As temperaturas elevadas e a estiagem prolongada no Centro-Oeste e MATOPIBAPA – macrorregião que engloba Maranhão, Tocantins, Piauí, Bahia e Pará – atrasaram o plantio de soja, milho e algodão. “Segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o percentual de semeadura no Mato Grosso é 12% menor do que na safra passada e nos estados do MATOPIBAPA o plantio está em fase bem inicial”, compartilha Iran Santana, CCO da ORÍGEO, empresa que fornece soluções de ponta a ponta para grandes agricultores de Bahia, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Piauí, Rondônia e Tocantins.
Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), órgão do Ministério da Agricultura e Pecuária, e o Climatempo, o período de espera por chuvas regulares está perto de terminar. A expectativa geral do serviço de meteorologia – e também dos agricultores – é de chuvas intensas na região em novembro.
A estiagem mais prolongada do que a média histórica é potencializada no Centro-Oeste e no MATOPIBAPA pelo El Niño. Esse atraso, inclusive, exigiu replantio em algumas regiões do Mato Grosso. O mesmo fenômeno é responsável pelas intensas precipitações na região Sul do país. A boa notícia é que as precipitações estão previstas para chegar, motivando os agricultores a intensificar o plantio.
Mesmo o atraso das chuvas em algumas regiões do Centro-Oeste não impede o otimismo da Companhia Nacional de Abastecimento com a safra de grãos 2023/2024. A expectativa da instituição é colheita de 317,5 milhões de toneladas, sendo 162 milhões de toneladas de soja, 119,4 milhões de toneladas de milho e 7,29 milhões de toneladas de algodão.
Somente o Mato Grosso responderá por 69% da colheita total de algodão, 38% da safra total de milho e 27,4% do cultivo da soja. Os cinco estados do MATOPIBAPA participam com 24,7% da produção total de algodão – sendo a Bahia responsável por 1,54 milhão de toneladas, 11,3% do milho e 15,7% da soja produzida no país. “Bahia, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Piauí, Rondônia e Tocantins contribuem cada vez mais para o sucesso da produção agrícola do país, com aumento da produtividade e da sustentabilidade”, assinala Iran Santana, CCO da ORÍGEO.