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Nutrição acertada da aceroleira

Adriano de Almeida Frazão

MSc. em Fitotecnia

Berildo de Melo

Doutor e professor de Fruticultura da Universidade Federal de Uberlândia (UFU)

 

Crédito Luize Hess
Crédito Luize Hess

Apesar de o cultivo da aceroleira envolver uma planta rústica facilmente adaptável aos mais variados tipos de solo, requer manejo correto quanto à adubação e nutrição das plantas, principalmente nos pomares orientados para a exportação.

A fertilização é de suma importância em termos percentuais para o aumento da produtividade. Segundo Lopes e Guilherme (1990), se feita uma aplicação correta o retorno de investimentos realizados reflete-se no aumento da produção por unidade de nutriente aplicado.

A ineficiência de fertilizantes significa baixa produtividade e baixo lucro, resultado que pode inviabilizar o retorno dos investimentos.Para a exportação, o manejo racional dos fertilizantes é fundamentalmente necessário, a saber:

â–ºAnálise de solo: é um excelente meio de se diagnosticar, com maior precisão, o fertilizante e a quantidade a ser aplicada.

â–º Análise foliar:tornou-se um importante recurso para a diagnose de problemas nutricionais, principalmente em culturas perenes. Se associada à análise de solo proporciona orientação segura no manejo dos nutrientes ao longo do ciclo fenológico da cultura.

â–º Testes de tecidos: os testes rápidos ou de tecidos são muito conhecidos nos Estados Unidos e Europa. No Brasil o seu uso ainda é muito limitado. São utilizados na avaliação nutricional das plantas, sobretudo no que diz respeito ao nitrogênio, fósforo e potássio. Feitos no campo, dão uma ideia imediata da situação nutricional do pomar.

â–º Observação dos sintomas de deficiência de nutrientes: permite a identificação visual da deficiência de nutrientes em plantas, com vistas ao diagnóstico e à previsão dos problemas do pomar.

â–º Conhecimento dos fatores que afetam a disponibilidade de nutrientes: é fundamental para a tomada de decisões a cerca da aplicação de micronutrientes. Esses fatores, entre outros, são o nível do pH do solo e a presença do alumínio em níveis tóxicos.

Manejo

Os adubos devem ser distribuídos em círculo sobre a superfície do terreno, na projeção da copa.Simão (1971) indica a fórmula 8-8-15 à base de 500g/planta até a idade de quatro anos. Para as plantas adultas, recomenda a mesma fórmula, usando, porém, 1,5 a 2,5kg/planta em duas aplicações.

Simão (1971) recomenda ainda que, até o início da frutificação, a planta seja adubada anualmente com esta mistura: 400 gramas de superfosfato de cálcio e 200 gramas de cloreto de potássio. Iniciada a frutificação, recomenda a aplicação da seguinte fórmula: 660 a 01 kg de sulfato de amônio ou nitrocálcio; 600 a 900 gramas de superfosfato de cálcio e 375 a 500 gramas de cloreto de potássio.

Esta adubação, que é indicada para áreas dependentes de chuvas, deve ser dividida em duas doses iguais, uma aplicada no início do período chuvoso e a outra no fim desse período, em faixa circular distante entre 20 e 40cm do tronco ou na projeção da copa.

Durante o primeiro ano recomenda-se a adubação mensal em cobertura e na projeção da copa de 30-40 gramas de ureia e 30-40 gramas de sulfato de potássio por planta, adicionando-se, a cada seis meses, também em cobertura, 20 litros de esterco bem curtido.

As adubações regionalizadas ou generalizadas nem sempre devem ser adotadas indiscriminadamente, sobretudo se não estiverem acompanhadas de uma caracterização detalhada do solo, do manejo e do estádio de desenvolvimento da cultura.

A análise química do solo deve ser feita pelo menos a cada dois anos, para que se possa avaliar a necessidade não só da aplicação de corretivos, como a adequação dos níveis de cálcio e magnésio.

Essa matéria você encontra na edição de outubro 2016  da revista Campo & Negócios Hortifrúti. Adquira já a sua.

 

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