Como o uso de aminoácidos pode contribuir para a recuperação do canavial pós-geada

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Saymon Freitas* 

Saymon Freitas/Divulgação

A ocorrência de geadas em diversas regiões do Brasil, especialmente no Centro-Sul canavieiro, vem exigindo atenção especial dos produtores rurais e usinas. Em 2021, por exemplo, foram registrados diversos episódios do fenômeno, o que acarretou prejuízos para a safra, especialmente na cultura de cana-de-açúcar em São Paulo, Paraná e no Mato Grosso do Sul, ocasionando uma mudança na colheita de um canavial mais novo para um canavial mais velho na região centro-sul em abril e maio de 2022, em comparação com o mesmo período da safra anterior. Para este ano, as projeções continuam apontando ocorrência de baixas temperaturas, o que exige um olhar mais apurado por parte dos produtores. 

Nesse contexto, a aplicação de aminoácidos na lavoura no período pós-geada é um importante aliado para a qualidade e a produtividade do canavial, visto que, dentre os Saymon Freitas* prejuízos causados na cultura estão perda de qualidade de matéria-prima, queda na produtividade e diminuição do ATR. Para a assertividade na aplicação de aminoácidos pós-geada, o produtor precisa investir em soluções que proporcionem aceleração na recuperação do canavial e que tenham uma alta concentração de aminoácidos essenciais – o que permite uma aplicação de baixa dose por hectare e maior assimilação do produto pelas folhas da cana.  

Embora as plantas possam conter mais de 300 aminoácidos diferentes, apenas 20 são necessários para a síntese de proteína, o que ajuda na recuperação da lavoura. Quando usados corretamente, os produtos que oferecem aminoácidos essenciais concentrados ajudam a potencializar a síntese da enzima catalase, que possui um importante papel no metabolismo de defesa da cana e é capaz de converter um milhão de moléculas de H2O2 por minuto, o que diminui o nível de degradação da membrana celular. Além disso, a aplicação de aminoácidos, é totalmente segura e diferente de hormônios sintéticos que exige umidade por um longo período para ter efetividade, – aminoácidos também contribui para a síntese proteica, no efeito complexante em nutrientes e também na maior resistência ao estresse hídrico.  

Também é importante reforçar que a flexibilidade da aplicação dos aminoácidos é uma característica importante do manuseio desse manejo, que pode ser usado no sulco de plantio da cana, favorecendo o desenvolvimento radicular, na recuperação pós- estresse e déficit hídrico, e no período vegetativo da planta, que ocorre entre dezembro e janeiro (meses de maior ganho de massa da cana), favorecendo o desenvolvimento e produtividade da cultura. 

* Saymon Freitas é engenheiro-agrônomo e Gerente Regional de Cana-de-Açúcar da Ubyfol.   

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