24.6 C
Uberlândia
domingo, novembro 24, 2024
- Publicidade -spot_img
InícioDestaquesExportação de milho no Brasil dispara, mas ainda não decola

Exportação de milho no Brasil dispara, mas ainda não decola

Divulgação

O Brasil é um grande exportador de milho, o que comprova os dados da SECEX – Secretaria de Comércio Exterior. Segundo dados divulgados, a média diária já soma 370,2 toneladas, comparado ao mesmo período do mês completo no ano anterior. 

Até a segunda semana deste mês, os embarques já somam 2,2 milhões de toneladas, um aumento significativo comparado ao resultado de 2,85 milhões do mês de setembro inteiro de 2021. As exportações brasileiras do cereal estão sendo impulsionadas por uma grande safra em 2022. Na semana de 28 de agosto a 3 de setembro, as exportações do país totalizaram 1,538 milhão de toneladas do grão.

Mesmo os números sendo positivos, especialistas apontam que eles ainda são insuficientes. Porque de acordo com os analistas de mercado, o preço oferecido pelo mercado internacional não satisfaz os produtores.

Fábio Pizzamiglio, diretor da Efficienza, empresa especializada no comércio exterior, aponta que é importante estar atento aos movimentos internacionais para compreender o cenário. “Principalmente após o início da guerra da Ucrânia nós tivemos um aumento significativo da demanda internacional para o milho e outros produtos – até mesmo quando consideramos os problemas logísticos atuais. Desse modo, o Brasil ainda não estava preparado para atender essa demanda tão elevada e de constante crescimento”, afirma o executivo. 

LEIA TAMBÉM:

As exportações aumentaram no Brasil, mas a pressão da oferta interna mantém os preços achatados. Os preços internos do milho permaneceram absolutamente inalterados em R$90,00/saca no Rio Grande do Sul, a R$ 87,00 em Santa Catarina e subiram 2,4% no Paraná, passando de R$ 83,00 FOB para R$ 85,00 FOB nesta sexta-feira. 

Outro fator apresentado pelo especialista está relacionado com o reflexo, ainda presente, da pandemia no mundo. “Um dos aspectos principais que precisa ser apontado é em relação aos impactos da pandemia, que ainda podemos observar. Ele está presente no preço dos contêineres, ele está presente na insegurança no mercado externo. Essa fase ainda precisa ser passada para podermos utilizar todo o nosso potencial para avançar com o setor no mercado internacional”, explica.

O especialista ainda completa afirmando que não podemos descartar a necessidade de investimentos no setor do agronegócio, principalmente considerando os efeitos da crise dos combustíveis e dos fertilizantes para a safra do país.

ARTIGOS RELACIONADOS

Queda na safra de trigo argentino tem reflexo no Brasil

Segundo pesquisa realizada pela agtech SIMA, os danos causados pela estiagem resultaram em queda de 35% no rendimento do cereal. Com diminuição da oferta, consequentemente haverá aumento de preços, o que pode afetar negativamente o consumidor final brasileiro

Trigo ganha o Cerrado Mineiro com um dedo da Coopadap

Autor Antônio Sergio de Souza Engenheiro agrônomo, mestrando em Produção Vegetal – Universidade Federal de Viçosa (UFV), campus Rio Paranaíba A cultura do...

Produção de cebolinha hidropônica no telado

Elisamara Caldeira do Nascimento Talita de Santana Matos Glaucio da Cruz Genuncio glauciogenuncio@gmail.com Doutores em Agronomia Bruno Rossafa Licenciado em Ciências Agrícolas A cebolinha (Alliumschoenoprasum) é originária do continente Europeu, pertencente...

Como obter sucesso no cultivo de rabanete?

A obtenção do sucesso no cultivo de rabanate depende de vários aspectos, mas a escolha de materiais mais adaptados a cada região é o primeiro passo, assim como a decisão pelo local de cultivo.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
Falha na pontuação do usuário captcha. Por favor, entre em contato conosco!