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O que esperar em 2024 para o agronegócio?

Recordes na produção de carne, soja, práticas sustentáveis e tecnologia impulsionaram o setor.

Crédito Depositphotos

O agronegócio brasileiro desempenha um papel importante no país. Segundo os pesquisadores do Cepea/CNA, o PIB do setor pode alcançar R$ 2,63 trilhões em 2023, projetando para 2024 um cenário de continuidade em sua expressiva contribuição econômica. Os setores agrícolas, agroindústrias, transporte, distribuição e venda de produtos, juntos, empregam quase 19 milhões de trabalhadores, representando mais de 19% da força de trabalho no Brasil.

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) antecipa uma temporada promissora, com projeções indicando níveis recordes na produção de carnes e uma safra de grãos próxima à marca histórica alcançada recentemente. As estimativas para soja, milho, arroz, feijão e algodão apontam para um total de 319,5 milhões de toneladas, mantendo-se praticamente inalteradas em comparação ao ciclo anterior.

Destaca-se ainda a expectativa de uma nova colheita recorde de soja, impulsionada pela maior lucratividade do cultivo e condições climáticas favoráveis na região Sul. No setor de carnes, a projeção de 30,85 milhões de toneladas aponta para um aumento de 2,7% em relação a 2023, reforçando a posição de destaque do Brasil como exportador global.

No entanto, as mudanças vão além da produção. Para 2024, é evidente uma tendência de atualização por parte de pequenos e médios produtores, motivados pela necessidade de prosperar em um ambiente dinâmico. A eficiência operacional ganha destaque, com a adoção de ferramentas tecnológicas inovadoras, como irrigação inteligente, agricultura digital, precisão e drones.

Além disso, a busca pela sustentabilidade ganha um espaço significativo. A agenda ESG (Ambiental, Social e Governança) se torna uma diretriz essencial, refletindo o compromisso do setor em reduzir impactos ambientais, garantir o bem-estar dos colaboradores e fortalecer a governança corporativa.

Romário Alves, CEO e Fundador da Sonhagro, rede especializada em crédito rural, destaca a relevância dessas iniciativas: “Diversas alternativas do plano colocam em destaque práticas mais sustentáveis, fomentando uma agricultura em sintonia com a preservação ambiental.”

Essas mudanças não apenas impulsionam a eficiência e a responsabilidade ambiental, mas também buscam melhorar a imagem internacional do agronegócio brasileiro. Parceiros estratégicos, como China, Canadá e União Europeia, estão atentos a essas transformações, promovendo uma perspectiva positiva para as relações comerciais do Brasil no cenário global.

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