Fora do tradicional circuito vinícola do Sul do Brasil, uma pequena propriedade de Ituverava (SP) está se destacando internacionalmente: a vinícola Marchese di Ivrea acaba de ter um rótulo premiado no Decanter Word Wine Awards, de Londres, um dos mais importantes concursos de vinhos do mundo. Mas essa não é a única boa notícia. Desde o fim de 2022 o vinhedo passa por uma transição e atualmente 50% da plantação de 12 hectares vem sendo tratada com insumos biológicos da Vittia. Os resultados surpreenderam, já que nos 17 anos da história da vinícola esta foi a primeira vez que a plantação não foi atacada por fungos, mesmo diante de condições climáticas atípicas.
Esse contexto permitiu mais sanidade ao vinhedo, o que resultou em um aumento de 30% de produtividade. “Confesso que eu não acreditava na capacidade de proteção dos produtos biológicos, mas o tratamento que fizemos com o Bio-Imune e outros produtos de aplicação via foliar trouxe resultados que não imaginávamos”, afirma Luís Roberto di San Martino Lorenzato di Ivrea, proprietário da vinícola. “Enfrentamos a maior quantidade de chuva da história da região e o vinhedo passou imune ao ataque de fungos”, completa.
Bianca Di Borgogna: vinho premiado é resultado do uso de tecnologia Vittia
O rótulo premiado no mundial em Londres – o vinho branco Bianca Di Borgogna – é resultado da introdução de tecnologias biológicas no cultivo das uvas. Uma delas foi o Bio-Imune, que impede a germinação de fungos e bactérias nas plantas, além de oferecer substâncias que promovem tonificação e ativação dos genes de resistência. Também foram usados o Biomino Extra, um fertilizante foliar; produtos da linha NHT, que promovem nutrição vegetal; fertilizantes que ativam o metabolismo das plantas (caso do Biomino Extra e Bioenergy), assim como o adjuvante Naft e produtos que atuam no controle de pragas (Meta-Turbo SC) e manejo de insetos e ácaros (Bovéria-Turbo).
O Bianca Di Borgogna concorreu com 18.500 rótulos de vinhos de 57 países e conquistou a medalha de bronze. É o primeiro vinho nobre do Brasil de uvas moscato Giallo e o primeiro vinho branco da América do Sul com teor alcoólico de 14,7 (vinhos brancos costumam ter por volta de 12 a 13). Mesmo em outros locais do mundo é difícil encontrar um vinho branco com essa característica, ainda que ela seja imperceptível, pois isso depende de uma grande doçura das uvas.
“O vinho nasce no campo”, afirma Luís Roberto. O proprietário explica que uma uva perfeita aumenta imensamente as chances de se produzir um vinho com máxima qualidade. A sanidade da uva, sem fungos e com um desenvolvimento sem ataques que lhe causem doenças, permite que a planta dê o melhor de si: uvas maduras e com bastante teor brixs (o açúcar da uva, que vai transformá-la em álcool dentro do tanque de fermentação).
Com a premiação, cresceu a procura pelos vinhos da Marchese di Ivrea e o empresário tem novos planos: “Nosso objetivo é aprofundar nossa parceria com a Vittia para fazer a transição completa para o biológico e assim obter a certificação de vinhos orgânicos – o que irá conferir maior valor agregado ao nosso produto”, afirma Luís Roberto.
“A cada dia mais produtores descobrem que os produtos biológicos são, na verdade, a representação da agricultura moderna: garantem mais produtividade e rentabilidade sem agredir o meio ambiente. Por isso, a Vittia se orgulha em contribuir para que o produtor, a exemplo da vinícola Marchese di Ivrea, chegue cada vez mais longe”, conclui o Gerente Executivo Regional de Vendas da Vittia, Raphael Bianco.