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Sequestro de carbono: Imaflora e a sustentabilidade no café

O estudo realizado pelo Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora)  suscitou novos olhares sobre as emissões de gases de efeito estufa GEE e sequestro de carbono nas fazendas de café.

Com objetivo de levar um balanço de GEE na cafeicultura no estado do Espírito Santo, o trabalho destacou o quanto práticas agrícolas sustentáveis ajudam a reduzir os impactos ambientais do cultivo.

Metodologias

As análises aconteceram entre novembro e dezembro de 2023 seguindo normas internacionais especialmente as do IPCC – Intergovernmental Panel on Climate Change. A segunda parte do estudo calculou as emissões de GEE vindas das atividades nas fazendas com foco no que acontece dentro da propriedade.

No fim foi feita uma conta geral das emissões focando no que foi feito em cada área.

Seleção das propriedades

Alessandro Rodrigues, Gerente de Projetos e Serviços ESG do Imaflora, afirmou que o instituto selecionou 25 propriedades representativas da cafeicultura do Espírito Santo, distribuídas por três regiões: Norte, Centro Serrana e Sul.

“A seleção foi feita com o apoio de empresas parceiras, garantindo que as áreas analisadas apresentassem características de solo semelhantes, especialmente em relação à textura, fundamental para a dinâmica do carbono.”, explica.

Os resultados mostraram algo interessante: transformar pastos ruins em plantações de café e adotar boas práticas no campo trouxe muito mais carbono para o solo.

“A pesquisa mostrou que o manejo baseado em boas práticas apresentou um balanço de GEE mais favorável, com -8,24 tCO₂e/ha, em comparação ao manejo tradicional, que ficou em -3,01 tCO₂e/ha. Isso indica não apenas que a cafeicultura capixaba contribui para a mitigação das mudanças climáticas, mas que práticas agrícolas adequadas podem potencializar essa contribuição”, explicou Alessandro.

Alessandro Rodrigues, Gerente do Imaflora / Divulgação

O estudo mostrou que as emissões de carbono se mantiveram parecidas entre as propriedades, o que quer dizer que as boas práticas aplicadas são importantes para diminuir essas emissões, não importando como cada fazenda é.

Outras áreas

Vendo os bons resultados no Cerrado Mineiro, Alessandro sugere que outras regiões produtoras de café façam o mesmo. Para ajudar no sequestro de carbono, ele cita algumas dicas

– Controlar a erosão com plantas que protejam o solo e trazer mais variedade de cultivos.

– Usar menos herbicidas com sistemas que trabalhem junto com o ambiente.

– Aplicar mais fertilizantes naturais e usar compostagem.

– Ser inteligente com as máquinas e usar mais energias limpas como a solar.

Alessandro acredita que essas atitudes não só deixam o café mais forte contra as mudanças no clima, mas também realmente tornam a produção mais duradoura no futuro.

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