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Integração de métodos de controle – A realidade do mamoeiro

Hermes Peixoto

Pesquisador da Embrapa Mandioca e Fruticultura

Crédito Shutterstock
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O manejo integrado de pragas e doenças do mamoeiro tem como objetivo geral atender às exigências do mercado consumidor quanto à produção de frutos, refletindo a gestão ambiental das atividades agrícolas de forma sustentável, obedecendo a normas que assegurem uma cuidadosa utilização dos recursos naturais.

Quando do uso de agrotóxicos e insumos,que eles sejam permitidos, registrados e usados quando a determinação do nível de controle e do momento mais adequado para iniciá-lo for no início dos danos econômicos.

Como funciona

Para a execução do manejo integrado de pragas, é necessário que sejam feitas inspeções (amostragem) dos insetos, ácaros, doenças e seus inimigos naturais, de modo a fornecer dados seguros para as decisões de controle a serem tomadas, não só para o controle das pragas, mas para a preservação dos inimigos naturais.

O criterioso monitoramento das pragas permitirá a adoção de práticas fitossanitárias menos agressivas ao ambiente mediante o uso racional de agrotóxicos na cultura do mamoeiro, minimizando o impacto na entomofauna benéfica, fundamental no manejo integrado do mamoeiro, possibilitando a melhoria na qualidade dos frutos produzidos e a preservação ambiental.

Manejo

A base para o estabelecimento de qualquer sistema de MIP é o monitoramento por amostragem para detecção do objeto-alvo a ser controlado: as pragas e a identificação dos seus respectivos inimigos naturais. Para tal, devem ser observadas todas as expressões dos sintomas, sinais ou presença da praga, relacionando-as com a época de maior prevalência, a idade de maior ou menor suscetibilidade e as condições climáticas.

Dessa maneira, a inspeção requer constante vistoria do pomar, contando-se as pragas ou observando os seus sintomas e estabelecendo procedimentos distintos e ideais para caracterizá-las e quantificá-las.

Crédito Shutterstock
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Detalhamento dos procedimentos para o manejo de pragas

De acordo com o tipo de praga, a inspeção pode ser feita com diferentes amostragens:

  • Amostragem sistemática, feita para as principais pragas da região e para os inimigos naturais, realizada durante todo o ano;
  • Amostragem ocasional, realizada para as pragas secundárias. É feita ao mesmo tempo em que o inspetor de pragas está fazendo a inspeção por amostragem sistemática, em determinadas épocas do ano;
  • Amostragem monitorada, utilizando armadilhas de atração de adultos das pragas.

As inspeções devem ser feitas levando em consideração a época de ocorrência, a intensidade e a frequência das pragas-alvo em um talhão. Na planta escolhida ao acaso para o monitoramento serão observadas as presenças e ausências das pragas e inimigos naturais.

Tamanho da amostra

O talhão a ser amostrado deve ser georreferenciado, e o seu tamanho para a cultura do mamão foi estabelecido em 10 hectares, correspondendo a cerca de 16.500 plantas, dependendo do espaçamento. A amostragem mínima é definida como três plantas por hectare, com um número mínimo de dez plantas, caso a área seja menor que 10 hectares,anotando-se a presença ou ausência da praga em ficha própria.

O monitoramento é o primeiro passo para o sucesso do MIP - Crédito Aureliano Costa
O monitoramento é o primeiro passo para o sucesso do MIP – Crédito Aureliano Costa

Casualização

Para que a contagem das pragas represente bem o talhão, as plantas da amostragem devem ser casualizadas no percurso em zigue-zague. As plantas devem ser marcadas para evitar a sua inspeção repetidamente, o que dá a chance de se encontrar pragas em outras plantas que surgem ao longo das inspeções.

Execução da inspeção

No monitoramento, o pragueiro visita três plantas por hectare, escolhendo-as aleatoriamente, saindo de um extremo ao outro do talhão e voltando no sentido inverso, procurando fazer um zigue-zague. O registro da ocorrência de pragas é feito na ficha de campo e, posteriormente, os resultados são anotados no caderno de registro da propriedade.

As avaliações devem ser repetidas a cada dez dias ou menos, dependendo da praga e das condições edafoclimáticas, devendo-se registrar o ponto de partida no talhão, que não deverá ser o mesmo na avaliação seguinte. Isto permitirá a identificação posterior de uma área em que exista foco de determinada praga, facilitando o controle em reboleiras.

 

 

Essa matéria completa você encontra na edição de junho de 2018 da Revista Campo & Negócios Hortifrúti. Adquira o seu exemplar para leitura completa.

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