21.6 C
Uberlândia
quinta-feira, março 28, 2024
- Publicidade -
InícioArtigosGrãosProibir 2,4-D vai custar mais R$ 1,6 bilhão

Proibir 2,4-D vai custar mais R$ 1,6 bilhão

Os produtores rurais brasileiros teriam um gasto adicional de R$ 1,6 bilhão por ano caso os herbicidas à base de 2,4-D sejam banidos, forçando sua substituição por outras moléculas. É o que aponta uma pesquisa que mapeia os aspectos biológicos e econômicos do uso desse agroquímico, realizada pelos engenheiros agrônomos e pesquisadores especializados no tema, Robinson Osipe e Jethro Barros Osipe.
De acordo com o estudo, o custo extra com a retirada do 2,4-D da agricultura do Brasil equivale a 417,76% a mais do montante utilizado com o defensivo para o manejo e controle de plantas daninhas. “A retirada do 2,4-D do mercado agrícola brasileiro provocaria, de maneira direta, um significativo aumento médio anual no custo de controle de plantas daninhas. O produto é usado em diversas culturas no País, mas se sobressai na de soja, que representa 65,4% da área cultivada”, ressalta Robinson Osipe.

Produto econômico

O pesquisador aponta que o 2,4-D é muito usado justamente porque é mais econômico. O estudo analisou o custo médio por hectare em sete principais culturas com registro no País, e a variação foi de R$ 10,79 – para cultura de arroz que ocupa uma área de 29,74% – a R$ 27,84 – para o café que abrange um espaço de 12,62%. Para a soja, que tem a maior expressividade territorial, 65,4%, o custo é de R$ 13,22 a cada 10 mil m2.
O levantamento dos Osipe comparou o custo do uso de 2,4-D com outros herbicidas do mercado, e concluiu que seria necessário investir mais, seja qual for a cultura. As porcentagens variam de 344,89%, o que equivale em torno de R$ 1 bilhão para a soja, até 452,54%, para o café, cujo custo a mais seria de aproximadamente R$ 18,7 milhões uso de um defensivo alternativo.
Robinson Osipe acrescenta que outro fator diferencial do 2,4-D, com formulação a base amina, é que o produto não é volátil. Isso evita a deriva do defensivo, que provoca prejuízos tanto para a lavoura, que não recebe a proteção desejada, como para outras culturas vizinhas que sofrem quando as aplicações são feitas em condições climáticas desfavoráveis ou sem equipamentos em condições adequadas.

ARTIGOS RELACIONADOS

Lançamento do livro: Biotecnologia Agrícola no Brasil

O 22º Congresso Brasileiro do Agronegócio, a ser promovido pela Associação Brasileira do Agronegócio - ABAG e pela B3, a bolsa do Brasil, no...

Biológicos no tratamento de sementes

O milho é uma das principais culturas cultivadas no Brasil, uma vez que se estende por todo ...

Abóbora tipo tetsukabuto no Brasil: versatilidade de cultivo destaca produção

O plantio da variedade híbrida Furusato, da linha Superseed, se adapta a qualquer região do país.

Cresce o uso de fertirrigação em seringueira

A seringueira (Hevea brasiliensis Muell. Arg) é uma espécie arbórea, nativa do Brasil, com elevada importância econômica, visto que após atingir a maturidade fisiológica, a excisão de uma pequena parte do caule, conhecida como sangria, resulta na liberação de conteúdo citoplasmático com grande quantidade de látex, que constitui a principal matéria-prima utilizada para a produção de borracha natural.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
Falha na pontuação do usuário captcha. Por favor, entre em contato conosco!