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Frutas: Exportações resistem à pandemia

Maria Idaline Pessoa Cavalcanti Engenheira agrônoma e doutoranda em Ciência do Solo – Universidade Federal da Paraíba (UFPB)idalinepessoa@hotmail.com

Anne Carolline Maia LinharesLicenciada em Ciência Agrárias e doutoranda em Ciência do Solo – UFPBanemaia-16@hotmail.com

Mangas – Crédito: Paulo Dantas

De acordo com dados do Comexstat/MDIC, de janeiro a outubro de 2020 o Brasil já exportou aproximadamente 726 mil toneladas de frutas gerando US$ 577 milhões em receita. O volume exportado de janeiro a outubro de 2020 já supera em 2,8% o volume exportado no mesmo período de 2019.

A demanda por produtos como madeira e flores caiu drasticamente, mas em contrapartida houve crescimento no consumo de alimentos básicos, frutas e vegetais processados, inflado pelo pânico inicial de consumidores com eventuais faltas de alimentos, que levou à formação de estoque.

O Brasil é o terceiro maior produtor mundial de frutas, ficando atrás apenas da China e Índia. (FAO,2016). Essa produtividade é possível por meio da aplicação de técnicas nas estruturas produtivas, associada à diversidade climática e pedológica existente no País.

São produzidas aproximadamente 44 milhões de toneladas de frutas. Os consumidores brasileiros buscam frequentemente por frutas como banana, maçã, laranja e mamão. Enquanto isso, as frutas mais exportadas e de maior retorno econômico foram, em 2019, as mangas, os melões, as uvas, os limões e as limas.

Sendo assim, com tantos frutos produzidos pelos produtores brasileiros, é de se esperar que o País busque também promover a exportação de frutas. De fato, as cores e sabores das frutas brasileiras atraem os consumidores estrangeiros. Os países da União Europeia são os que mais se beneficiam da qualidade dos nossos pomares. As frutas brasileiras são de tão excelente qualidade que os Europeus são os maiores compradores do Brasil. Dessa maneira, Holanda e Reino Unido são os que mais compraram em 2019.

Tendência

No entanto, a exportação de frutas pelo Brasil ainda é tímida perto de todo o potencial agrícola que o País possui. Nesse sentido, apenas 3% é exportado, mas essa realidade tem tudo para mudar. De 2010 a 2019 houve crescimento de 5,2%, sendo que em 2019 o País bateu recorde ao superar 997 mil toneladas de frutas exportada (Abrafrutas,2020).

E a região nordeste merece destaque, quando se trata de exportação de frutas, especialmente os produtores dos Estados do Rio Grande do Norte, Ceará, Pernambuco e Bahia, que investiram em tecnologias modernas de irrigação e têm superado as dificuldades climáticas.

Esses quatro Estados, portanto, foram responsáveis por aproximadamente 70% de toda fruta exportada no ano de 2019. Em meio à pandemia, no mês de setembro de 2020 foi enviada  a primeira carga de melões brasileiros para a China, ou seja, um novo marco para essa cultura.

Essa pode ter sido a porta de entrada para outras frutas no país asiático. Afinal, já é possível observar avanços, como por exemplo, na exportação de abacate para o Japão, Chile e Estados Unidos, de uva para a China e Coreia do Sul e de melão para a África do Sul, Filipinas e Vietnã.

Em Petrolina (PE), por exemplo, a produção de mangas voltadas para o mercado externo cresceu 5% no primeiro semestre, em relação a igual período de 2019. Em uma fazenda do município, 40% das 5,0 mil toneladas das frutas produzidas foram para a Europa. “Nós estamos vendo o mundo voltando a funcionar. Então, o consumo vem junto. Consequentemente, as exportações terão um aquecimento maior agora no segundo semestre. Essa é a expectativa dos produtores aqui da região”, diz Tássio Lustoza, gerente executivo da Associação de Produtores e Exportadores do Vale do São Francisco. O momento é bom para os produtores de frutas do sertão de Pernambuco.

