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quinta-feira, maio 2, 2024
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O caminho para ganhos de produtividade em cana

Autores

Aline de Almeida Vasconcelos
Engenheira agrônoma e doutora – Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ)
Pedro Augusto Silva Fernandes
Luisa Fonseca Vasconcelos
Graduandos em Engenharia Agronômica – UFSJ e membros do G-FERT – Grupo de Apoio à Pesquisa e Extensão em Fertilidade do Solo
gfert@ufsj.edu.br

Crédito Ana Maria Diniz

A adubação foliar pode contribuir para minimizar os efeitos deletérios da deficiência de nutrientes, complementando a adubação de base e/ou de cobertura. Para atingir esse objetivo é necessário saber o quanto aplicar e, portanto, conhecer a necessidade de cada elemento pela cultura (extração e exportação). Daí a importância da coleta criteriosa de solo e folha para saber quanto o solo fornece e quais são os nutrientes que deverão ser supridos na adubação de base, para só então fazer o complemento via foliar.

Outro fator determinante para garantir alta produtividade é a época de aplicação, considerando a variabilidade de desenvolvimento das plantas, as quais devem possuir área foliar suficiente para receber a aplicação de fertilizantes foliares. Normalmente o canavial deve ter de 50 a 80% de acúmulo da biomassa de um ciclo produtivo – em termos práticos essa faixa de acúmulo de biomassa permite a maior janela de aplicação no manejo.

Mais produtividade

Mesmo em pequenas quantidades, a adubação foliar pode levar a ganhos de produtividade ao redor de 8 a 10%. Há, ainda, uma interferência positiva, mas menos constante, na qualidade da matéria-prima. “Diversas usinas têm registrado ganhos que variam de 4,0 a 8,0 toneladas de cana por hectare (TCH)” (Otto 2018).

Entretanto, os erros mais comuns são as aplicações fora da época ideal por causa da grande quantidade de hectares/talhões e o curto prazo para aplicação, propiciando aplicações em canas pequenas com pouca área foliar para recebimento dos fertilizantes foliares ou em plantas estressadas. Adicionalmente, é preciso cuidado com a tecnologia de aplicação, com a não utilização de adjuvantes (espelhantes adesivos) para maior absorção pela folha, adesão e tensão superficial, aplicação em horários, com incidência de temperatura e humidade relativa alta, concentração da calda e pH, fonte dos nutrientes, composição da solução, compatibilidade.

Planejamento é fundamental

O planejamento das aplicações, com o acompanhamento de uma pessoa técnica de campo, a qual deve visitar a área antes do procedimento de pulverização a fim de verificar se as plantas não estão em condições de estresses e com o desenvolvimento ideal é muito importante, além de acompanhar a preparação das caldas para monitoramento do pH ideal, qualidade de aplicação, vazão e etc. 


Viabilidade

Com manejo adequado quanto à época e condições de tecnologia de aplicação, o retorno pode ser de até R$ 4,00 a cada R$ 1,00 investido (Faroni, 2019). Normalmente tem-se observado grandes respostas à aplicação de N+, Mo e Mg, o que é bem compreensível, dada a importância do Mo (componente da nitrato redutase) na assimilação do N e a negligencia que ainda existente quanto aos teores de Mg no solo, principalmente sua proporção comparada ao Ca e K.  

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