21.3 C
Uberlândia
sexta-feira, novembro 22, 2024
- Publicidade -spot_img
InícioArtigosGrãosIndução de defesa e tolerância em culturas

Indução de defesa e tolerância em culturas

Autor

Juscelio Ramos de SouzaDoutor em Agronomia/Produção Vegetal e pesquisador – Kimberlit Agrociências

Plantação – Crédito: Shutterstock

Como diz o ditado, prevenir é melhor que remediar, e no que se refere ao tratamento de patologias em plantas, essa máxima também é válida. Quando se fala em prevenção de doenças, automaticamente se pensa em vacina. Há uma série de estratégias para o controle de enfermidades em plantas, como o manejo genético, cultural, físico, químico e biológico.

A indução de resistência também é uma alternativa e um método inovador que vem sendo bastante difundido para o aumento da capacidade da planta em evitar ou atrasar a entrada e/ou atividade subsequente de patógenos (fungos, bactérias, vírus e nematoides); ela equivale a uma vacina em seres humanos ou animais.

Naturalmente, quando as plantas reconhecem um patógeno, emitem sinais mensageiros que ativam a produção de enzimas e proteínas de defesa resistentes à patogenicidade. Quando há um aumento no nível dessas proteínas nas plantas, começam a produzir as verdadeiras substâncias de defesa. São elas: quitinas, ligninas e enzimas específicas, como peroxidases, SOD, catalases e polifenóis.

Induzir a resistência, ou a tolerância das plantas aos patógenos, nada mais é que levar as plantas a produzirem essas substâncias. Esses processos são resultado de uma série de reações bioquímicas de defesa desencadeados na planta a partir do reconhecimento de sinalizadores.

A etapa seguinte à sinalização é a manifestação da resposta de defesa, quando as plantas podem expressar barreiras bioquímicas como mecanismo de resistência a fitopatógenos. Algumas destas são a produção de fenóis, fitoalexinas; proteínas-PR, peroxidação lipídica, lignificação da parede celular ou promoção de barreiras estruturais por meio da síntese de géis e gomas.

Além disto, os indutores de resistência e tolerância podem promover a síntese de toxinas, enzimas de degradação da parede celular, produção de hormônios vegetais e outros. A utilização dos indutores de resistência no cultivo, aliada ao uso de defensivos biológicos tem se mostrado uma estratégia sustentável e que traz ganhos consideráveis à lavoura – de 15 a 25% a mais em produtividade. A recomendação é que se faça a aplicação desses produtos, aliada aos defensivos, em todas as fases do desenvolvimento da planta.

Recomendações

A indicação é que se façam aplicações sequenciais, a cada 20 ou 30 dias, dependendo da cultura, para potencialização da defesa natural das plantas. Em resposta, as plantas aumentarão a espessura da cutícula da folha, as estruturas que vão proteger a parede celular contra os patógenos e as enzimas de defesas. Plantas mais resistentes, ou tolerantes, aumentam sua atividade fisiológica, por meio da maior expressão do potencial produtivo.

Kimberlit Agrociências

[rml_read_more]

É uma das líderes na produção de fertilizantes a partir de tecnologia de ponta e inovação. Especializada no desenvolvimento, produção e comercialização de soluções em nutrição e fisiologia vegetal, tem como foco o aumento da produtividade das lavouras, por meio do equilíbrio nutricional e estímulo fisiológico.

Ocupa um parque fabril de 210 mil m2, em Olímpia, no interior de São Paulo e conta com uma equipe de engenheiros agrônomos altamente capacitados, os quais recebem continuamente treinamentos, além de pesquisadores responsáveis por acompanhar e desenvolver o que há de mais moderno em nutrição de plantas.

Apoiada pelo sistema de gestão de qualidade, ISO 9001, certificada desde 2005, a Kimberlit investe constantemente em P&D de novos produtos.

Saiba mais: www.kimberlit.com

ARTIGOS RELACIONADOS

Micro e macronutrientes são essenciais ao desenvolvimento do canavial

Os processos envolvidos na nutrição vegetal são afetados por três sistemas: planta, solo e ambiente.

Manejo do cultivo de escarola em hidroponia

O manejo correto do cultivo de escarola em hidroponia pode aumentar a produtividade e melhorar a qualidade do produto final.

Corda-de-viola: Controle em lavouras cafeeiras

A corda-de-viola, também conhecida como cipó, corriola, campainha ou jetirana, é um ...

XII Encontro Nacional sobre Substratos para Plantas

O Comitê Executivo do XII Encontro Nacional Sobre Substratos para Plantas avaliou profundamente a possibilidade de adiamento do Evento em função do distanciamento social em que estamos vivendo.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
Falha na pontuação do usuário captcha. Por favor, entre em contato conosco!