Companhias que comercializam itens tradicionais nessa época utilizam fertilizantes foliares naturais para promover o equilíbrio nutricional das plantas
Alimentos como chocolates, nozes, champanhe e vinho estão entre os itens favoritos nas comemorações de final de ano, seja em ceias ou compondo presentes. Uma das empresas que comercializa clássicos natalinos é a Queen Nut Macadâmias, principal produtora e beneficiadora brasileira de nozes. Para atingir a qualidade e produtividade dos concorrentes internacionais, há cinco anos a companhia começou a apostar em tecnologia de nutrição.
A decisão surgiu depois que o engenheiro agrônomo e gerente agrícola da empresa, Leonardo Moriya, visitou a Austrália e a África do Sul. “Fiquei impressionado com a produtividade alcançada pelas árvores de macadâmia. O pegamento da florada era muito maior que o nosso, já que nossas plantas não correspondiam nessa fase. Fizemos pesquisas para encontrar a melhor solução e passamos a trabalhar o manejo nutricional das plantas“.
Após realizar testes, Moriya percebeu a importância dos micronutrientes e aminoácidos em sua lavoura, por meio da aplicação de fertilizantes foliares naturais desenvolvidos pela Alltech Crop Science, especialista em nutrição vegetal. “Conseguimos ter um aumento de até 90% no pegamento de florada e adotamos o manejo para toda a área plantada. O resultado nos 400 hectares de plantação foi imediato e bastante satisfatório“, conta.
Em 2014, a Queen Nut Macadâmias, localizada na região central de São Paulo, processou 2 mil toneladas de nozes, o que representa 40% da produção nacional. Desse total, 60% é exportado para destinos como Estados Unidos, Japão, China, Canadá, países da Europa e da América do Sul. “O mercado tem interesse em adquirir produtos mais sustentáveis, principalmente em âmbito internacional. E as soluções naturais para a agricultura se encaixam nesse perfil“.
Sucos, vinhos e champanhes
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Outro exemplo é a VinÃcola Megiolaro, localizada em Monte Belo do Sul, na Serra Gaúcha. De origem familiar, a empresa fabrica sucos, vinhos e champanhes que são distribuídos para Estados como Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Minas Gerais. A produção contempla 13 hectares de vinhedos das cultivares Bordo, Chardonnay, Reislig, Tannat, Merlot, Moscato e Cabernet.
“Três anos atrás, estávamos perdendo muitas plantas, principalmente devido a fungos de solo. Iniciamos um tratamento focando principalmente no equilíbrio do solo e tivemos um resultado bem positivo. Conseguimos contornar o problema com eficiência e, ao mesmo tempo, garantir segurança alimentar, que é uma grande preocupação atual“, afirma o enólogo Michel Megiolaro, proprietário da vinÃcola.