O Brasil produz aproximadamente 37 milhões de toneladas de lixo orgânico por ano. Mas desse total, apenas 1% é tratado de forma adequada, segundo Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe).
O lixo orgânico é todo o resíduo, com origem biológica, seja de animal ou vegetal, a exemplo das cascas de frutas, restos de comida, folhas de árvore e sementes que passam pelo processo de decomposição natural. Uma das alternativas para o gerenciamento correto costuma ser a compostagem, capaz de transformar a matéria orgânica encontrada no lixo em adubo natural, que pode ser usado na agricultura, em jardins e plantas, substituindo o uso de produtos químicos.
Na tentativa de minimizar o problema, algumas empresas de alimentos e bebidas, como a MadeReal, que trabalha com a produção e comercialização de granolas, crackers e shots prensados a frio, fechou uma parceria estratégica com a Co.urb, uma empresa de coleta e compostagem de resíduos orgânicos, para fazer a destinação correta dos insumos que seriam descartados no lixo comum e destinados aos aterros sanitários.
Segundo o último relatório realizado entre novembro e fevereiro deste ano, mais de 244 kg de resíduos orgânicos foram destinados à compostagem. Além disso, a ação ajudou a evitar a emissão de mais de 189 kg de gás carbônico (CO2) na atmosfera ao longo dos meses citados.
“A parceria veio no momento certo, pois entendemos que somos responsáveis por tudo o que consumimos e descartamos. A MadeReal gera muito lixo orgânico por conta dos shots, onde não aproveitamos o bagaço dos insumos para a produção das bebidas”, explica Anna Baptista, sócia-fundadora da empresa.
O trabalho para a destinação correta dos resíduos é constante. Semanalmente, a equipe tem o cuidado de destinar as embalagens que podem ser recicladas e o lixo orgânico para compostagem. “É uma ação relativamente simples de implementar na rotina, porque contamos com um parceiro. Acredito que se todas as empresas tivessem algo parecido, com certeza , teríamos um volume menor de resíduos indo para aterros e locais não controlados”, lembra a empreendedora.
Além dela, o negócio tem a frente a sua sócia Carolina Cerqueira que, juntas, trabalham para minimizar o impacto de suas ações no meio ambiente, enquanto oferecem alimentos saudáveis para o consumidor que deseja manter uma alimentação equilibrada.