Bianca Cavalcante da Silva – Doutoranda em Agronomia/Ciência do Solo – FCAV/UNESP – bianca.cavalcante@unesp.br
Thiago Feliph Silva Fernandes – thiagofeliph@hotmail.com
Antonio Santana Batista de Oliveira Filho – a15santanafilho@gmail.com
Mestrandos em Agronomia/Produção Vegetal – FCAV/UNESP
As flores podem surgir diretamente dos ramos de um ano de idade e, também, dos brotos em início de desenvolvimento, que emergem a partir destes mesmos ramos outonados. Em uma mesma gema podem surgir flores e novos ramos.
Este hábito de florescimento também em ramos em desenvolvimento permite supor que qualquer manejo que favoreça a emissão de novas brotações poderá provocar um novo florescimento na planta, desde que outros fatores não afetem o desenvolvimento da flor, o pegamento e o desenvolvimento da fruta, possa propiciar, assim, uma safra adicional.
Técnicas
As técnicas eficientes, como a indução floral utilizando paclobutrazol (PBZ) no florescimento e frutificação (Cardoso et al., 2007), são estratégias de comercialização para períodos favoráveis de mercado e sucesso econômico no cultivo da graviola.
A indução floral em graviola, com substâncias químicas como o PBZ, tem o papel de bloquear a biossíntese de giberelinas, o que faz com que a planta reduza o crescimento vegetativo e, consequentemente, induza o florescimento.
Essa técnica permite o estabelecimento de estratégias de comercialização para períodos favoráveis de mercado (entressafra). A aplicação do PBZ na maioria das culturas é feita via solo, geralmente na dose de 1,0 g do princípio ativo por metro de copa (Cardoso et al., 2007).
O acúmulo de níveis ótimos de carboidratos nas gemas, associados a supostos estímulos florais, desencadeariam a indução floral. As relações fonte-dreno são interações fisiológicas existentes entre os órgãos vegetais capazes de exportar carboidratos (fontes) e os órgãos que demandam estes compostos (drenos).
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Tais relações são importantes no desenvolvimento das plantas, pois influenciam na sua produção e no tamanho dos frutos. Os principais carboidratos acumulados são amido e açúcares solúveis redutores e não redutores, sendo a sacarose o principal açúcar não redutor, mobilizado nos processos de transporte na direção fonte-dreno (Silva, 2011).