Expectativas

Com a exportação de frutas para os países da União Europeia consolidadas, os investimentos e as expectativas são para o crescimento e abertura de novos mercados importadores das frutas brasileiras. Além disso, o Brasil é o maior produtor de laranjas e exportador de suco de laranja concentrado. Não por acaso, a citricultura brasileira é reconhecida mundialmente, e somos também referência em ciência e tecnologia para essa cultura.

Ainda temos muito a crescer na exportação de frutas. O Brasil pode e deve produzir e exportar cada vez mais. Somos um dos poucos países do mundo com terra, clima e tecnologias para produzir em todas as regiões do país, durante o ano todo. Em 2020, alcançamos um crescimento de 3,6% no acumulado até outubro. Perto do que exportamos hoje, a fruticultura brasileira ainda tem muito espaço a conquistar no mercado internacional.

No entanto, para entrar no competitivo mercado internacional de fruticultura, os produtores brasileiros também tiveram que adotar mecanismos de certificação. Para isso, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) criou o sistema de produção denominado Produção Integrada de Frutas (PIF), visando a alta qualidade das frutas brasileiras.

O PIF, quando implementado, possibilita o rastreamento de toda a cadeia. Assim, assegura a qualidade da fruta e confere um selo de certificação ao agricultor. A certificação serve para proporcionar segurança alimentar, garantia de qualidade e rastreabilidade. Além disso, também fornece a confiabilidade de que o processo produtivo foi realizado de acordo com os direitos humanos e preservação do meio ambiente.

Logística

Outro ponto de fundamental importância é o estudo da logística do mercado frutícola uma vez que essa prática é fundamental para a dinâmica econômica contemporânea, ao contribuir para o impedimento do estrangulamento dos sistemas de circulação do país (Silveira, 2015), principalmente de produtos como as frutas, que apresentam um alto índice de perecibilidade.

Desse modo, a logística para a fruticultura não deve ser considerada como um elemento de custo, mas sim como um elemento-chave na estratégia de competitividade (Caixeta Filho, 2005), principalmente no Brasil, cuja extensão territorial e gargalos infraestruturais e institucionais dificultam a integração interna e externa das regiões produtivas e dos mercados consumidores.

Uma demanda de esforços setorial e governamental deve acontecer  para ampliar o conhecimento sobre o mercado e incentivar a organização da atividade de produção de frutas para exportação; mitigar riscos para evitar a ocorrência de barreiras fitossanitárias; elevar o esforço de negociação para abertura do mercado a produtos brasileiros; e para prever a redução de custos e entraves logísticos, que prejudicam de maneira mais grave a produção de frutas frescas, dada sua alta perecibilidade.

O processo de habilitação é lento, envolvendo fatores fitossanitários e diplomáticos, o que exige uma ação organizada entre governo e iniciativa privada para avançar. Para outros produtos, como uva e banana, o Brasil tem habilitação para envios, mas não tem tradição como produtor ou apresenta dificuldades de organização da cadeia produtiva para atendimento do mercado externo.

Impactos diretos

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Apesar do medo inicial, a pandemia de covid-19 trouxe poucos impactos negativos às exportações de frutas do Brasil, mantendo o volume de exportação e chegando a superar os envios médios dos últimos cinco anos – e a maioria, inclusive, registra performance superior à observada em 2019, que já havia sido considerado um bom ano.

O Brasil, no geral, conseguiu manter sua oferta de frutas, o que estimulou as exportações à União Europeia, a qual, por sua vez, manteve firme a demanda por frutas e vegetais frescos durante a pandemia.


Exportações de melão, uva, manga e limão tendem a crescer em 2021

Melão, uva, manga e limão tahiti são as principais frutas exportadas para o Oriente Médio, Ásia e Emirados Árabes de acordo com informações da Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas). “Há uma grande expectativa de crescimento nas exportações de frutas para o bloco do Oriente Médio (Arábia Saudita, Bahrein e Emirados Árabes Unidos) e para o continente asiático, especificamente, China e Coreia do Sul. Nossas frutas têm qualidade e são muito apreciadas por estes países”, ressalta o presidente da Abrafrutas, Eduardo Brandão.

