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Mulheres da Região do Cerrado Mineiro fazem a diferença na cafeicultura

Embaixadoras da RCM se destacam com histórias inspiradoras

O Brasil segue na liderança do ranking como o maior exportador e produtor de café do mundo. No ano passado, a produção fechou a safra com um volume de 50,92 milhões de sacas de café beneficiado, 6,7% acima do registrado em 2021. E a participação das mulheres tem sido fundamental para este resultado positivo.

O último Censo Agropecuário realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou que elas estão no comando de 40 mil estabelecimentos ligados ao plantio e colheita do café. Em um ambiente considerado masculino, elas têm se destacado cada vez mais na liderança, inovação e sustentabilidade, assumindo o protagonismo da produção e dos negócios, desde o plantio até a venda do produto.

Exemplos de sucesso da mulher na cafeicultura podem ser vistos na Região do Cerrado Mineiro, que no ano passado atingiu a marca de 1 milhão de sacas comercializadas com o Selo de Denominação de Origem. A área abrange 55 municípios no Alto Paranaíba, Triângulo Mineiro e noroeste de Minas.

Inspiração

Ana Cecília Veloso Branco
Divulgação

Nesta região, três cafeicultoras se destacam no comando das propriedades e também como Embaixadoras da Região do Cerrado Mineiro. Histórias diferentes que se conectam a uma paixão em comum: o café. Com seu trabalho, elas expressam o respeito e o cuidado com a Região e seguem inspirando e motivando outras pessoas a crescerem por meio de sua própria trajetória na cafeicultura. 

Vinda de família de produtores, Ana Cecília Veloso Branco, proprietária da fazenda São Luiz, em Carmo do Paranaíba, é uma delas. Ela conta que até 2013 não havia despertado sobre o universo de possibilidades que o café poderia lhe proporcionar. Tudo mudou quando assumiu o desafio de uma sucessão familiar. Atualmente, Ana Cecília participa ativamente dos negócios. Para ela, a compreensão da importância da Denominação de Origem e da marca Região do Cerrado Mineiro fez com que a evolução da propriedade mudasse de patamar. “Ser mulher e cafeicultora na região é sinônimo de apoio, evolução e crescimento conjunto”, acrescenta. 

Outra cafeicultora que percorreu caminhos diversos até se render à paixão pela produção do café foi Juliana Rezende. Farmacêutica de formação, seguiu na profissão até que começou a auxiliar o marido cafeicultor. Foi, então, que trocou o jaleco pelo campo. Assumiu um novo papel na Fazenda Santa Bárbara, em Monte Carmelo, investindo em uma produção sustentável. Em 2021, foi vencedora do troféu Ético e Rastreável, promovido pela Federação dos Cafeicultores do Cerrado Mineiro. Como mulher e produtora, ela destaca que o apoio à classe tem despontado nas propriedades. “As mulheres sempre estiveram no setor, a diferença é que agora possuem mais força, voz e posicionamento, buscam qualidade e tem papel mais amplo na gestão das fazendas”, destaca.

A história de Lucimar Silva com a cafeicultura começou mais cedo. Diretora agrícola da Auma Agronegócios, em Patos de Minas, ela conta que iniciou ao lado da mãe, aos 14 anos, na colheita e ressalta a importância de aliar produtividade à sustentabilidade. “O novo modelo de consumo não busca apenas o produto e seus atributos, mas sim toda a responsabilidade social e ambiental fundamentada pelo pilar econômico”, afirma.    

A história destas três produtoras e de tantas outras espalhadas pelo país é a prova de que a cafeicultura baseada na gestão da propriedade com foco na sustentabilidade, independentemente do gênero, é o caminho certo para o sucesso do café brasileiro.

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