Pela primeira vez, a Satis obteve faturamento superior a R$ 100 milhões, alcançando a cifra de R$ 104,7 milhões, um aumento de 17,6% em relação ao resultado anterior. Foram comercializados 1,977 milhão de litros, o que representou uma redução de 4,6% frente ao volume da safra 21/22, mas houve uma alteração no perfil de produtos comercializados.
Especializada em soluções de nutrição vegetal, a empresa mineira com sede em Araxá, teve como um dos pontos positivos do período o crescimento do portfólio Aplik+, composto de tecnologias voltadas a melhorar a eficiência de aplicações na lavoura, e da Linha Bio, dedicada ao desenvolvimento radicular das plantas a partir de um complexo de organismos vivos. O desafio agora é intensificar o acesso a culturas como cana de açúcar, sementeiras de milho e HF nos cinturões verdes das capitais SP e RJ, além de estados como PR e GO.
A cultura de maior representatividade continua sendo a soja e as regiões principais são MG, GO, MT, RS e BA. E há expectativa de manter um crescimento acima dos 20%, ampliando a participação nos principais mercados, como soja, milho, trigo, feijão, café, algodão e HF. Uma das principais novidades da empresa para esta temporada é Vitaphix DC200. Integrante da linha Aplik+, trata-se de um aditivo desenvolvido para reduzir o chamado efeito deriva em aplicações complexas de produtos na lavoura, contribuindo para maior proteção e eficiência nutricional da planta.
Nos últimos meses, a capacidade de produção da empresa aumentou em 50% através da implementação de novos equipamentos em sua indústria. Em paralelo, a estrutura de logística vem sendo um dos pontos especiais de atenção para qualificar ainda mais a participação no mercado. A Satis está estruturando novos centros de distribuição em regiões estratégicas do agronegócio. Um deles já encontra-se em fase de conclusão na cidade de Imperatriz/MA, com 600 m² para atender os estados do Maranhão, Piauí, Pará e parte do Tocantins. “Um dos principais desafios é ter o produto próximo ao consumidor. Isso porque ele vem cada vez mais optando por adquirir os insumos no momento da utilização em resposta às instabilidades do mercado, que deixa a compra antecipada menos atrativa. Portanto, o reforço da estrutura de logística será fundamental nesta temporada”, avalia o Diretor Executivo da Satis, Endrigo Bezerra.
Diversos fatores atrapalharam o alcance da meta inicial de 33% de crescimento, como as variações climáticas, principalmente no Sul, queda nos preços de commodities, incertezas de mercados futuros e desajustes nos preços do mercado de fertilizantes e fertilizantes foliares, além do impacto da política. No entanto, as regiões com melhores desempenhos individuais na safra 22/23 foram NE com 55,05% e Espírito Santo com 50,7%.