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Dia de campo sobre maracujá é realizado em Araguari

 

A Britvic quer firmar parcerias com os produtores para o plantio de dois mil hectares de maracujá. O investimento gira em torno de R$ 30 mil a R$ 35 mil por hectare e já tem retorno no primeiro ano, ou seja, plantar maracujá oferece alta rentabilidade

Créditos Ana Maria Diniz
Créditos Ana Maria Diniz

A Britvic promoveu, no dia 16 de maio, em Araguari (MG), um dia de campo sobre o maracujá, na fazenda do produtor Irineu Montina. O evento foi dividido em quatro partes: apresentação do Projeto Fomento ao Maracujá e três estações de campo que abordaram a condução do maracujá, a importância da polinização e outra sobre mudas de qualidade.

Um impulso à produção de maracujá

O Projeto de Fomento do Maracujá é uma parceria que a Britvic estabeleceu com os produtores localizados a até 400 km da fábrica. “Entendemos que, quanto mais próximos da fábrica, melhor conseguiremos assistir esses produtores. Dizemos que o fomento é aquilo que está sob nossa guarda e que temos controle. O desafio, agora, é dobrar a área plantada, chegando a dois mil hectares. A nossa compra total de maracujá do ano passado representou 20% da produção, e a ideia é sermos autossuficientes no trabalho do fomento“, esclarece Gustavo Rodovalho Camargo, gerente de compras Agro da Britvic.

No Projeto, a empresa fornece assistência técnica especializada e gratuita, mudas de alta qualidade próprias para a indústria, em parceria com o Viveiro Flora Brasil, frete gratuito da produção, do campo para a indústria, embalagem em sacarias teladas, preço mínimo garantido e compra de toda a produção, oferecendo segurança ao produtor. “Como trabalhamos com mudas específicas e especializadas, também bonificamos o produtor pela qualidade do seu produto“, declara Gustavo Camargo.

Gustavo Rodovalho Camargo, gerente de compras Agro da Britvic - Créditos Ana Maria Diniz
Gustavo Rodovalho Camargo, gerente de compras Agro da Britvic – Créditos Ana Maria Diniz

Custo x rentabilidade

O custo de produção do maracujá, a partir do zero, varia de R$ 30 mil a R$ 35 mil por hectare. Quanto à rentabilidade, a Britvic paga de R$ 1,00 a R$ 1,30/kg, começando por faixa de produtividade. A partir de 05 ton/ha, aumenta R$ 0,05 de bônus.

A média de produtividade é de 20 a 35 ton/ha, portanto, fazendo as contas, Gustavo Camargo calcula que o produtor de maracujá terá o retorno do seu investimento já no primeiro ano do plantio. Há, ainda, produtores que chegam a 80 ton/ha, que são aqueles que seguem corretamente as orientações dadas pelos profissionais.

“Fizemos um estudo com culturas como soja, milho e café, comparando o custo de produção para começar do zero, e a rentabilidade obtida, e comprovamos que o maracujá se sobressaiu entre todas, com retorno já no primeiro ano, enquanto as demais podem demorar até 15 anos para recuperar o investimento“, garante o gerente da Britvic.

O engenheiro agrônomo Renato BarbosaMiranda palestrou sobre 'Condução do Maracujá' - Créditos Ana Maria Diniz
O engenheiro agrônomo Renato BarbosaMiranda palestrou sobre ‘Condução do Maracujá’ – Créditos Ana Maria Diniz

Manejo do maracujá

O engenheiro agrônomo Renato Barbosa Miranda palestrou sobre ‘Condução do Maracujá’, comparando os principais sistemas de produção, que são as parreiras, espaldeiras em linha e consorciado com o café improdutivo. “Trouxemos a oportunidade de o produtor trabalhar a rentabilidade em uma área que era praticamente ociosa. Também fizemos a demonstração de como fazer a cova, uma etapa que se refletirá no final da cultura. Assim, instruímos o pessoal sobre o que colocar e o que não fazer nas covas, como realizar o plantio e citamos exemplos reais de como evitar problemas“, explica.

Um ponto importante destacado pelo especialista é investir no preparo de solo bem feito, e aplicar todos os nutrientes e matéria orgânica necessária na cova de plantio. Após colocar a muda no solo, deve-se ter atenção para não haver folgas em volta dela, o que pode apodrecer o colo da planta. “Nesta situação, o produtor só vai perceber o prejuízo depois que a planta entrar na fase de produção, quando inicia sua morte“, alerta Renato Barbosa.

Foram destacados, ainda, a altura e espaçamentos indicados para o espaldeiramento, o que varia de acordo com a mecanização da atividade e, por consequência, deve ser ajustado em função disso. Quanto às covas, deve-se ter atenção à época de plantio e ao nível de polinização que será utilizado.

Antônio Vicente Alves Rosa, diretor comercial do Viveiro Flora Brasil - Créditos Ana Maria Diniz
Antônio Vicente Alves Rosa, diretor comercial do Viveiro Flora Brasil – Créditos Ana Maria Diniz

O ponto-chave da polinização

Hércules José Oliveira, engenheiro agrônomo da EBBA, palestrou sobre a polinização do maracujazeiro, mostrando a importância desta etapa para obter altas produtividades. “Trabalhando com a polinização natural, feita pelas mamangavas, o índice de vingamento das flores será muito baixo ” de 05 a 10%. Partindo para a polinização manual, esse índice sobe para 30 a 70%, ou mais. Ou seja, o produtor sai de uma produtividade de 12 ton para 35 ton/ha“, compara.

Segundo ele, a polinização é uma prática simples, muito eficiente e que depende apenas dos dedos para ser bem feita. “Quisemos mostrar o trabalho para os produtores para que eles se sintam estimulados a aproveitar melhor suas floradas“, pontua.

Em toda a região do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba acontecem em torno de oito floradas, começando em setembro e indo até o final de maio. Cada florada dura, em média, de cinco a 10 tardes por mês, tempo que o produtor tem para polinizar. “A flor do maracujá sempre abre a partir do meio-dia e fecha ao anoitecer, exigindo que o produtor polinize a flor do dia. Se ele deixar para o dia seguinte já será outra flor“, alerta Hércules Oliveira.

O maracujá foi o foco do dia de campo - Créditos Ana Maria Diniz
O maracujá foi o foco do dia de campo – Créditos Ana Maria Diniz

Essa matéria completa você encontra na edição de junho 2017  da revista Campo & Negócios Hortifrúti. Adquira já a sua para leitura integral.

 

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