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Turnip mosai virus (TuMV): ocorrência em Santa Catarina

Fotos: Leandro Marcuzzo

Leandro Luiz Marcuzzo
Instituto Federal Catarinense – IFC/Campus Rio do Sul
leandro.marcuzzo@ifc.edu.br
Jaqueline Carvalho
Engenheira agrônoma e produtora rural
jaquelinecarvalho1991@gmail.com

A rúcula (Eruca sativa) é uma hortaliça folhosa da família Brassicaceae e seu cultivo pode ser realizado no solo ou por hidroponia. Diversos patógenos infectam a rúcula, sendo mais comum a ferrugem branca causada por Albugo cândida.

No entanto, amostras de plantas de rúcula foram recebidas no laboratório de microbiologia e fitopatologia do IFC/Campus Rio do Sul apresentando sintomas de mosaico (Figura 1), redução significativa de crescimento (figura 2) e, principalmente, deformação foliar (figura 3) e necrose foliar (Figura 4).

Tais sintomas são clássicos de doença causada por vírus. Com o intuito de identificar o agente causal, foi realizada uma consulta na literatura que descreve quatro viroses para a cultura no mundo.

Identificação

Em 2017 foi identificado o primeiro vírus na cultura no Brasil no município de Botucatu (SP), apresentando sintomas idênticos ao encontrados nas amostras das plantas. Tratava-se do Turnip mosaic virus (TuMV) causado por um vírus do gênero Potyvirus e da família Potyviridae.

O TuMV tem capacidade de infectar plantas cultivadas e silvestres e já foi encontrado em nabiça (Raphanus raphanistrum), agrião (Nasturtium  officinale), mostarda-branca (Sinapis Alba), mostarda- da abissínia (Brassica carinata), nabo (Brasica rapa), espinafre (Spinacea oleracea), raiz-forte (Armoracia rusticana), acelga (Beta vulgaris subsp. vulgaris) e na ornamental Tropaculum majus.

O vírus é transmitido por diversas espécies de afídeos (pulgão), sendo adquirido e transmitido durante a “picada de prova”.  A doença ataca diversas cultivares comerciais de rúcula no Brasil, mas não é transmitida por sementes.

Fotos: Leandro Marcuzzo

Manejo

Como se dispõe de pouca informação sobre a doença, já que esse é o primeiro relato na região do Alto Vale do Itajaí e provavelmente o primeiro no estado de Santa Catarina, não se encontraram relatos sobre a virose na cultura no estado.

A identificação permite o conhecimento da doença e do seu agente causal, bem como as estratégias de manejo de controle, principalmente com a nabiça e os afídeos.

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