A 3ª etapa de ações da Rota das Frutas da Região Integrada de Desenvolvimento Econômico do Distrito Federal (RIDE-DF) avança pelo DF e 33 municípios de Goiás e Minas Gerais. A Rota organiza a cadeia produtiva da fruta, incluindo produtores rurais, grupos comerciais, associações, setor público, governos estaduais, distribuidores, setores de logística, armazenamento, embalagens, entre outros. Até 2025, a Rota prevê que seja produzido R$ 100 milhões em valor bruto de produção, com o mirtilo nos três estados envolvidos.
Na prática, o projeto promove estratégias de aumento da produção e do fornecimento de frutas para mercados internos e externos, geração de emprego e riqueza, intercâmbio de experiências e tecnologias e diversificação de culturas. “Temos o objetivo de implantar na RIDE, neste ano, 1,5 mil hectares de açaí, sendo 10 ha por cooperativa, além de 50 ha de mirtilo, beneficiando cerca de 250 produtores”, destaca Luiz Curado, coordenador da Rota das Frutas. De acordo com ele, a Rota tem a finalidade de fortalecer os pequenos produtores.
Sobre as principais produções da Rota, estão inclusas as frutas vermelhas, morango, amora preta, mirtilo, framboesa, açaí, jabuticaba e frutas do cerrado. Há ainda o estímulo à produção de novas frutas e apoio aos pomares que já existem. Segundo a Coordenação da Rota, a expectativa para os próximos sete anos, é que se atinja a meta de plantio de 63 milhões de mudas de mirtilo e 9.350 milhões de mudas de açaí. “Até 2030, teremos um pomar com mais de 6 mil hectares só com mirtilo, empregando 10 trabalhadores por hectare”, aposta Curado.
“Vemos um novo caminho de desenvolvimento da fruticultura no DF, que já era importante em Brazlândia e se expande”, ressalta Ibaneis Rocha. Para o governador do DF, a Rota da Fruta transformará a região em um dos principais produtores de frutas do país. “Sei da importância da agropecuária para o Brasil. Queremos que o produtor tenha conforto e segurança para viver bem”, explica.
Fases da iniciativa
Nas etapas I e II da Rota das Frutas, foram realizadas 12 reuniões de mobilização com grupos variados, incluindo produtores de frutas e hortaliças; sementes e viveiristas; indústria de embalagens e insumos; mercado varejista e atacado; cooperativas e associações. “Temos agora, nova mentalidade de produção, focada na venda para a produção, na certificação e no manejo adequado. Tudo isso com profissionalização, como a rastreabilidade, e a adequação de embalagens”, destaca Curado.
De acordo com ele, quando os clientes clicarem nos códigos de barra, terão acesso às informações dos produtos. “O rastreamento interfere diretamente na segurança alimentar das pessoas que compram as frutas, por exemplo”, lembrou. “O nosso processo de fruticultura está focado na alta rentabilidade”, complementa.