Dentre as cinco frutas historicamente mais exportadas pelo Brasil, o limão teve destaque em 2020. Eduardo acredita que este destaque esteja diretamente ligado ao aumento do consumo de frutas cítricas durante a pandemia ocasionado pela busca do consumidor em aumentar o consumo de vitamina “C”, visando a melhoria da sua imunidade.

De janeiro a outubro de 2020 o volume de limão exportado já superou em 15,6% o volume exportado no mesmo período de 2019.

Gráfico 1

Fonte: Comexstat – MDIC | Elaboração Abrafutas

O montante do ano de 2020 (janeiro a outubro) trouxe fôlego para a recuperação, com um aumento de 2,8% comparado ao mesmo período de 2019. No total, foram exportadas 725.759 mil toneladas este ano.

A manga teve seu destaque, com 163.758 toneladas, e em segundo lugar o melão fresco, com 155.043 mil toneladas e na terceira posição os limões e lima, com 105.426 toneladas. “O pico das exportações está no último trimestre do ano, quando há uma demanda maior dos países. Fechamos o ano com US$ 1 bilhão de dólares em receita, ou muito próximos disso, o que depende do câmbio”, comenta Brandão.

Países do Oriente Médio

Eduardo também fala sobre o potencial de mercado dos países do Oriente Médio, que foram responsáveis pela importação de cerca de 15 mil toneladas de frutas em 2019.

Gráfico 2

Fonte: Agrostat – Mapa | Elaboração Abrafutas

Os Emirados Árabes Unidos foram o maior importador dos países árabes, em 2019, e se posicionou em 13º lugar de países importadores de frutas brasileiras (número abaixo em toneladas).

Gráfico 3

Fonte: Agrostat – Mapa | Elaboração Abrafutas

Certificação Halal

Para que a expansão do mercado seja possível, os produtores brasileiros precisam se adaptar às exigências da jurisprudência islâmica. Boa parte dos países importadores, principalmente os países árabes muçulmanos, têm exigido a certificação halal, que atesta que as frutas são produzidas de acordo com as orientações da lei islâmica e estão permitidas para o consumo de cerca de 1,8 bilhão de muçulmanos em todo o mundo.

“Além de ser reconhecido mundialmente como selo que atesta Boas Práticas de Fabricação, segurança e de qualidade, a certificação halal tem sido solicitada, inclusive, por países que não são árabes e nem muçulmanos, como o Japão, China e Canadá. Antes, bastava ter a certificação do produto para ser exportado, mas hoje a maioria dos importadores estão exigindo o selo de qualidade halal em toda a cadeia produtiva”, comenta o gerente comercial da Cdial Halal, Omar Chahine.

De acordo com Chahine, a auditoria halal para o mercado de frutas compreende toda a cadeia, desde o plantio, colheita, pré-seleção e classificação, beneficiamento, lavagem, sanitização, enxague, secagem, aplicação de cera, armazenamento e transporte. “Avaliamos desde os insumos, lubrificantes e outros ingredientes, para que o processo tenha total garantia de segurança do produto e que atenda às normas da jurisprudência islâmica, principalmente, a não presença de qualquer procedência suína e nem de álcool”, comenta Chahine.

Desafios

Dentre os muitos desafios do setor, Eduardo Brandão destaca o aumento do consumo de frutas no mercado interno e externo, a redução da carga tributária que dificulta a competitividade do setor frente aos seus principais concorrentes, e as dificuldades enfrentadas no processo de exportação devido a burocracia e falta de material humano para fiscalizar e certificar as cargas nos principais portos e aeroportos por onde a fruta e exportada.


Agrícola Famosa

Maior exportadora de melão

Agrícola Famosa, considerada a maior exportadora de melão, cultiva oito mil hectares e a produção gira em torno de 200 mil toneladas de frutas por ano, sendo 75% destinada à exportação, e 35% para o mercado interno.

