19.8 C
Uberlândia
domingo, abril 28, 2024
- Publicidade -
InícioMáquinasDéficit de armazenagem compromete qualidade dos grãos

Déficit de armazenagem compromete qualidade dos grãos

Estima-se que no Brasil 20% de toda colheita seja perdida devido às más condições de armazenamento, umidade e pragas.

Divulgação

O sistema de armazenagem vive um verdadeiro colapso  no Brasil e isso ficou bastante evidenciado com a safra recorde de grãos de 2022/2023. O déficit da capacidade estática de armazenagem de grãos deve ultrapassar os 118 milhões de toneladas, conforme projeção da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).

Apenas 15% do total de armazéns estão acomodados em fazendas, que é o local apropriado para evitar perdas e manter a qualidade dos grãos. Nos Estados Unidos esse índice chega a 66%.

A falta de espaço adequado prejudica a qualidade dos grãos e pode representar perdas, inclusive com situações em que o produtor se obriga a deixar o produto depositado a céu aberto.   Assim, a queda de qualidade e comprometimento da comercialização do grão são inevitáveis.

A alta umidade é determinante no ataque de fungos, responsáveis pela formação de bolor e mofo, o que causa fermentação dos grãos, resultando em grandes perdas e, consequentemente, de dinheiro. “O problema com os fungos acontece de forma mais acentuada durante o período de armazenamento, por isso é importante que os grãos passem por um processo de secagem, para que sejam guardados com a umidade devidamente controlada”, enfatiza o engenheiro agrônomo Roney Smolareck, da Loc Solution, empresa paranaense detentora da marca Motomco de medidores de umidade de grãos.

Segundo ele, a umidade tem sido causa de preocupação entre muitos produtores rurais, especialmente na fase de estocagem de grãos. “Normalmente, a boa colheita determina o sucesso de uma safra, mas o produtor precisa estar atento às condições do grão na hora de entregá-lo ao comprador final”, afirma o engenheiro agrônomo, acrescentando que para o armazenamento adequado, o teor de umidade dos grãos não deve ser maior do que 13% ou menor do que 12%,.

“Há situações em que os grãos têm que ser guardados em armazéns até a finalização do processo de comercialização e, essas transações podem durar meses. Daí a necessidade da conservação dos grãos com todas as suas características e qualidades”, afirma Smolareck,

Aprosoja-MS – Em alguns estados agrícolas, como o Mato Grosso do Sul, a capacidade estática de armazenagem está abaixo da produção gerada. Nos últimos cinco anos, a média anual de volume de grãos no estado foi de 20 milhões de toneladas. No entanto, a capacidade apontada pelo projeto SIGA-MS no ano de 2021 é de 10,9 milhões de toneladas, resultando em um volume remanescente de 11 milhões de toneladas.

De acordo com a análise da oferta e demanda realizada pela Aprosoja-MS no estado, na safra 2021/2022, o consumo interno de soja e milho atingiu 6,252 milhões de toneladas, enquanto as exportações interestadual e internacional totalizaram 15,6 milhões de toneladas. Esses dados demonstram que o armazenamento dos grãos para o consumo interno é suficiente. No entanto, quando os produtores desejam armazenar seus grãos para vendê-los em um momento mais favorável, a capacidade de estocagem se mostra insuficiente, o que obriga os produtores a comercializá-los o mais rápido possível devido à baixa capacidade estática.

O fomento deste setor é importante, pois permite que os produtores comercializem seus produtos em um momento mais oportuno em termos de preços. Quando a soja ou o milho são adequadamente estocados, eles podem ser armazenados por até um ano.

O gerente de armazém da Moageira Irati Cereais, no Paraná, Élcio Batista Martins, conta que a cada safra passam pelo silos da moageira em torno de 120 mil toneladas de grãos, sendo 60 mil toneladas de soja, 35 mil toneladas de trigo e o restante em milho.

Após receber os grãos, antes de seguir para o armazenamento, é recomendado que eles estejam limpos, livres de impurezas, restos culturais e doenças. “Muitos produtores colhem a soja ainda úmida por conta do clima. Recebemos em nossas unidades, grãos com umidade alta, principalmente os de soja e milho, sendo necessário realizar a secagem artificial”, afirma.

O estrago ocasionado pelo excesso de umidade atinge níveis alarmantes. Estima-se que no Brasil nada menos que 20% de toda colheita seja perdida devido às más condições de armazenamento e também às pragas.

Loc Solution: A Loc Solution é uma empresa com sede em Curitiba, detentora da marca Motomco de medidores de umidade dos grãos. A empresa fabrica, comercializa e aluga os equipamentos, sendo referência em várias regiões agrícolas do País. De origem canadense, a marca Motomco é líder nacional no segmento de medidores de umidade de grãos. Mais informações motomco.com.br

ARTIGOS RELACIONADOS

Copercampos adquire unidade em Fraiburgo/SC

A Copercampos assumirá a estrutura da Copercon em 1º de dezembro. 

Silo cincho: opção de baixo custo

Produtores de Brasília de Minas, no Norte do Estado, têm orientação da Emater-MG para adotar a tecnologia.

Silo-bolsa é uma opção barata e eficiente

A vida útil desse material pode chegar a 10 anos, onde os grãos podem permanecer armazenados por até 24 meses

Bahia Farm Show apresenta equipamentos para grandes áreas

Piccin Equipamentos estará na feira em Luís Eduardo Magalhães, com o recém lançado distribuidor Master 30000 Heavy Duty e ainda o descompactador Advanced Auto, projetado para realizar curvas com raio de giro de 25 metros em operação

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
Falha na pontuação do usuário captcha. Por favor, entre em contato conosco!