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Manganês proporciona ganhos em produtividade na soja

Autor

Harley Sales
Engenheiro agrônomo, mestre em Fitopatologia e especialista agronômico sênior na Yara
Crédito Terra Fértil

As perspectivas para a safra de soja 2019/20 são as melhores e o Brasil pode vir a ultrapassar os EUA como o maior produtor de soja no mundo. O País tem expectativa de crescimento em produtividade de 6% em relação à última temporada, de acordo com dados divulgados pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento).

Um exercício constante e grande desafio para os produtores de soja no Brasil é alcançar bons índices de rentabilidade desta cultura. Uma variável que deve ser considerada é o equilíbrio nutricional de macro e micronutrientes quando se almeja ganhos adicionais de produtividade.

Do rol dos nutrientes com alta demanda pela cultura, o manganês é um dos mais complexos em relação à disponibilidade no solo, haja vista que os solos brasileiros apresentam deficiência desse elemento químico. Isso se dá devido às doses elevadas e distribuição desuniforme do calcário, cultivo em solos arenosos, baixo teor de matéria orgânica e condições de excesso hídrico do solo.

Manganês ativa enzimas

O manganês ativa cerca de 35 enzimas nas plantas, comandando a produção de substâncias capazes de estimular geneticamente a nodulação, promover a resistência às doenças e até mesmo no metabolismo do nitrogênio na parte aérea. O micronutriente é protagonista nas principais etapas do desenvolvimento da planta que apontam para o potencial produtivo da lavoura.

Além da ativação das enzimas o manganês é fundamental na evolução do oxigênio no processo de fotossíntese e na produção da clorofila. Em condições de deficiência severa as folhas mais velhas, localizadas na parte inferior da planta, apresentam amarelecimento. Outra função importante do manganês está associada a proteção do tecido foliar quanto ao efeito dos radicais nocivos, produzidos em condições de estresse, como salinidade e seca.

Fertilização foliar: praticidade, baixas doses e momento ideal

As vantagens da fertilização foliar já são amplamente conhecidas e essa é uma das melhores alternativas para a aplicação do manganês na cultura da soja. A aplicação desse nutriente via folha traz a praticidade de baixas doses quando comparada à aplicação no solo, além de proporcionar o momento correto para suprir a demanda da cultura.

A recomendação em extração por tonelada de grão de soja baseia-se na interpretação do laudo de análise de solo e folha, além do histórico da área cultivada. Como padrão a Embrapa recomenda, em cultivares modernos de soja, que a extração de manganês por tonelada de soja produzida, varie entre 204 a 320g/ha, posicionando o micronutriente entre os mais demandados em quantidade pela cultura.

Fornecimento combinado do manganês com glifosato

Em soja transgênica, resistente ao glifosato, é comum a adição de manganês ao herbicida para corrigir os efeitos da sua toxidez – clorose momentânea das folhas, típico da deficiência de Mn, após a rápida translocação do nutriente.

Apesar dos aspectos visuais serem mais expressivos, o acúmulo do glifosato interfere também no processo de fotossíntese, concentração de macro e micronutrientes, não se limitando à deficiência, mas a um desequilíbrio nutricional e energético no metabolismo da planta de soja (estresse). Para reduzir este efeito, o ideal é a reposição de manganês ao mesmo tempo combinado com o fornecimento de energia, durante a aplicação do glifosato na soja.

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