Luiz Roberto Barcelos, sócio da Agrícola Famosa, comenta que atualmente, produz as variedades Amarelo, Cantaloupe, Gália, Sapo, Dino e também melancia com e sem semente, mamão Formosa, banana e maracujá.

Em relação à pandemia, nosso setor sofreu pouco, pois são alimentos saudáveis, que aumentam o sistema imunológico, possui vitaminas, sais minerais, e por isso a demanda manteve, principalmente no exterior. A Espanha não conseguiu produzir muita fruta no verão deles, então tivemos uma demanda muito grande. Além disso, a mão de obra que eles usam é de imigrantes, e por conta da pandemia houve dificuldade de manter o trabalho. Assim, acabamos tendo uma boa demanda no começo da safra, começo de agosto a outubro, e conseguimos resistir bem. De modo geral, a fruticultura também conseguiu manter as suas atividades”, relata o produtor.

Em 2020, o melão Dino, exclusividade da Agrícola Famosa, foi o que mais se destacou, pelo sabor, por ser uma fruta diferente, foram exportadas em média 30 mil toneladas de melão Dino e a quantidade frutas exportadas no geral foi de aproximadamente 150 mil toneladas. Mas nem tudo são ‘flores’. Luiz Roberto conta que o maior desafio foi manter as pessoas trabalhando, e não são poucas. Estamos falando de mais de 7,0 mil colaboradores direto, tanto no campo quanto no local de embalagem. “Tivemos algumas contaminações, mas respeitamos o distanciamento, o uso de máscara e higienização com álcool em gel”, detalha.

Para 2021, a expectativa do produtor é positiva. “Esperamos que o campo continue valorizado como está hoje, que a demanda no exterior continue bem, e que as exportações se mantenham no patamar que foi em 2020”, ressalta.

Agrodan – saúde em primeiro lugar

A Agrodan – Agropecuária Roriz Dantas – produz mangas Tommy, Kent, Keitt e Palmer em uma área de 1.000 ha, sendo 800 ha de produção própria, e o restante de parceiros. Além dessa área, a Agrodan tem mais 300 ha sendo implantados, para iniciar a produção a partir de 2021, e tem a meta de atingir 2.000 ha implantados dentro de 4 anos.

Paulo Álvaro Roriz Dantas, um dos sócios da Agrodan e Diretor Geral desde a sua fundação, há 33 anos, fala que a produção bruta de 2020 fechará em 32 mil toneladas, das quais 85% seguiram para exportação, 10% para o mercado interno, e 5% para refugo.

“Com o surgimento da Covid-19 em março, a nossa primeira providência foi cuidar da saúde dos colaboradores,  com medidas preventivas, de modo que eles se sentissem seguros e protegidos, para seguirem na linha de frente, garantindo a produção da empresa. A pandemia afetou um pouco o mercado de mangas da Europa durante cinco semanas, porém, depois o consumo se normalizou, e a redução na produção de mangas de países da África impulsionou um grande crescimento nas exportações do Brasil durante dez semanas” lembra Paulo Dantas.

Ainda segundo ele, o câmbio fez a sua parte, estimulou as exportações, e os exportadores corresponderam, de modo que 2020 caminha para registrar um recorde nas exportações de mangas, com um crescimento dos volumes de cerca de 20% em relação a 2019.

Diversificação e lucro

Ulisses Brambini é um daqueles produtores que gosta de diversificar. Entre a Bahia e Espírito Santo, ele tem cinco fazendas em produção, com as seguintes frutas: laranja (90 ha; 2.011 ton), limão (168 ha; 5.236 ton), tangerina (55 ha; 462,5 ton), coco (44 ha; 1.192.000 und) e mamão (250 ha; Formosa – 1.824 ton, Golden – 1.056 ton e Aliança – 32 ton),

A área de citros (laranja e tangerina) está em início de produção. Quando questionado sobre a rentabilidade, Ulisses revela números que impressionam. De 01º a 30/11/2020:

• Laranjas – R$ 0,80 kg

• Limão – R$ 1,12 kg

• Tangerina – R$ 0,86 kg

• Coco – R$ 0,42 und

• Mamão    – Formosa – R$ 0,86 kg

                  – Golden –   R$ 1,05 kg

                  – Aliança –   R$ 1,19 kg

Das variedades exportadas, ganha destaque o limão Tahiti, o mamão Formosa e o Papaia. “Referente ao momento que iniciou a pandemia, no mercado externo e interno, as exportações que estavam acontecendo de frutas, verduras e legumes sofreram impacto no tangente a embarques aéreos, devido à paralização dos voos para a maior parte dos países, valores de fretes subiram quase 3x do normal e o fechamento dos próprios países para receber voos”, conta Ulisses.

