Autores
Marcela Caetano Lopes
Bióloga e Doutoranda em Agronomia/Horticultura – FCA/UNESP
macaetano20@hotmail.com
Mayumi Nagayama Alboléa
Engenheira agrônoma e produtora de hortifrúti
mayalbolea@gmail.com
A geada é um fenômeno comumente visto na região sul do Brasil, podendo também afetar alguns Estados da região sudeste, e em casos mais raros, o Centro-Oeste. Ela ocorre quando há queda intensa de temperatura, céu claro e baixa umidade do ar, especialmente em baixadas e encostas de montanhas, danificando as células vegetais devido ao vento gelado ou congelamento. Dentre os eventos climáticos, a geada é o que mais causa prejuízos aos produtores.
Alternativas
Durante geadas, produtores procuram alternativas para minimizar a perda no campo, como o uso de variedades tolerantes ou resistentes, épocas de plantios, evitar o cultivo em locais de maior incidência de geadas, ajustes na adubação, com aplicação de cálcio ou potássio, que age dentro do fruto, salinizando a parte líquida e dificultando o congelamento, cultivos protegidos, uso de estufas e plásticos, e até mesmo fazer uma neblina artificial utilizando serragem.
Alternativas para a prevenção de perdas na lavoura começam pelo uso de produtos à base de aminoácidos, que reduzem o estresse das plantas e o ponto de congelamento, sendo ideal ser aplicado antes e após a geada.
Também tem destaque a irrigação por aspersão; a fumaça anti-geada com uma composição de pó de serra, serragem salitrada do chile, óleo queimado ou diesel e água. Para cultivo protegido usa-se o carvão.
Não se engane
Um erro que acontece muito é o produtor subestimar o clima. Muitos produtores não acreditam que podem enfrentar uma geada, e com isso não realizam práticas preventivas. No final, acabam perdendo a lavoura.
Mas, tais erros podem ser evitados com práticas preventivas, e o produtor tem que estar sempre ligado na previsão do tempo e buscar várias fontes, para ter uma precisão melhor das condições climáticas.
Custo
O custo para prevenção depende de qual método o produtor vai usar. Às vezes o problema não está no custo do produto, mas sim na mão de obra para auxiliar na prática preventiva da geada.
Ao final, quando a cultura é salva é bem compensador, pois como pode ter ocorrido diminuição da produção das culturas, os preços sobem.