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Milho é muito mais do que zinco

Maickon Fernando Ribeiro Balator

Coordenador Agronômico da Biosoja

Raphael Bianco Roxo Lima Rodrigues

Assistente Técnico de Vendas da Biosoja

Renato Passos Brandão

Gestor Agronômico da Biosoja

CréditoAna Maria Diniz
CréditoAna Maria Diniz

O milho é o cereal com o maior volume de produção no mundo, com aproximadamente 990 milhões de toneladas. Estados Unidos, China, Brasil e Argentina são os maiores produtores, representando cerca de 70% da produção mundial.

Segundo dados da CONAB, foram semeados no Brasil na safra 2015/16, entre milho de 1ª e 2ª safra, 15,922 milhões de hectares, com uma produção de 66,57 milhões de toneladas e uma produtividade de 4,2 t/ha. A baixa produtividade brasileira é decorrente da estiagem nas fases mais críticas da cultura do milho de 2° safra.

Entretanto, a cultura do milho tem alto potencial produtivo. Em concursos de produtividade no Brasil, é usual produtividades de até 16 t/ha. Portanto, a produtividade no Brasil está muito aquém do potencial deste importante cereal.

Nos últimos anos ocorreu um aumento significativo na produtividade do milho. Vários fatores contribuíram para isso, dentre os quais, materiais genéticos mais adaptados às diversas regiões de cultivo, melhoria nas práticas culturais e uso racional dos fertilizantes.

Com a constante elevação nos custos de produção, é necessário que os produtores rurais realizem um manejo nutricional mais adequado para a maximização dos investimentos realizados na cultura do milho.

Nutrição com micronutrientes: gasto ou investimento?

Segundo o IMEA, o custo total de produção da cultura do milho no Estado do Mato Grosso, para uma produtividade média de 7,8 t/ha (média tecnologia) é de R$ 2.314,74/ha. O custo dos micronutrientes a serem fornecidos via foliar é de R$ 81,70/ha, perfazendo apenas 3,5% do custo de produção, ou seja, um custo irrisório para ser dispensado no planejamento do produtor.

O foco deste artigo será a quebra deste paradigma. Compensa o investimento em nutrição foliar com os micronutrientes na cultura do milho de 2ª safra?

Extração e exportação de micronutrientes pelo milho

A extração e exportação de micronutrientes pelo milho para uma expectativa de produtividade de 9,1 t de grãos está na tabela 1. O micronutriente mais absorvido pelo milho é o ferro, seguido pelo zinco, manganês e boro.

Tabela 1. Extração e exportação dos micronutrientes para a cultura do milho

Nova Imagem

Fonte: Adaptado de Bull (1993).

Micronutrientes na cultura do milho

Além do zinco, outros micronutrientes podem limitar a produtividade do milho, dentre os quais, boro (B), cobre (Cu), manganês (Mn) e molibdênio (Mo).

Ãœ Boro (B): Maior tolerância do milho aos veranicos e grãos de melhor qualidade. Os solos tropicais normalmente possuem baixos teores de B. É um elemento químico solúvel em água, facilmente perdido por lixiviação. A principal fonte natural de B às plantas é a matéria orgânica.

O B está diretamente envolvido com o metabolismo do cálcio, atuando na formação das paredes celulares e raízes. É um dos responsáveis pela translocação dos açúcares, atuando no seu transporte das folhas para os demais órgãos da planta.

O B possui baixa mobilidade no floema das plantas. Portanto, os sintomas de deficiência de B no milho ocorrem nas folhas novas (Figura 1).

Foto 02 - deficiencia de boro em milho

Figura 1. Sintoma de deficiência de boro no milho.

A forma mais eficiente de fornecimento do B às plantas é via solo. O B pode ser aplicado em pré-plantio na dose de 1 a 2 kg/ha ou no sulco de plantio na dose de 0,5 a 0,7 kg/ha.

As maiores doses do B devem ser aplicadas em solos argilosos, devido à maior adsorção do nutriente nos coloides minerais. Posteriormente, realizar uma complementação do B via foliar, aplicando o NHT® P-Boro-P antes do pré-pendoamento do milho.

Ãœ Cobre (Cu): Sanidade do milho. A disponibilidade do Cu ao milho é influenciada pelo pH do solo e, principalmente, pelo teor de matéria orgânica. Quanto maior o teor de matéria orgânica e pH do solo, menor é a disponibilidade deste nutriente ao milho.

O Cu participa como ativador enzimático, regulador hormonal, na respiração e na síntese de lignina, proporcionando uma maior tolerância das plantas às doenças.

A forma mais eficiente para o fornecimento de Cu é via foliar. Realizar pelo menos duas adubações foliares na fase vegetativa e antes do pré-pendoamento do milho, utilizando preferencialmente o Phitopress® Cobre na dose de 500 mL/ha.

Deficiencia de cobre em milho
Deficiencia de cobre em milho

Essa matéria completa você encontra na edição de janeiro 2017 da revista Campo & Negócios Grãos. Adquira já a sua para leitura integral.

 

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