo tendo procedência orgânica.
Vários tipos de certificações estão presentes na cafeicultura brasileira, como o Café Orgânico, Rain Forest Alliance, Utz Certified, Fair Trade e Certifica Minas.
Em destaque
O maior produtor de café orgânico do mundo é o México, que comercializa mais de 30 mil toneladas por ano, seguido por Peru, Bolívia, Colômbia, Nicarágua, Guatemala e Costa Rica. Entretanto, o Brasil tem área de aproximadamente 13.000 hectares de café orgânico, e aproximadamente 419 produtores estão cadastrados.
Os demais produtores podem se cadastrar, entretanto, devem tomar a iniciativa de fazer o cultivo do café orgânico, ou seja, sem a utilização de defensivos químicos e fertilizantes minerais solúveis.
Os princípios fundamentais são o respeito à natureza, a diversificação de culturas nas entrelinhas, tratar o solo como um organismo vivo e ter independência dos sistemas de produção.
Desta forma, é solicitado, antes mesmo do plantio do café, a certificação do campo para que sejam acompanhados e verificados os processos produtivos em conformidade com as normas e padrões técnicos pré-estabelecidos das legislações entre os países.
Leis e regras
No Brasil, a lei 10.831/2003 estabelece o processo de certificação adotado por meio de auditorias ou certificações participativas feitas pelos atores da cadeia produtiva, em que não só o produtor é responsável pela garantia do produto orgânico, mas todo o processo de beneficiamento também é fiscalizado.
A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, por meio da Embrapa Agrobiologia, fez o lançamento em 2016 de um manual, onde o produtor pode seguir o passo a passo para conseguir adentrar a legislação do café orgânico, denominado “Cultivo do Café Orgânico” – Sistema de Produção, ISSN 1806-2830, podendo ser acessado por meio de Cultivo do Café Orgânico (embrapa.br).
Outra certificação muito conhecida é a Rain Forest Alliance, um modo operante em que o agricultor passa por diversas orientações e o principal foco para certificação é ligado aos direitos humanos e à sustentabilidade ambiental, em que os produtores de café devem, além de não desmatar, cuidar de nascentes, reservas e turfeiras, e ainda fazer o cultivo de árvores nativas em suas propriedades para obtenção do selo.
Bom para todos
O grande benefício da certificação é que o mundo, além de ver isto com ótimos olhos no momento da compra, pagando mais caro, o produtor recebe incentivos para este método de produção e tem seu preço mantido, mesmo quando há a volatilidade do mercado, trazendo para si uma confiabilidade na produção agrícola. Esta certificação é norte-americana, mas tem reflexos mundialmente.
Já a certificação Utz Certified trata de uma metodologia que prevê implementar a sustentabilidade e a qualidade do café no mercado. Criada em 1990, já abrange cerca de 50% dos cafés certificados em todo o mundo.
Ao apreciar um café com este certificado, é assegurado que os pilares ambientais, sociais e econômicos foram sendo respeitados, ou seja, pode-se apreciar com a consciência limpa.
Para o produtor obter esta certificação, ele deve ter um cuidado especial com o ecossistema de sua fazenda e um bom manejo de produção para que atenda o padrão de qualidade exigido por esta certificação, além de adequar-se aos pilares sustentáveis, também se deve ter um bom produto.
Auditores independentes certificam a propriedades para a obtenção do selo, sendo que estas devem adotar práticas conscientes de uso eficiente da água, terra, fertilizantes, técnicas de plantio, segurança e conforto de trabalhadores, pagamentos de acordo com as políticas de cada país, respeito às áreas preservadas e outros detalhes socioeconômicos e ambientais.
Agricultura familiar
Para pequenos produtores de café, uma das opções de certificação de seu produto é a Fair Trade International, com requisitos específicos para produtores e comerciantes de café. Ela contribui para o desenvolvimento sustentável e melhores condições de trocas e garantias dos direitos para produtores e trabalhadores marginalizados.
É definido como “comércio justo”, em que a parceria comercial, baseada no diálogo, transparência e respeito, visa uma equidade no comércio internacional, contribui para o desenvolvimento dos direitos dos produtores e trabalhadores marginalizados do hemisfério sul.
Passo a passo
O programa Certifica Minas foi criado pelo governo de Minas Gerais para que os produtores adotem práticas sustentáveis nos cultivos, fornecendo ao produto rastreabilidade, ao produtor a maior remuneração e ao cliente a garantia da qualidade.
Para isso, o produtor deve passar por algumas etapas, sendo que na primeira ele deve conhecer todo o processo de certificação, suas normas e exigências por meio da legislação vigente.
Na segunda etapa, se de acordo, deve solicitar o progresso no programa de Certificação, preenchendo o requerimento e anexando toda a documentação exigida. Na etapa 3, é realizada a análise de solicitação e acompanhamento pela EMATER-MG e são indicadas as adequações e implementações exigidas para a certificação.
Na quarta etapa, já estão produzindo, basta pagar as taxas e serem auditados pela produção, feita de maneira correta. Na etapa cinco a propriedade deve tratar as ‘não conformidades’, que devem estar abaixo de 20%. Após estar tudo correto, são concedidos os selos e certificados. De agora em diante, é só manter a certificação.
Visto todos os processos de certificação, é provado ao agricultor que é muito válido cultivar de forma economicamente sustentável e obter selos para que seu produto seja vendido com maior valor agregado.
