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quinta-feira, maio 2, 2024
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A viabilidade da adubação foliar para as florestas

José Geraldo Mageste

Doutor e professor da Universidade Federal de Uberlândia (UFU)

jgmageste@ufu.br

Fernando Simoni Bacilieri

Engenheiro agrônomo e doutorando em Produção Vegetal, ICIAG-UFU

ferbacilieri@zipmail.com.br

Roberta Camargos de Oliveira

Engenheira agrônoma e doutora em Produção Vegetal, ICIAG-UFU

robertacamargoss@gmail.com

Crédito Shutterstock

A adubação foliar consiste no fornecimento de nutrientes para as plantas na forma de pulverização aérea, aproveitando a capacidade de absorção de alguns nutrientes pelas folhas. Para obtenção de resultados satisfatórios deve-se aplicar o nutriente necessário àquela cultura, no local adequado, na época certa, na quantidade correta e contar com tempo suficiente para absorção, antes de ocorrer uma “lavagem“ por chuvas ou outra mudança climática.

A eficiência da adubação foliar varia conforme os objetivos de cada aplicação, que podem ser: adubação foliar corretiva, preventiva, complementar ou estimulante.

 

Uma a uma

Crédito Shutterstock

Para a adubação foliar corretiva deve-se monitorar o estado nutricional dos povoamentos homogêneos, por meio de análises de solo e folhas, coletados conforme recomendação para cada cultura e realizadas por laboratórios certificados.

Além disso, pode-se somar a observação visual de sintomas de deficiência ou toxidez em conjunto com o histórico da área onde se deseja fazer a reposição de nutrientes, promovendo uma correção de eventuais deficiências para evitar perdas ainda maiores em qualidade e/ou produtividade.

No caso da adubação foliar preventiva, aplica-se o nutriente em estádios de desenvolvimento, onde ocorre maior exigência do nutriente ou em condições climáticas adversas. Por exemplo, a deficiência de cálcio é mais frequente em minijardim clonal, tanto de seringueira quanto de eucalipto, principalmente em situações em que as doses de N e a água de irrigação são usadas com maior frequência.

Nesta condição, o principal sintoma visual é a podridão da base da miniestaca, na fase de enraizamento, sob condições de casa de vegetação. A recomendação é a pulverização foliar de fontes de cálcio juntamente com a redução das doses de N e da quantidade de água.

Já a adubação foliar complementar emprega nutrientes, especialmente os micronutrientes, que são exigidos em menores quantidades pelas plantas, em conjunto com os demais fertilizantes aplicados no solo. Para o boro (B), por exemplo, que pode ser facilmente perdido por lixiviação, e o ferro (Fe), manganês (Mn), zinco (Zn) e cobre (Cu), que em solos com pH acima de 6,5 começam a ter a disponibilidade reduzida, a complementação via folha ajuda no suprimento das necessidades nutricionais das espécies florestais.

A proposta de adubação foliar como um estimulante se diferencia das demais formas de adubação foliar, uma vez que contempla não apenas o aspecto nutricional, mas também a questão fisiológica das plantas, englobando o fornecimento de substâncias que favorecem o metabolismo e o funcionamento destas. Como exemplo de compostos tem-se os bioestimulantes, que em muitos casos são os extratos vegetais, extratos de algas, aminoácidos, substâncias húmicas e microrganismos.

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