Givago Coutinho
Doutor em Fruticultura e professor efetivo do Centro Universitário de Goiatuba (UniCerrado)
A conquista de produtividade da uva em regiões até então sem tradição de cultivo se deve a novas tecnologias empregadas no manejo e algumas técnicas e alternativas que vêm ganhando espaço ao longo do processo produtivo.
Uma técnica que vem se destacando é o emprego de compostos alternativos visando à melhoria dos aspectos químicos, físicos e biológicos do solo. Dentre esses compostos destacamos os fertilizantes de natureza orgânica, utilizados tradicionalmente na agricultura orgânica.
Os fertilizantes orgânicos podem ser divididos em quatro tipos principais: fertilizantes orgânicos simples, orgânicos mistos, orgânicos compostos e organominerais. Este último grupo inclui aqueles que são simplesmente produto da mistura de fertilizantes orgânicos (simples ou compostos) com fertilizantes minerais.
Assim, o emprego de fertilizantes organominerais na viticultura pode ajudar tanto de forma ambiental quanto econômica, contribuindo também de forma social, pois grande parte dos compostos utilizados na composição do fertilizante podem ser adquiridos no interior da própria propriedade, conforme será mostrado a seguir.
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Vantagens para a videira
As videiras demandam muitos nutrientes num curto espaço de tempo. Portanto, a cultura tem uma janela muito estreita para absorver nutrientes e completar seu ciclo de vida. A aplicação de fertilizantes organominerais oferece os nutrientes que atendem às necessidades dessa fruteira.
Com a adição de fertilizantes organominerais ao sistema de produção ocorre simultaneamente um aumento no teor de matéria orgânica do solo, que por sua vez pode atuar no aumento da CTC e aumentar, inclusive, os teores de cálcio presentes no solo.
Além disso, ocorre um aumento também nos teores de micronutrientes do solo devido à elevação do teor de matéria orgânica, pois são constituintes dos minerais e da matéria orgânica.
As mudas
Com relação à produção de mudas, sabe-se que a obtenção de mudas de videira, no Brasil, é feita em sua totalidade praticamente de forma vegetativa ou assexuada, pelo emprego de estaquia de porta-enxerto e posterior enxertia da variedade a ser cultivada (Sousa, 1996).
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