Sem ter logística para exportar, o produtor pausou as operações por um tempo, o que lhe causou transtorno e impacto econômico, por ter que interromper o processamento dos alimentos por questão estratégica.

Desafios

Referente ao período pré e pós-pandemia, Ulisses assinala a discrepância de valores pagos ao produtor cobrados do consumidor, o que mostra uma clara injustiça. “Acho muito injusto pagar ao produtor abaixo da média do ano, muitas vezes abaixo do custo de produção, da mesma forma que não concordo com o fato do consumidor pagar um valor muito acima do que custa. Infelizmente, quem sempre ‘paga o pato’ é o consumidor final e **ou produtor, que acaba sendo extorquido pelos atravessadores. Atualmente, por exemplo, estamos comercializando o coco verde, com dificuldade, no valor de R$ 0,50, mas indo aos grandes centros o consumidor vai pagar, no mercado, não menos que R$ 2,99/R$3,99, enquanto o produtor está recebendo apenas R$ 0,50”, lamenta Ulisses.

Ainda segundo ele, em 2020 o limão foi vendido a R$ 3,50/kg por um determinado período, e agora está a R$ 0,80, enquanto o consumidor final não está pagando menos que R$ 4,99. Quando ele estava a R$ 3,50, o consumidor não pagava menos que R$ 9,99 a R$12,99.

“O ideal seria que o produtor recebesse um preço médio que condiz com a sobrevivência e com a continuidade dos plantios, e para o consumidor final, que pagasse um valor mais justo para levar produtos naturais, com mais segurança alimentar, ter qualidade de vida, com alimentação melhor, mas sem ser extorquido”, conclui.

– Em 2020, o Brasil já exportou 726 mil toneladas de frutas gerando US$ 577 milhões em receita.

– O Brasil é o terceiro maior produtor mundial de frutas, ficando atrás apenas da China e Índia. São produzidas aproximadamente 44 milhões de toneladas de frutas

– Melão, uva, manga e limão tahiti são as principais frutas exportadas

–  O limão teve destaque em 2020 – aumento de 15%

– Agrícola Famosa, considerada a maior exportadora de melão, cultiva oito mil hectares e a produção gira em torno de 200 mil toneladas de frutas por ano, sendo 75% destinada à exportação, e 35% para o mercado interno.

– A Agrodan  produz mangas em uma área de 1.000 hectares e a produção bruta de 2020 fechará em 32 mil toneladas, das quais 85% seguiram para exportação

GreenKeeperAmpla linha para hortifruticulturas

Os sachês e mantas viajam dentro das caixas das frutas, garantindo o frescor e a qualidade até o destino final. Já os filtros são instalados nos contêineres ou caminhões, garantindo uma atmosfera limpa e livre de etileno. Finalmente, as máquinas são instaladas nas câmaras frias dos packing houses e distribuidores.

Aila EscolarRepresentante GK Brasil Norte e Nordeste ailaescolar@greenkeeperbrasil.com  

David SánchezRepresentante GK Brasil Centro- Oeste/Sul/ Sudeste david@gkbrazil.com.br  

 A GreenKeeper Brasil é uma multinacional que está presente no Brasil há três anos, assessorando os produtores e exportadores de frutas, hortaliças e flores. Nossos produtos são voltados para pós-colheita, com uma vasta variedade, desde sachês, filtros para transporte, bolsões de atmosfera modificada e até máquinas para conservação em câmaras frias.

