19.6 C
Uberlândia
sexta-feira, março 29, 2024
- Publicidade -
InícioArtigosHortifrútiDia de campo sobre maracujá é realizado em Araguari

Dia de campo sobre maracujá é realizado em Araguari

 

A Britvic quer firmar parcerias com os produtores para o plantio de dois mil hectares de maracujá. O investimento gira em torno de R$ 30 mil a R$ 35 mil por hectare e já tem retorno no primeiro ano, ou seja, plantar maracujá oferece alta rentabilidade

Créditos Ana Maria Diniz
Créditos Ana Maria Diniz

A Britvic promoveu, no dia 16 de maio, em Araguari (MG), um dia de campo sobre o maracujá, na fazenda do produtor Irineu Montina. O evento foi dividido em quatro partes: apresentação do Projeto Fomento ao Maracujá e três estações de campo que abordaram a condução do maracujá, a importância da polinização e outra sobre mudas de qualidade.

Um impulso à produção de maracujá

O Projeto de Fomento do Maracujá é uma parceria que a Britvic estabeleceu com os produtores localizados a até 400 km da fábrica. “Entendemos que, quanto mais próximos da fábrica, melhor conseguiremos assistir esses produtores. Dizemos que o fomento é aquilo que está sob nossa guarda e que temos controle. O desafio, agora, é dobrar a área plantada, chegando a dois mil hectares. A nossa compra total de maracujá do ano passado representou 20% da produção, e a ideia é sermos autossuficientes no trabalho do fomento“, esclarece Gustavo Rodovalho Camargo, gerente de compras Agro da Britvic.

No Projeto, a empresa fornece assistência técnica especializada e gratuita, mudas de alta qualidade próprias para a indústria, em parceria com o Viveiro Flora Brasil, frete gratuito da produção, do campo para a indústria, embalagem em sacarias teladas, preço mínimo garantido e compra de toda a produção, oferecendo segurança ao produtor. “Como trabalhamos com mudas específicas e especializadas, também bonificamos o produtor pela qualidade do seu produto“, declara Gustavo Camargo.

Gustavo Rodovalho Camargo, gerente de compras Agro da Britvic - Créditos Ana Maria Diniz
Gustavo Rodovalho Camargo, gerente de compras Agro da Britvic – Créditos Ana Maria Diniz

Custo x rentabilidade

O custo de produção do maracujá, a partir do zero, varia de R$ 30 mil a R$ 35 mil por hectare. Quanto à rentabilidade, a Britvic paga de R$ 1,00 a R$ 1,30/kg, começando por faixa de produtividade. A partir de 05 ton/ha, aumenta R$ 0,05 de bônus.

A média de produtividade é de 20 a 35 ton/ha, portanto, fazendo as contas, Gustavo Camargo calcula que o produtor de maracujá terá o retorno do seu investimento já no primeiro ano do plantio. Há, ainda, produtores que chegam a 80 ton/ha, que são aqueles que seguem corretamente as orientações dadas pelos profissionais.

“Fizemos um estudo com culturas como soja, milho e café, comparando o custo de produção para começar do zero, e a rentabilidade obtida, e comprovamos que o maracujá se sobressaiu entre todas, com retorno já no primeiro ano, enquanto as demais podem demorar até 15 anos para recuperar o investimento“, garante o gerente da Britvic.

O engenheiro agrônomo Renato BarbosaMiranda palestrou sobre 'Condução do Maracujá' - Créditos Ana Maria Diniz
O engenheiro agrônomo Renato BarbosaMiranda palestrou sobre ‘Condução do Maracujá’ – Créditos Ana Maria Diniz

Manejo do maracujá

O engenheiro agrônomo Renato Barbosa Miranda palestrou sobre ‘Condução do Maracujá’, comparando os principais sistemas de produção, que são as parreiras, espaldeiras em linha e consorciado com o café improdutivo. “Trouxemos a oportunidade de o produtor trabalhar a rentabilidade em uma área que era praticamente ociosa. Também fizemos a demonstração de como fazer a cova, uma etapa que se refletirá no final da cultura. Assim, instruímos o pessoal sobre o que colocar e o que não fazer nas covas, como realizar o plantio e citamos exemplos reais de como evitar problemas“, explica.

