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Nova cultivar de pessegueiro disponibiliza frutos fora de época

Com seu período de colheita estendido, garantindo frutas frescas para as festas de fim de ano, e seu delicioso sabor doce, essa variedade promete encantar produtores e consumidores. Saiba mais sobre suas características e vantagens!

Fotos: Francisco Lima

Maria do Carmo Bassols Raseira
Melhorista genética – Embrapa Clima Temperado, Pelotas/RS
clima-temperado.imprensa@embrapa.br

A nova cultivar de pêssegor, BRS Sarau, produz após as cultivares BRS Fascínio e PS tardio. A primeira, BRS Fascinio, é, talvez, a mais plantada no sudeste e a última, a mais plantada na Serra Gaúcha. Assim, BRS Sarau estende o período de safra.

Sua colheita praticamente, coincide com a colheita da antiga cultivar Chiripá que, por ter maior necessidade em frio hibernal, apresenta uma adaptação marginal às condições climáticas atuais e tem problemas de secamento de ramos e, por essas razões, deixou de ser plantada.

BRS Sarau inicia a colheita, geralmente, em meados de dezembro (estendendo-se por 15 dias), o que garante pêssegos frescos para as festas de fim de ano. Além disso, seu sabor doce e o fato de ter caroço solto aumentam sua aceitação pelo consumidor.

Características

As frutas são arredondadas, sem ponta e com sutura quase no plano. A epiderme (casca) tem cor creme esverdeada, com cerca de 40% da área coberta de vermelho claro. A polpa é branca, solta do caroço e com bastante vermelho ao redor do mesmo. O sabor é doce, com baixa acidez e leve adstringência.

A produtividade média da cultivar BRS Sarau está entre 20 e 30 t/ha, podendo ser maior, dependendo da região de cultivo e do manejo do pomar. Um outro ponto importante é a consistência de produção através dos anos, ou seja, não se constatou nenhum ano de frustração de safra.

Adaptação

Fotos: Francisco Lima

A cultivar BRS Sarau tem mostrado ampla faixa de adaptação, desde o sul do RS à Serra da Mantiqueira. Foi testada em Pelotas, Pinto Bandeira, RS; em Canoinhas, Videira e Petrolândia (SC); Araucária (PR); Atibaia, Jarinu e Pilar do Sul (SP), Barbacena (MG) e Venda Nova do Imigrante (ES).

Entretanto, salienta-se que deve ser evitado o plantio em topo de morros e montanhas e deve ser utilizada alguma forma de proteção contra vento (quebra-vento natural ou implantado), pois BRS Sarau é moderadamente suscetível à bacteriose (Xanthomonas arborícola pv. pruni).

Vale a pena?

As vantagens dessa cultivar para o produtor são sua alta produtividade, consistência de produção e época de colheita.

Para o consumidor, além da época de colheita no fim de ano, tem a vantagem de produzir frutas doces, com baixa acidez e com caroço solto.

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