A carência de fósforo no solo é motivo de preocupação para os produtores que querem alcançar maior produtividade nas lavouras. O agrônomo Marcelo Morita, consultor da Kasuya Inteligência Agronômica, relata que, no caso do algodão, a correção deste elemento é realizada no Oeste da Bahia através da fosfatagem. Trata-se de metodologia no qual é empregada uma quantidade alta de fertilizante fosfatado com intuito de elevar os teores no solo para aumentar a eficiência da adubação fosfatada de manutenção ou restituição. “Após a correção, é possível com doses medianas 70 a 120 kg ha de P2O5 solúvel (concentrado fosfático) não limitar mais a produção por falta desse nutriente”.
Há mais de 30 anos no mercado de consultoria agronômica, a Kasuya é parceira da empresa mineira Satis no apoio à busca de novas alternativas para a agricultura brasileira. “A Satis tem contribuído através de produtos inovadores, personalizados e ajustados para as necessidades que nós da Kasuya observamos em campo”, afirma Morita. “Estamos em busca contínua de inovação no campo, através de parceiros que possam impactar o meio produtivo de forma positiva e disruptiva. Acreditamos que elevar os patamares de produção e rentabilidade mantendo a perenidade do sistema de produção é uma questão de sobrevivência da atividade”, acrescenta o agrônomo.
A engenheira agrônoma Kirley Martins, responsável comercial da Satis na Bahia, afirma que a solução Sturdy, desenvolvida pela própria marca, tem sido bastante utilizada na região por sua alta eficiência no fornecimento de fósforo e por melhorar a estruturação das plantas. Com sede em Araxá (MG) e especializada no desenvolvimento de produtos de nutrição vegetal, a Satis também lançou no ano passado o Sollar, tecnologia que contribui para maior força e vigor da planta ao otimizar o aproveitamento de nutrientes. Kirley acredita que, na próxima safra, o produto criado para aplicação direta em solo terá um papel importante junto aos produtores de algodão.
A Bahia ocupa a segunda posição entre os maiores estados produtores de algodão, ficando atrás apenas do Mato Grosso e a Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) projeta um incremento de área plantada com a commodity de cerca de 9%, em relação a 2020/2021. A produção estimada pela Abapa é de 563 toneladas de algodão beneficiado (pluma), com produtividade esperada de 1.937 quilos por hectare. Os preços do algodão estão em alta em janeiro e segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), integrante do Departamento de Economia, Administração e Sociologia da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, Cepea/Esalq, o avanço das cotações tem sido influenciado pela elevação dos valores internacionais, entre outros fatores. Além disso, o mês de janeiro é sazonalmente de preços acima da média anual, devido à maior presença compradora para renovar estoques depois do recesso de fim de ano.