Rafael Rosa Rocha
rafaelrochaagro@outlook.com
Rayla Nemis de Souza
nemisrayla@gmail.com
Engenheiros agrônomos e mestrandos em Ambiente e Sistemas de Produção Agrícola – Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT)
Tiago Yukio Inoue
Engenheiro agrônomo e mestrando em Genética e Melhoramento de Plantas – Universidade Federal de Lavras (UFLA)
tiagoyukio2014@live.com.pt
Marla Silvia Diamante
Doutora em Agronomia/Horticultura – UNESP
marlasdiamante@gmail.com
A batata-doce tem uma grande diversidade de cultivares – no Brasil há 29 cultivares registradas pelo Ministério da Agricultura, que apresentam diferenças entre a coloração da casca, variando entre roxa, rosa, branca, amarela e creme, bem como as variações da polpa, podendo ser branca, creme, amarelo-clara, salmão ou roxa, e formatos das raízes tuberosas variando entre alongadas ou arredondadas.
A escolha da cultivar para produção está atrelada às condições edafoclimáticas, adubação, finalidade da produção e preferência do consumidor quanto à região de comercialização.
Atualmente, existe um novo método de produção de cultivares de batata-doce visando um alimento mais nutritivo e que apresenta mais benefícios para a saúde do consumidor, conhecidas como biofortificadas.
Elas apresentam maiores níveis de betacaroteno (combate os radicais livres e ajudam na prevenção de alguns tipos de câncer). Um exemplo de cultivar biofortificada é a Beauregard, apresentando 115 microgramas de betacaroteno por grama de raiz fresca, enquanto uma cultivar convencional de polpa branca apresenta 10 microgramas.
Outro aspecto ultra nutritivo são cultivares com altos teores de antocianinas, que são pigmentos que conferem as cores vermelha, roxa e azul em frutas e hortaliças. Esses pigmentos são compostos fenólicos, conhecidos como flavonoides, fitoquímicos bioativos com ação antioxidante, que atuam positivamente na saúde humana, na prevenção de doenças crônicas.
Na batata-doce de polpa roxa, isso se torna um diferencial para a produção, pois permite mais facilmente o acesso a esses compostos bioativos, tornando esse produto ainda mais interessante para ser utilizado na gastronomia e de diferentes formas pela indústria.
Viabilidade
O cultivo de batata-doce é sempre positivo, tanto para crescimento de área, produção quanto rentabilidade, pois cada dia mais a busca desse alimento só aumenta. O consumo da batata-doce está em alta, principalmente pelo público fitness e atletas, devido aos seus diversos benefícios à saúde, tanto por suas características nutritivas quanto funcionais.
Além disso, suas aptidões geram nichos de potencial de mercado diversos, podendo ser utilizada na alimentação animal (raízes e parte aérea), na produção de álcool (raízes), matéria-prima para fármacos e produtos alimentícios com alto potencial nutritivo (composição das folhas de cultivares melhoradas), proporcionando oportunidades e flexibilidade para maior lucratividade dos produtores.