22.6 C
Uberlândia
sábado, novembro 23, 2024
- Publicidade -spot_img
InícioArtigosGrãosHíbridos de milho - Posicionamento rege o sucesso no plantio

Híbridos de milho – Posicionamento rege o sucesso no plantio

Autor

Jefferson Luis Anselmo
Pesquisador em Fitotecnia – Fundação Chapadão
jefferson@fundacaochapadao.com.br

Os melhores resultados de produtividade em milho são obtidos com o cultivo de híbridos adequadamente posicionados e manejados em cada região dentro da propriedade rural. Muitos fatores devem ser considerados para a escolha correta dos híbridos, como finalidade (grão ou silagem), safra (primeira ou segunda), época de plantio (cedo, normal ou tardio), altitude do local (acima ou abaixo de 700m), tipo e fertilidade de solo e clima.

Na maioria das regiões produtoras são utilizados híbridos de alta performance produtiva – 80% do mercado produzido são utilizados híbridos. As principais regiões produtoras são: Centro-oeste (MT, MS e Goiás) e Sul (RS e PR), onde 70% das regiões produzem na safrinha.

Os híbridos apresentam maior potencial produtivo e plantas mais homogêneas, quanto às alturas de plantas e inserção de espiga, tamanho da espiga, etc. São mais exigentes quanto à tecnologia empregada (manejo de adubação, doenças e pragas).

Os convencionais (variedade) são utilizados para ambientes mais restritos às condições climáticas desejáveis, menor utilização de tecnologia e com menor potencial produtivo. Atualmente, são produzidos em pequena escala, em propriedades menores.

Critérios para a escolha correta

Para a maioria das regiões produtoras do País, devemos considerar, independente do período:

† Performance produtiva alta adaptado para cada região produtora;

† Resistência às principais doenças foliares e de colmo;

† Tolerância à cigarrinha;

† Evitar épocas de semeadura inadequada (mês de março, por exemplo, na região centro-oeste).

Manejo

Devemos considerar, para obtenção de altas produtividades de híbridos, uma adubação equilibrada, de acordo com análise de solo, utilização de adubação nitrogenada no plantio e em coberturas, com menos perdas por lixiviação, principalmente quando se utiliza ureia como fonte; tratamento de sementes com inseticidas e fungicidas; aplicações de fungicidas foliares para as principais doenças, como mancha branca, cercospora, ferrugens, helmintosporioses, diplodias, entre outras; aplicações de inseticidas para cigarrinha e lagartas (principalmente para o gênero Spodoptera).

Os híbridos utilizados hoje comercialmente são os mais produtivos, portanto, se utilizados de forma incorreta, não expressarão o maior potencial produtivo. Um erro fatal é a utilização de híbridos em ambientes de baixa tecnologia, por exemplo, na região Nordeste do País, e ainda a baixa utilização de insumos, como fertilizantes, fungicidas e inseticidas.

Para não recair em erros, o produtor deve seguir a recomendação técnica de acordo com a região produtora e tecnologia empregada.

Custo

O custo das sementes de híbridos de milho é de acordo com as biotecnologias empregadas, frente à resistência principalmente às spodopteras. O custo por hectare de sementes de híbridos varia de R$ 400,00 a R$ 600,00.

Já o custo-benefício varia com a tecnologia empregada nos insumos, mas fica entre 30 a 50% de ganhos.

ARTIGOS RELACIONADOS

Cresce o uso de biológicos na proteção de cultivos

Os biológicos devem registrar alta entre 15 e 20% nas vendas dos próximos anos, segundo projeção da Associação Brasileira das Empresas de Controle Biológico...

Beauveria + neem controlam pulgão e mosca-branca

Richard Ian Samuels Doutor e professor associado da Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF), Campos dos Goytacazes (RJ) richardiansamuels@gmail.com Thalles Cardoso Mattoso Doutor e pesquisador da UENF   O fungo...

MAPA concede registro definitivo para o benzoato

  O Ministério da Agricultura, Pecuária e do Abastecimento (MAPA), por meio do Departamento de Fiscalização de Insumos Agrícolas (DFIA), concedeu no dia 29 de...

Hora de planejar cada passo para a próxima safra

Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), teremos na safra de 2019 um valor próximo de 230 milhões de toneladas de grãos, com aumento tanto da área colhida quanto dos resultados de produção do ano anterior - o aumento na escala produtiva se aproxima de 2%.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
Falha na pontuação do usuário captcha. Por favor, entre em contato conosco!