Â
Micro e pequenas empresas comemoram bons negócios realizados no encontro promovido pelo Sebrae Minas, em Uberlândia
A 16ª Rodada de Negócios Brasil Central chegou a  R$ 487,8 milhões em expectativas de negócios, superando o resultado da última edição, em 2013, que foi de R$ 358,9 milhões. O encontro reuniu 369micro e pequenas empresas fornecedoras de produtos e serviços e 70 grandes compradores nacionais e internacionais. Nos três dias do evento, além da Rodada de Negócios, 1.616 pessoas participaram de palestras, seminários e oficinas gratuitas sobre franquias, logÃstica e empreendedorismo. A Rodada de Negócios foi realizada pelo Sebrae Minas, de 13 a 15 de outubro, em Uberlândia.
A Rodada teve a participação de 10 empresas de Portugal, México, Argentina, Colômbia, Chile, BolÃvia e Uruguai e 60 grandes empresas nacionais dos setores de mineração, hotelaria, alimentação, supermercadista e atacadista. O encontro gerou uma agenda de 1.193 reuniões e ainda uma expectativa de negócios de R$ 487,8 milhões.
“Mesmo diante deste cenário de instabilidade econômica, os empresários puderam apresentar seus produtos e serviços e realizarem bons contatos comerciais. A novidade deste ano foi a automatização dos agendamentos extras, que geram mais oportunidades de negócios para as pequenas empresas. O resultado desta 16ª edição consolida o evento como um dos mais importantes encontros empresariais da região“, confirma a analista do Sebrae Minas Fabiana Queiroz.
Entre os ofertantes, que participaram da Rodada, está o empresário Francisco Carlos Albanez, da Geo Coffee, de Patrocínio. A marca possui cinco tipos de cafés produzidos em fazendas da região: Tradicional e Excelso, produzidos em Bela Vista, Pure Taste, em Patrocínio, Resoluto, em Campos Altos, e Silver Like, em Serra do Salitre. “O meu diferencial é que valorizo o produtor rural, comprando o café por um preço justo e ainda inserido na embalagem um selo com a foto, o nome, a fazenda e a cidade do produtor. Por isso, o nome Geo Coffee, café com identidade“, explica Francisco.
A empresa, criada em 2011, faz a torrefação e embalagem de cerca de 50kg de café por dia, aproximadamente 1 tonelada por mês. “De grão em grão estamos entrando no mercado. Eventos como a Rodada de Negócios, nos oferecem facilidade em fazer contatos com distribuidores e supermercadistas. Mas não imaginava que minha marca iria ter tanta receptividade“, conta.
O empresário participou de quatro reuniões com empresas da Argentina, México, Uruguai e Colômbia e outras três brasileiras. Ele também conversou com pequenas empresas da região, nos agendamentos entre ofertantes, realizado pela primeira vez em uma Rodada de Negócios do Sebrae.“É um local propÃcio para bons negócios. Além das grandes compradoras, temos a oportunidade de conversar com outras empresas menores, mas que futuramente poderão ser nossos clientes ou até mesmo fornecedores“, explica Francisco.
Oportunidade
Outro empresário que estava confiante é Olavo Moura, de Uberlândia. Olavo produz, há 11 anos, a farofa pronta Prata de Minas. A ideia de fazer farofa veio depois que o empresário não encontrava um produto adequado para usar no acompanhamento do churrasco. “As farofas industrializadas são feitas com ingredientes desidratados e não têm o mesmo gosto que o produto que fazemos da maneira antiga, usando  óleo de soja, cebola e alho in natura. Esse é nosso diferencial“, afirma.
A farinha torrada é comprada em São Paulo e no Paraná, e em Uberlândia se transforma em farofa. A produção, que começou com 500 kg por mês, hoje chega a 60 toneladas, que são vendidas para Minas Gerais, Goiás, São Paulo e Mato Grosso. Â Com o tempo, o produto também foi aprimorado e ganhou novos sabores. “Criamos nove sabores: temperada, bacon, calabresa, picanha, galinha, pequi, costela e pimenta. Tudo para agradar o cliente“, destaca Olavo.
Pela primeira vez participando, o empresário pode, além de apresentar seus produtos, trocar informações com os compradores. “Conversei com o comprador de Portugal e ele ficou muito interessado nos produtos. Porém, não sabia que para exportar precisaria de uma embalagem laminada. Vou passar orçamento. Se ele interessar, adaptarei o produto já pensando em outras possÃveis exportações“, declara.