Encerrou nesta quinta-feira (10) o IX Encontro Técnico Algodão da Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso, Fundação MT. O evento aconteceu no Malai Manso Resort, em Chapada dos Guimarães (MT), com a participação de profissionais que atuam na cultura do algodão no Brasil. O tema ‘A integração que gera resultados’ ficou evidenciado no conteúdo apresentado pelos especialistas, demonstrando que a visão sistêmica do sistema produtivo, envolvendo a cultura do algodoeiro, é realidade também na prática.
“O evento nos mostrou o quanto a integração das áreas está presente tanto na prática da condução da lavoura, como na pesquisa, pois em todas as apresentação e debates tivemos informações relacionadas entre um painel e outro, mesmo em temas diferentes“, destacou Leandro Zancanaro, gestor de Pesquisa da Fundação MT. Nesta edição, mais de 220 profissionais acompanharam a programação, composta de relatos da safra de algodão de Mato Grosso e do Oeste da Bahia, fisiologia do algodoeiro, manejo de insetos, nematoides e doenças nas lavouras de algodão, genética, condição física do solo e perspectivas de mercado.
O evento iniciou na quarta-feira (9) com o relato da safra de algodão 2016/17 em Mato Grosso, com o engenheiro agrônomo Alexandro Lunkes, da Fazenda Paiaguás, e sobre a safra de algodão no Oeste da Bahia, com o engenheiro agrônomo Pedro Brugnera, da Consultoria CÃrculo Verde. Ambos relataram o desenvolvimento inicial da cultura e as dificuldades durante o ciclo. Plantas daninhas, pragas como lagartas, pulgão, mosca branca, percevejo castanho e bicudo, além de doenças como a mela, ramulária e a mancha alvo também foram lembradas pelos palestrantes, com mais ou menos ocorrência em cada uma das regiões.
A ramulária, considerada a principal doença do algodoeiro, não causou grandes prejuízos nesta safra nas duas regiões, de acordo com os relatos. O fato difere de outras safras, onde a pressão da doença foi grande. Quanto à produtividade, tanto Bahia, como Mato Grosso, estão registrando boas médias nas áreas já colhidas. “As produtividades estão oscilando, mas de forma geral serão muito boas em Mato Grosso, em torno de 280, 290@/ha na região do Parecis e superando 300@/ha na região de Sapezal e no sul do Estado“, disse Alexandro. Sobre a Bahia, Pedro ressaltou que haverá “produtividade e qualidade histórica, com picos de produtividade que chegam a 400@/ha“.
As perspectivas para os mercados de algodão para a safra 2017/18 foram mostradas por Marcos Rubin, da Agroconsult. Ele explicou que 80% da safra de algodão 2016/17 está vendida e 60% a 70% da safra de algodão 2017/18 já está comercializada. “Os preços são bons, não excelentes, mas há animação pelos resultados de produtividade“, pontuou. Rubin explanou ainda que os produtores de algodão terão que ser cada vez mais competitivos, mais eficientes e trabalhar com custo por pluma mais baixo. “Esse é um processo contÃnuo no mercado de algodão“, frisou.
Nesta quinta-feira, a programação do Encontro Técnico contou com discussões sobre pesquisas envolvendo a condição física do solo nos sistemas de produção com a cultura do algodoeiro, e participação de empresas que apresentaram as novidades em genética e cultivares de algodão, além de um amplo espaço para informações sobre os principais nematoides do algodoeiro. O evento encerrou com almoço e entrega de brindes aos participantes.
A IX edição recebeu o patrocínio da Aprosmat, Arysta, Basf, Bayer, Du Pont, IMA-MT, Kleffmann Group, Oxiquímica, Syngenta, UPL, Vale Fertilizantes e Wide Strike (Dow).
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