Um ponto importante destacado pelo especialista é investir no preparo de solo bem feito, e aplicar todos os nutrientes e matéria orgânica necessária na cova de plantio. Após colocar a muda no solo, deve-se ter atenção para não haver folgas em volta dela, o que pode apodrecer o colo da planta. “Nesta situação, o produtor só vai perceber o prejuízo depois que a planta entrar na fase de produção, quando inicia sua morte“, alerta Renato Barbosa.

Foram destacados, ainda, a altura e espaçamentos indicados para o espaldeiramento, o que varia de acordo com a mecanização da atividade e, por consequência, deve ser ajustado em função disso. Quanto às covas, deve-se ter atenção à época de plantio e ao nível de polinização que será utilizado.

Antônio Vicente Alves Rosa, diretor comercial do Viveiro Flora Brasil - Créditos Ana Maria Diniz
Antônio Vicente Alves Rosa, diretor comercial do Viveiro Flora Brasil – Créditos Ana Maria Diniz

O ponto-chave da polinização

Hércules José Oliveira, engenheiro agrônomo da EBBA, palestrou sobre a polinização do maracujazeiro, mostrando a importância desta etapa para obter altas produtividades. “Trabalhando com a polinização natural, feita pelas mamangavas, o índice de vingamento das flores será muito baixo ” de 05 a 10%. Partindo para a polinização manual, esse índice sobe para 30 a 70%, ou mais. Ou seja, o produtor sai de uma produtividade de 12 ton para 35 ton/ha“, compara.

Segundo ele, a polinização é uma prática simples, muito eficiente e que depende apenas dos dedos para ser bem feita. “Quisemos mostrar o trabalho para os produtores para que eles se sintam estimulados a aproveitar melhor suas floradas“, pontua.

Em toda a região do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba acontecem em torno de oito floradas, começando em setembro e indo até o final de maio. Cada florada dura, em média, de cinco a 10 tardes por mês, tempo que o produtor tem para polinizar. “A flor do maracujá sempre abre a partir do meio-dia e fecha ao anoitecer, exigindo que o produtor polinize a flor do dia. Se ele deixar para o dia seguinte já será outra flor“, alerta Hércules Oliveira.

O maracujá foi o foco do dia de campo - Créditos Ana Maria Diniz
O maracujá foi o foco do dia de campo – Créditos Ana Maria Diniz

Essa matéria completa você encontra na edição de junho 2017  da revista Campo & Negócios Hortifrúti. Adquira já a sua para leitura integral.

 

ARTIGOS RELACIONADOS

Como plantar chuchu e ter rentabilidade extra

Osvaldo P. Marques Filho Engenheiro agrônomo e extensionista agropecuário II da Emater osvaldo@emater.mg.gov.br   O chuchu apresenta uma boa oportunidade de renda, em função do ciclo curto, do...

Alternativas no manejo da ferrugem e cercosporiose em cafeeiro

O café (Coffea spp.) é uma cultura de grande importância no cenário internacional, e o Brasil se destaca como maior produtor e exportador mundial.

Gioplanta recebe homenagem durante evento

  José Ricardo Giorgetti, diretor administrativo da Gioplanta, ficou surpreso ao ser chamado à frente do Encontro de Hidroponia. “Eu não esperava uma homenagem naquele...

Tratamento de sementes pode beneficiar as raízes das plantas?

AutoraNilva Terezinha Teixeira Engenheira agrônoma, doutora em Solos e Nutrição de Plantas e professora de Nutrição de Plantas, Bioquímica e Produção Orgânica do Centro...

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
Falha na pontuação do usuário captcha. Por favor, entre em contato conosco!