20.8 C
Uberlândia
sexta-feira, novembro 22, 2024
- Publicidade -spot_img
InícioArtigosHortifrútiMecanização na produção de repolho

Mecanização na produção de repolho

Autor

Samuel Moraes Mantovani
Engenheiro agrícola e representante técnico de vendas da Hortmaq Agronegócios Ltda
samuel_mantovani@hotmail.com
Crédito Shutterstock

Infelizmente, pelo baixo consumo e valor agregado, além da falta de protagonismo no campo comparado às outras culturas de hortifrúti, o repolho ainda é pouco mecanizado durante seu ciclo. Cerca de mais de 90% da produção nacional ainda é feita manualmente.

Como todas as tecnologias são de origem europeia, onde o produto é bem mais consumido, a falta de subsídios à importação de máquinas não encoraja o produtor de repolho em larga escala, que muitas vezes concorre com produção familiar e, por esse baixo consumo, não lhe possibilita agregar mais valor.

Equipamentos essenciais na produção de repolho

Entre os equipamentos essenciais ao preparo de solo do repolho estão: subsolador, escarificador, arados e enxadas rotativas, além das transplantadoras, sendo que normalmente planta-se a semente no viveiro e transplanta-se a muda; e a colhedora.

A novidade fica por conta do transplantio automático e/ou semi-automático do repolho, e ainda a colheita mecanizada. Todos esses equipamentos têm em comum benefícios como redução de mão de obra e aumento de eficiência operacional.

A produtividade varia de acordo com o modelo da máquina, mas os já disponíveis no Brasil fazem, em média, 1,0 ha/dia, tanto a transplantadora quanto a colhedora.

Na prática

Em campo, a transplantadora trabalha bem tanto com plantio convencional quanto direto. A colhedora necessitou adaptar um espaçamento mínimo entrelinhas de plantio, mas apresentou um resultado excelente, com ótimo rendimento.

Viabilidade

Atualmente, a transplantadora custa, em média, R$ 200.000,00, e a colhedora R$ 300.000,00. É bom lembrar que a transplantadora, comparada ao serviço manual exercido anteriormente, necessita de uma melhor eficiência operacional para executar o mesmo serviço.

Já a colhedora necessita passar por ajustes ao mercado brasileiro, pois foi projetada na Europa para arrancar todas as folhas, enquanto no Brasil o repolho é transportado em grades de madeira, com folhas para proteção.

Infelizmente, tudo depende da cadeia produtiva do produto, ou seja, a maneira que os comerciantes nos centros de distribuição recebem e aceitem. No mais, a falta de mecanização é um problema sentido apenas pelo produtor, e não pelos comerciantes do produto.

Assim, quanto maior for o contato do produtor com o mercado, pulando todas as etapas de comerciantes, maior será a viabilidade de investimento para o produtor e maior será o valor agregado.

ARTIGOS RELACIONADOS

Geadas somam perdas e prejuízos em HF

Uma intensa frente fria atingiu diversas regiões brasileiras de 18 a 21/07, deixando seis ..

Produtores gaúchos de leite ainda sofrem dificuldades por causa da estiagem

Segundo a Gadolando, falta de silagem aumenta os custos aos criadores mesmo em momento de preços mais elevados

Pesquisadores preparam dez novos cultivares de maracujá

Fábio Gelape Faleiro Pesquisador em Genética e Biotecnologia - Embrapa Cerrados fabio.faleiro@embrapa.br Muitos produtores de maracujá ainda têm o hábito não recomendado de fazer suas mudas...

Milho safrinha: Cresce em área plantada e produtividade

Autores Felipe Augusto Moretti Ferreira Pinto Engenheiro agrônomo, doutor em Fitopatologia e pesquisador da Epagri/Estação Experimental de São Joaquim felipemoretti113@hotmail.com Henrique Novaes Medeiros...

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
Falha na pontuação do usuário captcha. Por favor, entre em contato conosco!