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terça-feira, outubro 8, 2024
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Controle de HLB

Laranja – Foto: unsplash

Medida reforça fiscalização nos pomares de citros em Minas

Com o objetivo de proteger ainda mais os citricultores mineiros de eventuais prejuízos econômicos decorrentes do Huanglongbing (HLB), também conhecida como greening, o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), vinculado à Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), elaborou novos procedimentos preventivos para reforçar o controle da praga nos pomares de mexerica, limão, laranja e outras frutas cítricas. As ações complementares estão em consonância com o Programa Nacional de Prevenção e Controle à doença denominada Huanglongbing (PNCHLB), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

O citricultor mineiro precisa cadastrar sua lavoura no IMA, medida que contribui para evitar o comprometimento de frutas para a comercialização, seja pelo aspecto físico e deformação na polpa, ou até mesmo pela alteração na característica do suco. Confira AQUI os procedimentos http://ima.mg.gov.br/sanidade-vegetal/hlb-greening  

Dentre as ações complementares adotadas pelo IMA estão os levantamentos fitossanitários de detecção da doença e o controle do trânsito de material de propagação vegetal das plantas hospedeiras, de acordo com o novo status fitossanitário de Minas Gerais, cujas determinações incluem as seguintes nomenclaturas para conferência do citricultor, a saber: Município com Ocorrência (MCO): onde foi confirmada cientificamente a presença de HLB; Município com Risco de Ocorrência Primária (MRP): onde se limita junto ao MCO e a Unidade da Federação (UF) sob ocorrência de HLB declarada pelo Mapa; e Município com Risco de Ocorrência Secundária (MRS): não classificado como MCO ou MRP.

Desde o ano passado, durante o enfrentamento da Covid-19, o IMA faz balanço sobre ocorrência da doença, incluindo área do plantio e eliminação de plantas doentes. Mais de 800 relatórios semestrais foram entregues pelos citricultores em www.ima.mg.gov.br  referentes ao segundo semestre de 2020.

A fiscalização remota dá suporte à certificação fitossanitária de origem e à verificação do transporte de produtos que são obrigatoriamente submetidos a documentos sanitários.

O gerente de Defesa Sanitária Vegetal do IMA, engenheiro agrônomo Nataniel Nogueira, aponta a participação do citricultor, assim como a de todos os elos da cadeia produtiva de citros, como fundamentais para a prevenção ao HLB nos pomares. “A inspeção e o manejo adequados são imprescindíveis. A erradicação de plantas doentes não é a única forma de evitar a disseminação da praga. É necessário o controle contínuo do vetor”, alerta.

Nogueira informa que foram erradicadas em Minas mais de 750 mil plantas com HLB, o que corresponde a 1.250 hectares, cujos pomares já foram em sua maioria recompostos. Minas possui cerca de 53 mil hectares de área plantada de citros. Além do estado que detectou a primeira ocorrência de HLB em 2005, São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul também registraram a praga nas plantações.

Habilitação CFO e CFOC

Após identificar a existência de plantas contaminadas com HLB, os fiscais encaminham ao Mapa o resultado de diagnóstico emitido por laboratórios credenciados na Rede Nacional de Laboratório Agropecuários. A coleta de amostras das plantas de citros e a remessa para análise em laboratório credenciado é feita por engenheiro agrônomo autônomo que é responsável pela emissão do Certificado Fitossanitário de Origem (CFO) ou Certificado Fitossanitário de Origem Consolidado (CFOC). Ambas as habilitações são concedidas após cursos ministrados pelo IMA, com apoio do Mapa, do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA-MG), da Sociedade Mineira de Engenheiros Agrônomos (SMEA) e do Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus).  

O próximo curso, na 95ª edição, quinto da modalidade on-line, acontece entre os dias 21 e 24 de junho. As inscrições no site do IMA foram abertas nesta segunda-feira (14/6) e se encerraram em pouco mais de 24 horas pela grande procura e vagas limitadas a 30 engenheiros agrônomos da iniciativa privada. O tradicional curso, sucesso de público, é responsável pela habilitação de cerca de 2 mil profissionais de todo o país.

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