A GreenKeeper Brasil oferece assessoria e suporte técnico, facilitando o acesso do produtor aos mercados nacional e internacional, podendo levar seus produtos mais longe e com qualidade. Além dos nossos absorvedores de etileno, que agem diretamente no entorno por volta das frutas, contamos com outros produtos naturais que são aplicados diretamente nas frutas durante o processo de lavagem e classificação, reduzindo a desidratação, protegendo dos danos mecânicos de manipulação e do frio na cadeia de fornecimento.

Nossos sachês e mantas viajam dentro das caixas das frutas, garantindo o frescor e a qualidade até o destino final. Já os filtros são instalados nos contêineres ou caminhões, garantindo uma atmosfera limpa e livre de etileno. Finalmente, as nossas máquinas são instaladas nas câmaras frias dos packing houses e distribuidores.

Todo esse equipamento e tecnologia são aplicados por nossos consultores analisando a necessidade de cada cliente, considerando o fluxo logístico completo, desde o produtor até o consumidor, sempre buscando o aumento do shelf life ou vida útil das frutas e verduras para conservar o frescor e qualidade do campo até o cliente final.

Benefícios do Shelf life

Tempo de prateleira, em português, é o termo utilizado no setor agrícola para designar o tempo de vida útil de um produto perecível. É o período de tempo no qual o alimento apresenta e conserva seu aspecto atraente para garantir a venda do mesmo.

É importante termos em mente que produtos do ramo alimentício são naturalmente perecíveis. As frutas emitem etileno, um hormônio que induz a maturação e, em consequência, o aparecimento de fungos e a podridão.

A forma mais natural de aumentar o shelf life é a eliminação do etileno desde o momento que as frutas são colhidas. Com nossa tecnologia pós-colheita conseguimos controlar e até eliminar o etileno emitido, o que nos dá mais tempo para que esta produção seja escoada, garantindo maior aproveitamento da colheita e redução de perdas.

O aumento do shelf life é fundamental para as frutas de exportação, já que utilizam transporte marítimo, em sua maioria, até chegar ao destino. Para se obter o shelf life máximo, os produtores devem ser rigorosos em cada etapa do processo e seguir uma série de protocolos.

Hoje há exportadores que estão conseguindo entregar frutas de qualidade após trânsitos marítimos de até 45 dias. E se falarmos de fretes aéreos, também hoje é possível exportar frutas premium que são mais sensíveis e com vida útil menor, utilizando a tecnologia pós-colheita adequada.

Manejo

O manejo começa no armazenamento da safra. Nossa equipe avalia o tipo de fruto, condições climáticas e qual o destino final, para traçar a estratégia correta. Cada plano é feito segundo o caso, pois cada fruta e variedade é diferente.

Até a mesma fruta e variedade de regiões diferentes têm um comportamento pós-colheita diferente, isso considerando também o estresse hídrico e térmico de cada safra. Assim, definimos as ferramentas que vão reduzir os riscos de danos, desidratação, senescência e podridão, com o intuito de garantir a qualidade das frutas e hortaliças.

Já no envio vamos acompanhar as condições de temperatura e umidade, assim como o etileno emitido durante a viagem, para aprimorar as soluções sugeridas. Dessa forma, conseguimos não só o objetivo de entregar uma fruta com qualidade, mas também a melhor opção custo x benefício para o exportador.

Lucratividade

Segundo os dados da FAO, 22% da fruta produzida globalmente é perdida no fluxo logístico. Já no Brasil vai até 30%. Se qualquer produtor ou exportador está perdendo quase um terço da produção, imagine o impacto no lucro se conseguir reduzir ou até eliminar esse desperdício.

Cada solução oferecida é customizada conforme as necessidades do cliente e as características da fruta. Sempre buscamos o melhor custo x benefício, comprovado durante os mais de 25 anos de vida da GreenKeeper e nossa presença em mais de 30 países.

Nosso cliente não pensa no custo, mas sim na redução ou eliminação das perdas e atrito dos produtos, o que melhora sua reputação de qualidade em um mercado cada vez mais técnico e competitivo.

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