22.6 C
Uberlândia
sábado, novembro 23, 2024
- Publicidade -spot_img
InícioArtigosFlorestasMecanização e automação na silvicultura

Mecanização e automação na silvicultura

Larissa Nunes dos Santos

Juliana Pinheiro Dadalto

Doutorandas em Engenharia Agrícola ” Universidade Federal de Viçosa (UFV)

Haroldo Carlos Fernandes

Professor titular do Departamento de Engenharia Agrícola (UFV)

haroldo@ufv.br

Crédito Larissa Nunes dos Santos
Crédito Larissa Nunes dos Santos01

Atualmente, no setor florestal brasileiro, é possível mecanizar as operações que vão desde o preparo inicial da área até a etapa final, que é a colheita e o transporte da madeira. A colheita florestal é a operação com maior grau de mecanização, por ser a operação que gera maior custo à madeira posta na fábrica, assim sendo necessário o aumento da produtividade horária no corte e extração da madeira, visando à redução do custo final do trabalho executado.

Com o aumento da demanda por produtos florestais e restrições territoriais, a automação das operações de manejo, como a aplicação de insumos e colheita de madeira, tem surgido como uma alternativa. Ela permite a redução da quantidade de insumos, sendo estes aplicados apenas no local desejado, na quantidade e no tempo correto, o que reduz os custos e contribui para o aumento da produtividade da floresta.

Para esse tipo de operação são utilizados sensores capazes de detectar os locais e pontos da cultura a serem trabalhados.

Ganhos

Na colheita, a automação traz ganhos relacionados à sua qualidade e eficiência – uma vez que o seu processamento ocorre de maneira automática, o que resulta na obtenção de toras traçadas com o tamanho desejado; nivelamento automático da cabine do operador, melhorando assim o seu conforto e campo de visão, o que contribui para o aumento da produção; e aquisição automática de informações relacionadas ao consumo de combustível, produtividade da floresta e da máquina, e tempo gasto para todas as etapas do processo, que podem auxiliar na melhoria do planejamento das operações. Esta automação da colheita já é uma realidade do setor florestal.

Limitações

Como fatores limitantes para a mecanização e automação, pode-se citar: o capital exigido para o investimento em máquinas, equipamentos, softwares e a declividade do terreno, que é a maior limitação a todas atividades florestais mecanizadas.

Vale a pena?

Uma das vantagens trazidas pela mecanização para a cultura florestal está associada à redução de perdas de mudas, resultado da melhoria da qualidade e uniformização das operações, fornecendo às mudas plantadas uma área preparada de forma mais homogênea, que proporcione melhores condições para o seu estabelecimento e desenvolvimento, além da redução de perdas no momento do transplantio.

Muitas vezes, quando feito de forma manual, devido ao cansaço ou distração do trabalhador, o transplantio pode ser realizado de maneira incorreta. Já a vantagem da automação está ligada ao melhor desenvolvimento das mudas ao se realizar a aplicação de insumos à taxa variável, isto é, mudas com maior exigência de nutrientes. Elas receberão, por exemplo, adubação diferenciada das demais, contribuindo assim para o aumento da produtividade do povoamento florestal.

Outras vantagens advindas da mecanização e automação para o setor florestal são: a redução do tempo para realização das operações, aumentando assim a eficiência operacional e diminuindo os custos, aumento da qualidade das operações, redução de desperdício de insumos, maior ergonomia e segurança no trabalho e menor exigência física do trabalhador.

Investimento inicial

O investimento inicial e o tempo de retorno irão depender do grau de mecanização que o produtor ou empresa deseja utilizar, potência das máquinas e tecnologia embarcada. Geralmente, as máquinas de colheita florestal possuem um maior investimento inicial, por serem necessárias máquinas mais pesadas, tecnológicas e na maioria das vezes importadas, sendo a produtividade horária da máquina um fator crucial para que este investimento seja recuperado em um menor prazo.

Mais produtividade

A mecanização e automação das atividades florestais contribuem para o aumento da produtividade a partir do uso de técnicas que visam suprir a necessidade nutricional de cada planta, o que reduz o uso de insumos e danos ao meio ambiente, uma vez que está sendo aplicada a dose correta, no momento certo.

Contribuem também para o aumento da produção de todas as etapas silviculturais, sendo realizado um maior trabalho em um menor tempo, quando comparados a métodos manuais e semimecanizados, resultando na redução dos custos e aumento da qualidade das operações.

Essa matéria você encontra na edição de março/abril 2018  da revista Campo & Negócios Floresta. Adquira já a sua.

ARTIGOS RELACIONADOS

Rigrantec completa 20 anos

No mês de junho a Rigrantec completou 20 anos de história, uma empresa que sempre foi sinônimo de inovação e pioneirismo no mercado agrícola....

Plantio na hora certa reduz perdas de produtividade no trigo

Sérgio Ricardo Silva Engenheiro agrônomo e pesquisador da Embrapa Trigo sergio.ricardo@embrapa.br O Brasil tem cultivado anualmente cerca de 2,2 milhões de hectares de trigo, com produtividade...

Crescimento do PIB agrícola é repercutido durante a Bahia Farm Show 2017

A safra deste ano foi a principal responsável para o incremento do PIB agrícola nacional. O setor teve aumento de 13,4% neste trimestre, em...

Como produzir mais na safrinha

Como referência geográfica, considerando produção e produtividade, as principais regiões produtoras de milho safrinha são Rio Verde (GO), Lucas do Rio Verde (MT), Maracaju...

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
Falha na pontuação do usuário captcha. Por favor, entre em contato conosco!