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Governança Corporativa em empresas familiares

A implementação da governança corporativa em empresas familiares é fundamental para garantir a continuidade e o sucesso dos negócios, além de promover a transparência e a profissionalização da gestão.

Por Djalma Lima Filho
Ceo| Partner da Agsus Agronegócios

Em termos de governança, as empresas familiares, que representam no Brasil, aproximadamente, 90% do total de organizações atuantes no país, possuem grandes desafios, entre os quais a manutenção da paridade entre o crescimento da empresa e do número de acionistas, a garantia do equilíbrio de interesses individuais de acionistas com os interesses coletivos dos demais stakeholders, em uma visão de ESG, prover liquidez às famílias e acionistas e, finalmente, garantir a sustentabilidade da empresa no longo prazo, com foco especialmente nos processos sucessórios, considerando que apenas 30% das empresas sobrevivem na transição da primeira para a segunda geração.

A implantação bem executada de um modelo de Governança Corporativa pode contribuir decisivamente na superação desses desafios, trazendo como vantagens adicionais a construção de credibilidade junto a clientes, fornecedores, ecossistema social e investidores, otimização da desempenho de processos internos, aceleração do processo de captação de recursos no mercado financeiro e a transparência em todas as suas ações. A pergunta, no entanto, que vários executivos e empresários vêm se fazendo é: Como começar a implementação das melhores práticas e garantir um resultado exitoso do processo? A resposta precisa desse questionamento começa com um diagnóstico da situação atual da empresa, buscando identificar com exatidão o estágio no qual ela se encontra no momento, o qual definirá as prioridades de ação. O projeto segue com um programa de capacitação e desenvolvimento dos principais envolvidos, visando o nivelamento de percepções. A seguir vem o cronograma detalhado de atividades, definido com base nos cinco grandes pilares que fazem parte da metodologia da Agsus, baseada nas diretrizes do IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa). Entre várias outras ações, podem aqui estar consideradas as seguintes atividades:

  • Estabelecimento de um protocolo de família
  • Análise ou construção do Acordo de Acionistas/Cotistas
  • Revisão da estrutura de gestão
  • Formatação do Conselho Consultivo ou de Administração, conforme o caso
  • Estabelecimento de um modelo de accountability e acompanhamento de desempenho
  • Criação do Processo de Gestão de Pessoas, com todas as várias diretrizes e políticas específicas da empresa
  • Revisão e divulgação sistematizada do Código de Ética e Conduta
  • Organização da atividade de Auditoria Interna.

O mundo corporativo se orienta pelas diretrizes ESG, havendo globalmente no final de 2020 cerca de US$ 30 trilhões em ativos e fundos direcionados a este tema, segundo a Bloomberg. Dentro desse contexto, o movimento de estruturação do sistema de governo corporativo nas organizações assume um papel de protagonismo, servindo como base para a estruturação de uma visão consistente relacionada a aspectos de compliance ambiental e social. Portanto, uma estrutura de governança já não pode ser tratada como uma opção, mas sim como uma ação estratégica mandatória para a garantia da sobrevivência no longo prazo.

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