26.6 C
Uberlândia
segunda-feira, abril 14, 2025
- Publicidade -spot_img
InícioArtigosFlorestasFormigas - Todo cuidado é pouco

Formigas – Todo cuidado é pouco

Arthur Henrique Cruvinel Carneiro

Técnico em Agricultura e Zootecnia, graduando em Agronomia na Universidade Federal de Lavras (UFLA), membro do Grupo de Estudos em Herbicidas, Plantas Daninhas e Alelopatia (GHPD), e do Núcleo de Estudos em Cafeicultura (NECAF)

arthurhcruvinel@hotmail.com

Laís Sousa Resende

Graduanda em Agronomia pela UFLA, membro NECAF e GHPD

 

Fotos Shutterstock
Fotos Shutterstock

O controle químico é a principal técnica utilizada no combate às formigas cortadeiras, destacando-se as iscas granuladas, pós-secos e termonebulização. O combate às formigas deve ser realizado em toda a propriedade, e até 50 metros além das divisas da área plantada.

Passo a passo

O controle inicial das formigas deve ser feito durante a fase de preparação do terreno, antes do revolvimento do solo e abertura das covas para o plantio. Logo após a limpeza do terreno, devem-secontrolar todos os formigueiros utilizando a isca granulada. Em caso de formigueiros maiores, deve-se usar o termonebulizador.

O repasse é a operação que visa combater os formigueiros que não foram completamente extintos e é feito aproximadamente 60 dias após o controle inicial e antes do plantio. Para auxiliar na localização dos formigueiros, costuma-se utilizar alguns atrativos, como bagaço de laranja, folha de eucalipto, folha de mandioca e folha de laranja, espalhando-os ao longo do terreno, nos finais de tarde.

A ronda é a operação feita em toda a área do plantio e durante toda a fase da cultura, envolvendo as etapas de implantação, manutenção ecorte da floresta. Até os dois primeiros anos pós-plantio, o monitoramento das formigas deve ser rigoroso em toda a área.

As iscas formicidas

Para o controle de formigas cortadeiras, o principal produto utilizado é a isca formicida granulada. Este produto apresenta as seguintes características que tornam seu uso vantajoso: facilidade de aplicação, alto rendimento operacional, alta eficiência, baixa toxicidade ao homem e ao meio ambiente e condições econômicas viáveis.

Dosagem de formicida

Em métodos químicos de controle de formigas cortadeiras, geralmente é necessário estimar o tamanho do formigueiro, que é verificado pela mensuração do monte de terra solta. Trata-se de uma etapa realizada para sauveiros.

Para a medição, pode ser usada uma trena ou passadas largas de aproximadamente um metro cada. Assim, será obtida a área com base nas dimensões (comprimento e largura) do monte de terra solta principal, com exceção de espécies de Atta capiguara, quando devem ser incluídas nas medições as rosetas ou montes secundários.

Esse processo é indispensável para a determinação das dosagens, e o resultado do tamanho da área é multiplicado pela dosagem indicada no rótulo, que geralmente é feita por metro quadrado, determinando a quantidade de iscas necessária para o controle do sauveiro.

Por exemplo, se a recomendação do fabricante for de 10 g de isca para cada 01 m² de terra solta, em um sauveiro com 700 m² de terra solta devem-se aplicar 700 g de isca.Para formigas quenquéns recomenda-se dose única por quenquenzeiro, não sendo necessário o cálculo da área de terra solta. Para sauveiros com montes de terra solta de altura igual ou superior a 01 m, a dosagem recomendada deve ser aumentada em, pelo menos, 20%.

As recomendações indicadas no rótulo da embalagem comercial devem ser obedecidas rigorosamente para evitar o não funcionamento do produto.Baixas dosagens, por exemplo, resultam na paralisação temporária (amuamento) das atividades do formigueiro tratado. O período em que se verifica a paralisação total das atividades de colônias combatidas com iscas depende do tipo de ingrediente ativo usado na fabricação do formicida.

 

O combate às formigas deve ser realizado em toda lavoura florestal - Fotos Shutterstock
O combate às formigas deve ser realizado em toda lavoura florestal – Fotos Shutterstock

Local exato para o formicida

Após calcular a quantidade de isca formicida a ser aplicada no formigueiro, a distribuição das iscas deve ser feita em orifícios ativos, isto é, local onde acontece a entrada de folhas, para que o ocorra o carregamento.

Porém, algumas espécies de saúvas utilizam esses orifícios somente para retirada de terra solta dos canais e as formigas envolvidas nessa atividade, como as Attacapiguara e Atta bisphaerica, não irão carregar as iscas.

Em situações em que as espécies apresentam esses orifícios sobre o formigueiro, as iscas até podem ser colocadas sobre o monte de terra solta, mas com o cuidado de ficarem no lado oposto da deposição de terra.

O ideal é colocar as iscas ao lado dos carreiros de formigas, 30 a 40 cm dos olheiros de forrageamento, de preferência após as 16 horas.Para o controle preventivo com iscas, é recomendado realizar um intervalo de 40 dias entre as aplicações.

Nunca aplicar dentro dos olheiros e dos carreiros, pois serão rejeitadas pelas formigas. No controle sistemático, é feita a distribuição da isca formicida em toda a área, respeitando uma determinada área por dose.

Essa matéria completa você encontra na edição de janeiro/fevereiro 2017  da revista Campo & Negócios Floresta. Adquira já a sua para leitura integral.

 

ARTIGOS RELACIONADOS

Simpósio Brasileiro de Manejo Biológico do Café e o debate sobre manejo agroecológico de pragas

A pesquisadora da Epamig, Madelaine Venzon, participará do Simpósio que acontece no dia 6 de outubro. Todos os detalhes na matéria completa.

Nutrição do café em tempos de estresse

Juliano Gullo de Salvo Engenheiro agrônomo, mestre em Solos e Nutrição de Plantas e coordenador técnico da Green Has do Brasil juliano.detec@greenhb.com.br Eurípedes Gomide da Costa Jr. Engenheiro...

Utilização de Mathury na obtenção de maior porcentagem de café cereja

Roberto Santinato Engenheiro agrônomo do MAPA-Procafé Reginaldo de Oliveira Silva Técnico agrícola da Associação dos Cafeicultores de Araguari (ACA) Eduardo Mosca Engenheiro agrônomo da ACA Felipe Santinato Engenheiro agrônomo e mestrando...

Aumenta exportação e também rentabilidade dos milhocultores

  A valorização do dólar frente ao real aumenta fortemente a competitividade dos agricultores brasileiros para exportarem milho para diferentes mercados. Por outro lado, nosso...

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
Falha na pontuação do usuário captcha. Por favor, entre em contato conosco!