“Uma pausa para o cafezinho”. Quem nunca ouviu esta frase? Ela representa apenas um dos muitos bons momentos inspirados pelo café. Não é à toa que a bebida é tão admirada no mundo todo. A começar pelo aroma que desperta diversas sensações, remetendo à memória, sentimentos de união e acolhimento. E como tudo que é bom merece ser celebrado, o dia 14 de abril foi a data escolhida para comemorar o Dia Mundial do Café.
O café é a segunda bebida mais consumida no mundo, só perdendo para a água. Os números provam a cada ano que a paixão por ele só aumenta. Segundo a Organização Mundial do Café (OIC), o consumo global em 2022/23 atingirá 178,534 milhões de sacas, com alta anual de 1,7% (175,605 milhões de sacas em 2021/22).
O Brasil mantém o título de maior produtor e exportador e a Região do Cerrado Mineiro tem um papel importante na introdução do café de qualidade no cenário mundial, uma vez que representa 12,7% da produção brasileira, 25,4% da produção mineira e está presente em todos os continentes. Atualmente, são mais de 30 países e cerca de 70 compradores de cafés especiais com o selo de Denominação de Origem da Região, a primeira a alcançar este status para os cafés do Brasil, em 2013.
50 anos da Região Cerrado Mineiro
Com uma cafeicultura que prioriza cada dia mais os investimentos na sustentabilidade e no pioneirismo, a Região do Cerrado Mineiro completou, no ano passado, 50 anos. Hoje, abrange uma área de produção de 255 mil hectares, com 4.500 cafeicultores distribuídos por 55 municípios e que se reinventam a cada nova safra, a cada nova geração.
E o que não faltam são conquistas inéditas que trazem reconhecimento e notoriedade para o Cerrado Mineiro. Entre elas, está o desenvolvimento da tecnologia ‘fingerprint’ (impressão digital do café) para aprimorar a rastreabilidade do café. Outra conquista importante em 2022 foi a marca de 1 milhão de sacas de café com o selo DO, alcançada após o embarque de uma remessa enviada para o Japão. Prova de que a qualidade e as características do café produzido na região atendem os altos níveis de mercado internacional e atraem cada vez mais importadores.
“Em 2022, celebramos os 50 anos da cafeicultura na Região do Cerrado Mineiro, 30 anos da Federação dos Cafeicultores do Cerrado e 10 anos do Prêmio Região do Cerrado Mineiro. Essas comemorações marcaram o encontro das gerações que honram o passado, transformam o presente e criam um futuro promissor. Os novos desafios estão em sintonia com uma cafeicultura que atenda os parâmetros de exigência socioambientais como também o controle e proteção da Origem e, para isso, temos nosso Programa de Denominação de Origem, pioneiro no Brasil e, agora, com a ferramenta fingerprint. A RCM, através de suas ações e das organizações que compõem o Sistema, está preparada para atender a todo o ecossistema do café produzido com atitude, que é um café responsável, rastreável e de alta qualidade”, destaca Juliano Tarabal, superintendente da Federação dos Cafeicultores do Cerrado.
Denominação de Origem é garantia de exportação
Os embaixadores do café do Cerrado Mineiro são cafeicultores comprometidos com o propósito de representar o café produzido na região pelo mundo afora. Um deles é o produtor Rafael Vinhal. O jovem cafeicultor possui raízes profundas com a história da cafeicultura na Região do Cerrado Mineiro. O avô iniciou os plantios na década de 70 e há cinco anos ele assumiu parte dos negócios. Hoje, com o pai, Rafael investe em tecnologia, processos e inovação e se orgulha da região que foi pioneira na conquista do título de Denominação de Origem. “A Região do Cerrado Mineiro é a melhor para se produzir café no mundo, tanto em termos de volume quanto em qualidade”, afirma.
Grande parte do café produzido pela família é exportado com o selo de origem e ele credita isso aos atributos da Região e também à busca dos consumidores pelo relacionamento e pelas histórias.