Luana Keslley Nascimento Casais
Graduanda em Agronomia pela Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA)
Luciana da Silva Borges
Doutora, professora da UFRA e coordenadora dos Grupos de Pesquisa em Horticultura da Amazônia (Hortizon) e Núcleo de Pesquisa em Agroecologia (NEA)
César Augusto Tenório de Lima
Doutor e professor – UFRA, campus Paragominas
O Brasil tem uma biodiversidade gigantesca, muitas vezes pouca conhecida e, consequentemente, pouco utilizada. Outro fator que deve ser levado em consideração é o nível de degração que vem sofrendo ao longo do tempo. O resultado disso são as perdas das árvores nativas, que vêm, ao longo dos anos, tornando-se uma situação emblemática, ocasionada pela ocupação territorial, seja econômica ou social.
A produção de mudas contribui para aumentar o estoque genético e de biodiversidade de espécies para o repovoamento em áreas alteradas e/ou degradadas. As mudas servem como reserva para a produção em grande escala de árvores para reflorestamento, auxiliando no passivo ambiental ocasionado pelo desmatamento.
Produção de mudas arbóreas nativas
Na Amazônia brasileira o incentivo ambiental é para a proteção de áreas, a partir da conservação das florestas e a preservação de espécies ameaçadas de extinção. Com isso, a produção aparece como uma medida importante para mitigar os efeitos negativos e colaborar com as agendas verdes dos municípios.
A produção de mudas garante a perpetuação de espécies nativas, capaz de voltar a floresta anteriormente retirada pela ação antrópica ou natural. Além disso, a produção de mudas fornece um mercado com potencial econômico e ecológico, que precisa ser disseminado para combater as intempéries socioambientais.
Para Calegari (2011), o resgate de indivíduos da flora tem sido indicado como forte precursor para restauração florestal, visando maximizar a sobrevivência de mudas para obtenção de elevada diversidade de espécies. Tal produção de mudas florestais, para que seja com qualidade, quantidade e diversidade suficiente é uma das fases mais importantes para o estabelecimento de bons povoamentos com espécies florestais nativas (Gonçalves et al., 2000)
Metodologias alternativas de espécies arbóreas
As metodologias para espécies arbóreas dependerão do propósito final, tais como a recuperação de áreas degradas ou apenas a comercialização de mudas. Dessa forma, é possível citar a sucessão vegetal, que poderá ocorrer de forma natural como uma alternativa.
Há, ainda, a utilização de programas de restauração de áreas degradadas, que poderá se dar pela análise prévia do local, usando mudas de espécies arbóreas produzidas em viveiro, ou mudas retiradas do próprio local que deverá ser recuperado.
Essa metodologia poderá ocorrer por meio de três sistemas: implantação, enriquecimento e regeneração natural.