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Como garantir a nutrição correta dos brócolis

Raphael Augusto de Castro e Melo

Ítalo Moraes Rocha Guedes

Pesquisadores da Embrapa Hortaliças

 Crédito Shutterstock
Crédito Shutterstock

As hortaliças pertencentes à família das brássicas, tais como o repolho, couve-flor e brócolis possuem capacidade de extrair grandes quantidades de nutrientes do solo, respondendo com alta taxa de conversão em um tempo relativamente curto. De pequenas sementes que formarão as mudas, em cerca de três meses e meio, pode-se colher mais de 20 toneladas de produto comercial, como no caso dos brócolis (Brassicaoleracea var. italica).

Dada a crescente dependência das culturas por fertilizantes, o aumento nos custos desse insumo, as reservas finitas de potássio e fósforo e a preocupação com o impacto ambiental causado pelo uso excessivo, tais fatores exigem melhoria constante no manejo da adubação. É importante salientar que, apenas para o cultivo de brócolis, foram gastos R$ 46,9 milhões em 2012, fazendo-o figurar entre as dez espécies de hortaliças com maior consumo de fertilizantes no Brasil naquele ano.

Dessa forma, conhecer o histórico de uso da área de cultivo, avaliar a fertilidade do solo por meio de análise química, seguir as recomendações de correção e adubação de cada região/Estado, além de realizar boas práticas de manejo ao longo de seu ciclo, tais como adotar cultivares adaptadas ao ambiente, são passos fundamentais.

Ademais, há necessidade de atualização das recomendações de adubação para essa espécie, seja em virtude do alto teor de alguns nutrientes nos solos ou pelo incremento do status de sua fertilidade ao longo de anos de cultivo, e notadamente pela adoção de novos híbridos mais precoces. Tais mudanças devem também ser ponderadas para a realização de ajustes visando garantir a nutrição correta dos brócolis.

O manejo nutricional do plantio à colheita

Crédito Raphael Augusto de Castro e Melo
Crédito Raphael Augusto de Castro e Melo

A primeira e indispensável etapa para um adequado manejo da nutrição de qualquer cultivo é a realização da análise química do solo. Para se adubar é preciso saber quais nutrientes e as quantidades adequadas para a espécie que se pretende cultivar. Isso só é possível conhecendo os teores de nutrientes no solo.

O diagnóstico e a recomendação de adubação realizada após análise serão feitos com a utilização de tabelas estaduais ou regionais.

A calagem

com o uso da fertirrigação, a adubação de fósforo fica muito mais eficiente - Crédito Shutterstock
com o uso da fertirrigação, a adubação de fósforo fica muito mais eficiente – Crédito Shutterstock

Uma prática ainda negligenciada é a calagem ” que não é feita ou é realizada incorretamente. A calagem tem a função principal de corrigir a acidez do solo, mas o calcário é também a principal fonte de cálcio e magnésio para as plantas.

Além disso, sem a correção da acidez, o aproveitamento de alguns nutrientes, tais como o fósforo, fica comprometido. A ação do calcário não é imediata e a calagem deve ser feita com antecedência para que seja eficaz. O calcário só reage na presença de água e idealmente durante cerca de 90 dias antes do plantio o solo deve permanecer úmido.

Na hora certa

Crédito Shutterstock
Crédito Shutterstock

Os principais Estados produtores de brócolis, localizados no Sudeste e Sul do País, possuem tabelas para adubação e correção do solo, como a 5ª Aproximação em Minas Gerais, o Boletim 100 e o Boletim Técnico 251 em São Paulo.

Na ausência de dados regionalizados, oriundos de experimentação, as recomendações seguintes podem ser adotadas. De forma geral, todo o fósforo deve ser colocado nos sulcos ou covas anteriormente ao transplantio das mudas, uma vez que com o passar do tempo após a aplicação, o fósforo aumenta sua fixação e, consequentemente, há diminuição da perda.

De forma geral, todo o fósforo deve ser colocado nos sulcos ou covas anteriormente ao transplantio das mudas, uma vez que com o “envelhecimento“ da aplicação do P deve-se evitar a fosfatagem de área inteira, pois isso aumenta a fixação de fósforo pelo solo e diminui o aproveitamento desse nutriente pelas plantas.

Essa matéria completa você encontra na edição de outubro de 2018 da Revista Campo & Negócios Hortifrúti. Adquira o seu exemplar para leitura completa.

 

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