Por dentro da porteira
Jean Vilhena Faleiros, diretor do Grupo Eldorado e cafeicultor em Ibiraci (MG), investe na certificação de suas lavouras. Para ele, a importância do café sustentável vai muito além do conceito. “É um conjunto de mudanças de cultura que o cafeicultor tem que ter, a respeito de tratar o seu meio, sua terra, com o devido respeito que ela precisa e merece, cuidando do seu solo, de toda a parte orgânica, biológica e utilizando cada vez menos químicos. Nós, do Grupo Eldorado já faz dois anos que trabalhamos de forma sustentável”.
Ainda segundo ele, o mundo dos biológicos é de ganha-ganha, e a sustentabilidade é a que mais ganha, além da saúde humana e da natureza. Então, o café sustentável é uma realidade que veio para ficar e Jean Faleiros tem a certeza de que vai crescer cada vez mais.
André Luis da Cunha, da Fazenda Bela Época, Cafés Especiais e Orgânicos, concorda com seu colega agricultor. “A cafeicultura tem que evoluir de maneira sustentável. Não somos contra o uso de produtos químicos no cultivo do café, mas sabemos que o manejo biológico, com a aplicação de produtos biológicos, em termos gerais, é um caminho sem volta, porque traz um benefício muito grande, não só para nós, produtores, também para o meio ambiente e para o consumidor final”, expõe.
Teve um tempo em que os agricultores não tinham tantas ferramentas, mas, segundo ele, hoje as empresas investiram muito, por se tratar de uma demanda do consumidor final, o que proporcionou o desenvolvimento e disponibilização de produtos biológicos sustentáveis. “Então, hoje isso representa uma facilidade. Anos atrás, mesmo se a gente quisesse produzir de forma sustentável, não conseguiríamos, porque não tínhamos ferramentas, mas hoje representa uma praticidade e posso disser que também qualidade de vida”, diz André.
Portanto, o cultivo 100% orgânico, como o da Fazenda Bela Época, e a produção sustentável de alimentos, tem a finalidade de minimizar os impactos ambientais, tanto quanto diminuir os resíduos químicos nos produtos finais.
Demanda de mercado
Taissara Martins, gerente sênior de marketing e sustentabilidade da Nestlé, diz que é importante trazer a percepção do consumidor em relação à sustentabilidade. “Sabemos que o consumidor, de alguma forma, também é um ditador de regras, então, a partir do momento que ele se mostra interessado nesse tema de sustentabilidade, vem exigindo das marcas a evolução em relação a isso, o que automaticamente vai impactar no produtor rural. Acredito que a sustentabilidade já é um fator inegociável”.
E continua: “Antes, talvez, o produtor pudesse se dar ao luxo de aderir à sustentabilidade por prazer, ou por um desejo, mas agora vejo como uma obrigação. Não tem mais jeito de produzir café do mesmo jeito. Precisamos fazer de um jeito diferente, e acho que essa tendência da agricultura regenerativa, do conservativo, tudo isso surgiu como parte da solução que a gente tanto precisa”, considera.
Atitudes sustentáveis fazem a diferença
A Fazenda Três Meninas, em Monte Carmelo, no interior mineiro, tem como proprietário Marcelo Cocco Urtado. “Aqui cultivamos assim como cuidamos das pessoas. Uma gestão humana com atitudes equilibradas, valorização dos colaboradores e compromisso com a cadeia produtiva – a inovação com o jeito mineiro de produzir cafés. Juntos com a Universidade de Uberlândia, implementamos a economia hídrica, a sincronização da florada e a qualificação da lavoura”, relata o cafeicultor.
Terreiros suspensos e estrutura de pós-colheita garantem lotes cuidadosamente beneficiados na fazenda. Estudos de fermentação controlada abrem caminho para microlotes singulares. “A sustentabilidade está nos nossos valores. Somos certificados UTZ e Rainforest que atestam as melhores práticas sociais e ambientais. Executamos o manejo preventivo com adubação verde e biológica, uso de fertilizantes orgânicos e não utilizamos nenhum herbicida”, orgulha-se em dizer.
A Fazenda Três Meninas é sustentável por respeito ao que produz, já que cultiva o café das relações humanas e do equilíbrio ambiental. Está a 1.050 metros de altitude, em terroir de características marcantes, cultivando o café Topazio com secagem ao sol e sem despolpamento, para manter os atributos do grão.
Onde entra o ingá
Ao se plantar ingá, o produtor tem como objetivo principal o equilíbrio da fazenda, o que também se traduz em redução do custo de pulverização e aumento de produção. “Temos uma praga-chave, que é o bicho-mineiro, seguido da broca-do-café, mas o primeiro diminui muito a produção. Com o plantio de ingá vou perder 9% de área, mas estudos mostram que ele aumenta a produtividade do café, então, quero manter as árvores. Mas, o ponto do equilíbrio econômico se dá entre cinco e seis anos”, conta.
A conta de Marcelo é econômica, mas envolve também outros benefícios ambientais, como produção de água, equilíbrio, diminuição da conta de irrigação, já que haverá mais quebra-ventos, menor índice de doenças, e outros benefícios técnicos.
“Não é a filosofia ambiental, nada contra ela, mas a conta foi na ponta do lápis, porque vou ter o melhor controle do bicho-mineiro com essas árvores. Estou plantando o ingá, guapuruvu, jequitibá rosa, dois tipos de fedegoso e a erva baleira, que é fruto de pesquisa da Madelaine Vizon, da Epamig. O ingá tem um raio de atuação dos inimigos naturais de 20 metros. Então, vou plantar um ingá a cada 40 metros, com todo planejamento”, finaliza.