Tecnologia e manejo de pragas no pimentão

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Ácaro predador da Promip aplicado no pimentão do Grupo MNS

Nenhum cultivo agrícola brasileiro estampou mais manchetes negativas nos últimos anos do que o pimentão. Invariavelmente associado ao excesso de resíduos de agroquímicos nas análises toxicológicas, esse fruto de sabor gourmet, apreciado por cozinheiros e chefs, começa agora a virar o jogo. O responsável pela transformação é o grupo agrícola MNS, presente entre os maiores distribuidores de FLV – frutas, legumes e verduras – do País, que estudou e implementou novas práticas na produção do pimentão. 

Conforme o diretor de qualidade Thiago Moreira, para passar de ‘vilão dos agroquímicos’ a alimento seguro, o pimentão passou a ser produzido nas lavouras do grupo com base na iniciativa chamada Programa de Colheita Segura ou PCS. “Trata-se de uma metodologia interna atrelada ao uso consciente de defensivos agrícolas, através de ações educativas, além de prover acompanhamento e transferência de tecnologia a produtores parceiros.”

“O produtor que usa defensivo agrícola indiscriminadamente faz uma conta simples. Ele não contabiliza excesso de gastos e danos ambientais. A conta, principalmente a ambiental, vai chegar”, explica Moreira. “Nossa produção está hoje 60% ancorada no manejo integrado de pragas ou MIP. Entregamos produtos com mais de 95% de conformidade. Isso prova que o conhecimento e a tecnologia disponíveis permitem produzir alimentos seguros no Brasil.”

De acordo com Moreira, fazem parte das práticas de MIP adotadas pelo MNS os chamados defensivos agrícolas microbiológicos (vírus, bactérias e fungos) e macrobiológicos (ácaros, insetos e nematoides), entre estes o agente Stratiomip®, um ácaro predador desenvolvido pela brasileira Promip que permanece no solo, para evitar a proliferação de fungos e pragas.

Também fornecedora de outros produtos de matriz biológica ao grupo MNS, a companhia Promip possui uma das mais modernas biofábricas do Brasil, com quase 60 mil², na cidade de Engenheiro Coelho (SP), onde produz uma ampla linha de defensivos agrícolas 100% biológicos.

Fundado em 1994, com a união das famílias Morioka, Shimizu e Horigome, o grupo MNS iniciou atividades na produção e distribuição de cenoura, cebola, beterraba e batata. Hoje, apresenta mais de 120 itens em seu portfólio e é reconhecido entre os melhores fornecedores de FLV do Brasil. “São mais de dois mil produtores fornecedores cadastrados. Eles recebem assessoria técnica, insumos e monitoramento permanente da produção, para promover as melhores práticas agrícolas e com isso obter produtividade, rentabilidade e entregar sustentabilidade”, adianta Thiago Moreira. 

Conforme Moreira, o grupo MNS conta ainda com certificações de qualidade reconhecidas nos mercados nacional e internacional, incluindo o Global G.A.P. “A empresa assegura aos clientes rastreabilidade em todo o processo produtivo, da semente ao consumo”, finaliza ele.

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