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Secagem do café: pesquisador desenvolve tecnologia inovadora

O Brasil é o maior produtor e exportador de café do mundo, sendo que 38% de todo café produzido no mundo sai do nosso país. Para a safra 2023/2024, a expectativa é que os cafeicultores brasileiros colham 44,9 milhões de sacas de café arábica e cerca de 21,4 milhões de café robusta.

Para abastecer esse crescente mercado, o cafeicultor vem buscando a cada safra novas tecnologias para aprimorar e agilizar o processo produtivo, antes e depois da colheita. Nesse sentido, um dos grandes gargalos do setor está no processo de pós-colheita, mais especificamente na secagem do café, sendo que no modelo tradicional de terreiro o café leva semanas para secar, além de gerar perdas significativas de peso e qualidade.

Foi com esse desafio em mente que um pesquisador brasileiro desenvolveu o CoffeeDryer®, um secador de café de alta performance, capaz de realizar a seca completa do grão em menos de 24 horas. O responsável pelo inovador projeto, Otalício Pacheco da Cunha, revela que o sistema precisou ser aprimorado durante duas décadas para ficar completamente perfeito.

“A cafeicultura brasileira está inserida no mercado global, por isso precisa de novas tecnologias que acompanhem essa evolução trazendo soluções para o setor. Isso é o que propomos com os secadores da Dryeration, maior agilidade no processo de pós-colheita, menor custo operacional, tudo sem comprometer a qualidade do fruto que vem da lavoura”, destaca Otalício, fundador da Dryeration, empresa gaúcha especialista em secagem de grãos e sementes.

O pesquisador não revela totalmente o segredo da nova tecnologia, mas ressalta que um dos principais motivos da eficiência da tecnologia é o tamanho da coluna de grãos que é em torno de 7 centímetros, bem estreita e possui a reversão do fluxo de ar, o que faz secar com maior velocidade e retirar a umidade de forma uniforme.

Fim do terreiro

De acordo com Otalício, o processo tradicional de secagem do fruto do café nos terreiros está com os dias contados, devido à sua sensibilidade e impacto direto na qualidade dos grãos. “Nosso secador recebe o café direto da lavoura, sem o uso de terreiro. A injeção de um volume de ar faz com que o fluxo passe em todas as partes e seque toda a massa do café com homogeneidade”, explica. “Além de reduzir o tempo do processo para um dia, ele mantém as características da planta-mãe e elimina a possibilidade de infestação de insetos e fungos. Bem diferente da realidade de um processo tradicional de seca de café, que leva pelo menos uma semana”, explica Otalício Cunha.

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